O retorno da arqueira

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Artemis decidiu não descer mais ao vilarejo, não queria ver os olhares de julgamento dos cavaleiros e das pessoas. Sage tentou faze – la compreender que mesmo ela sendo uma deusa não cabia a ela julgar os humanos daquela forma, haviam leis, mas ela tinha suas próprias opiniões.

Estava no grande templo quando escutou aquela voz:

"Posso falar com a senhorita?"

Ela olhou e sorriu, Albafica estava ali com seu olhar compreensivo, não havia julgamento naqueles doces olhos.

A: "Claro!"

Al: "Se me permite gostaria da sua companhia amanha?"

A: "Desculpe, não quero sair do templo"

Al: "Por favor..."

O dia amanheceu e Artemis saiu com o cavaleiro de peixes chegaram numa parte do vilarejo onde havia algumas pessoas reunidas pareciam que a aguardavam e se ajoelharam quando a viram. Ela olhou p Albafica que sorria.

Uma menina saiu do meio daquela gente e ela a reconheceu "Obrigada por acreditar em mim e me mostrar que posso seguir em frente, obrigada por sua proteção, bela deusa Artemis!" – ofereceu um lindo buque de rosas a deusa que estava muito emocionada, surpresa.

Um homem ajoelhado pegou a mão da deusa e beijou: "Obrigado por salvar a minha filha, nobre deusa!"

Artemis percebeu que as pessoas a olhavam com carinho, gratidão assim como as pessoas da vila que foi destruída pelos espectros.

Emocionada fez o homem se levantar: "Por favor se levantem! Eu não tenho palavras para agradecer!" – olhou p mocinha – "Você é muito corajosa! Seja feliz!" – e deu um beijo na testa dela, saíram luzes de seu beijo, ali a deusa abençoava uma mortal.

Artemis ficou mais um tempo no vilarejo e pela primeira vez os escutou com atenção e carinho.

Andava com Albafica de volta ao santuário quando parou: "Espero que saiba o que fez por mim hoje! Obrigada, meu amigo! Eu sigo sozinha daqui!" e caminhou para floresta.

Caminhou até o rio, suas ninfas apareceram e assumiu a sua forma verdadeira – chegou a hora de enfrentar seus medos e assumir suas cicatrizes como aquele pequeno ser fez.

O cosmo dela explodiu no santuário, seu cosmo estava sereno e quente. Os cavaleiros reconheciam o cosmo de uma deusa e foram p frente de suas casas e ajoelharam quando ela subiu as escadas com sua verdadeira aparência.

Antes de sair da casa de peixes, Albafica deu um presente a ela, uma coroa de rosas brancas que contrastavam com seus cabelos negros e com o novo vestido que ela usava, um vestido longo verde escuro que contrastava com sua pele branca, havia um pequeno decote nos seios e seus braços estavam de fora.

Caminhou até a sala do grande mestre, Sage fez uma breve reverencia, se lembrou como a presença de um deus era imponente, sorriu e viu que com ela as chances seriam muito melhores do que pensou. Estranhou por ela não usar um vestido branco que marcava a pureza de uma deusa.

Artemis segura de si falou: "Eu tenho algumas coisas para discutir!"

GM: "Diga, deusa Artemis, seu pedido é uma ordem"

A: "Estou tentando me adaptar a algo que é contra a minha natureza, não sou Atena e não me esforçarei pra ser. A partir de hoje as coisas serão do meu jeito, preciso que confie em mim!"

Artemis falava de forma clara, objetiva e ali estava a habilidosa arqueira apontando suas flechas p alvos, explicou como as coisas iriam ser a partir daquele emocionante dia.

A: "...por isso peço pra que convoque os cavaleiros que estão no santuário a irem essa noite a floresta e diga pra usarem as armaduras" – e se retirou da sala do grande mestre.

Sage ficou impressionado com o poder, a desenvoltura, sabedoria e beleza da impetuosa deusa.

A noite os cavaleiros estavam lá a aguardando, estranharam o local as reuniões eram sempre na sala do grande mestre, dentro do santuário.

Artemis: "Cavaleiros de Atena sei que faltam alguns, mas não posso esperar voltarem, preciso ter certeza que estamos preparados p qualquer ataque que possa ocorrer. Thanatos é imprevisível e pode nos atacar a qualquer momento. Sei que vocês não me devem fidelidade, seus votos não foram feitos a mim, mas peço pra que confiem em mim como pretendo confiar em vocês e juntos vamos vencer a ameaça que nos cerca"

Aguardaram mais uns minutos em silencio e em formação, logo as nuvens que estavam na frente da lua saíram e uma enorme lua cheia apareceu iluminando tudo. Logo os cabelos prateados dela surgiram junto com a sua luz.

A: "Por favor, cavaleiros, retirem as armaduras?"

Os cavaleiros olharam p Sage que concordou com a cabeça, logo as armadoras estavam ali de frente pra eles.

Não tinha como não admirar, ela era perfeita, provavelmente a mulher mais linda que já viram, não havia duvidas que ela era uma deusa, tal perfeição não poderia existir na Terra.

Ela fez um movimento delicado com as mãos e um arco de prata apareceu e logo flechas de luz foram disparadas para o céu. Os cavaleiros perceberam que as flechas acertavam as suas constelações que brilhavam mais. Ela pegou uma adaga prateada e cortou seus pulsos fazendo seu sangue criar fios iluminados com as armaduras. As armaduras começaram a ressoar, estavam mais vivas do que nunca, era a força de um deus que as regenerava, as fortalecia.

Artemis ficou por horas ali, ate que se tornou impossível prosseguir, já que seu corpo era humano e não podia abrir mão de tanto sangue, pediu para colocarem as armaduras.

Os cavaleiros estavam em choque com o poder que emanava das armaduras, elas estavam diferentes, mais leves, elas pareciam vivas, emanavam uma força nunca sentida por eles, a força de um deus.

Notas Finais"Até mesmo a menor das criaturas pode mudar o rumo do mundo" - Galadriel (O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel)

Arco e flecha: Ártemis e SísifosOnde histórias criam vida. Descubra agora