Universo

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Sísifo e Manigold montaram uma barraca e foram dormir, a noite esfriou muito.

M: "Não acredito que tô dormindo agarrado num cervo! Ah, meu mestre!"

Após uma semana não havia sinal de Artemis.

Manigold carregando o cervo foi pegar água no rio que tinha ali perto e Sísifo foi caçar algo para comer, porém, não havia sinal de animais, frutas, a deusa provavelmente queria dificultar a vida deles.

M: "Conseguiu algo?" – perguntou enquanto a barriga roncava.

S: "Nada, parece que a deusa sumiu com todas as arvores frutíferas e afastou todos os animais que tinha aqui. Só sobraram esses" – apontou para os dois cervos que eles carregavam.

M: "Eu não vou comer a Dorinha!"

S: "Dorinha?" – levantando uma sobrancelha.

M: "Sim, nesses dias alimentando, conversando e dormindo com ela, eu me apeguei. E também elas são a nossa proteção. "

S: "Como sabe que são fêmeas?"

M: "Ué! Você sabe como, né? Eu olhei, não queria ficar dormindo agarrado com um macho!"

Sísifo revirou os olhos e foi levar seu cervo para se alimentar. Estava preocupado, Artemis não aparecia, Manigold não parava de falar, provavelmente o cervo dele estava tentando fugir por esta cansado de tantas piadas sem graça.

Manigold: "ISSO NÃO É LEGAL SUA DEUSA EGOISTA! QUER NOS MATAR DE FOME! VOCE DEVIA TRATAR MELHOR SEUS HOSPEDES!" – gritou olhando pra floresta.

A voz de Artemis veio através da floresta: "Vocês não são meus hospedes! Quero ver ate quando aguentam!" – sorriu.

M: "Ah, então é assim! Quer jogar baixo, né?! Vem cá, Dorinha!" – puxou o cervo p mais perto – "Hoje vou cantar pra você as mais belas canções de amor que já existiram"

E assim começou a cantar, Artemis ficou irritada por mais uma vez aquele estúpido cavaleiro a tirava do sério!

Manigold ficou o resto do dia cantando alto, sua voz já estava rouca, mas estava determinado a não parar!

Artemis bufafa! A voz estridente de Manigold incomodava seus ouvidos, suas ninfas, seus animais. Amava a musica, o som da sua amada floresta! Ela podia sair dali, mas não ia sair da sua floreta por causa dele! Não daria esse gostinho, ali era sua casa!! Pensou que logo o corpo dele não aguentaria ficar tantos dias sem se alimentar.

Sísifo pensava como estariam às coisas no Santuário e enquanto procurava algo para comer, sentiu uma leve tontura, era forte, mas seu corpo precisava se alimentar, encostou-se a uma arvore e quando abriu os olhos viu algumas frutas, estranhou encontra –las, já passou por aquele caminho varias vezes e não tinha visto aquelas frutas.

Pegou desconfiado e escutou uma suave voz, dessa vez não ecoava na floresta, parecia perto dele, mas não via nada e nem sentia algum cosmo ali.

Artemis: "Pode pegar! Não estão envenenadas! Leve pra aquele seu amigo chato e faça – o calar a boca!" – falou irritada! Ela não era má, não queria mata –los de fome.

Sísifo agradeceu e sorriu, por mais estranho que fosse Manigold conseguia controlar a situação.

Quando voltava para a barraca, viu que inacreditavelmente Manigold ainda tinha voz. Levou as frutas p este que comeu feliz, dividindo algumas frutas com Dorinha.

Artemis que tudo observava, sorriu com a cena de Manigold com o cervo. Por Zeus ele calou a boca, aquela tortura havia parado. Não suportava mais os gritos dele.

Olhava para os dois cavaleiros sentados perto da fogueira, eram tão diferentes.

Depois de alguns minutos Manigold e Dorinha foram dormir, estava quase sem voz e preferiu descansar.

Sísifo ficou sozinho se deitou no chão e olhou para o céu, as estrelas.

Artemis o olhava, ele era tão bonito, tão calmo - como podia suportar aquele companheiro tão sem modos – se aproximou e Sísifo sentiu uma suave brisa passar por ele. Era ela que olhou dentro daqueles olhos e se perdeu por alguns segundos, viu que eram profundos, intensos, hipnotizantes, parecia existir um universo ali dentro.

Arco e flecha: Ártemis e SísifosOnde histórias criam vida. Descubra agora