Escolhas

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Os dias iam se passando e Artemis criava laços de amizades com os cavaleiros de Atena e eles aos poucos compreendiam a natureza um tanto rebelde da deusa.

Estava entardecendo quando saiam da estrada para irem descansar na próxima vila.

Quando chegaram encontraram um caos, pessoas correndo, gritando, muita fumaça e fogo e então sentiram o rastro de energia dos espectros que já não estavam mais ali.

Ártemis andava em meio ao caos, quando escutou seu nome sendo sussurrado, era uma prece, alguém estava orando por ela, pedindo sua proteção. Ela seguiu a fraca energia que vinha de uma pequena casa que ardia em fogo.

Ártemis começou a retirar a madeira com as próprias mãos, se usasse seus poderes aquela casa com a estrutura já abalada pelo fogo poderia ceder.

Enquanto Sísifo e Manigold ajudavam os moradores.

Dégel conteve o fogo e entrou com ela, viu q ela não ia parar, mesmo sabendo q era arriscado.

Lá estava uma jovem moça que orava p ela em seus últimos suspiros, Ártemis viu q a moça protegia em seus braços um bebê.

Foi com horror q Ártemis viu a jovem mãe quase toda queimada morrer. Pegou o pequeno bebe que estava intacto, sua guerreira mãe não deixou que o fogo o atingisse, porém, não havia vida naquele pequeno ser a fumaça o matou.

Ártemis saiu da casa apertando o bebê contra seu peito, se sentou no chão de barro, começou a chorar e a chuva chegou. Era um choro tão sentido que todos ali ficaram penalizados.

Sísifo sentia seu coração apertado assim como os demais, era uma cena muito triste. Ajoelhou-se ao lado dela, colocou uma mão no rosto dela e levantou sua cabeça fazendo ela o olhar nos olhos, seus olhares se compreendiam e ele a abraçou.

A deusa era mais humana do que pensavam.

Artemis olhou para o lado e as arvores começaram a se agitar, provocando um vento, que passava por todas as suas folhas parecia buscar algo, melhor... espectros.

Ártemis beijou a testa daquele pequeno ser, colocou com delicadeza em meio a uns panos e se levantou, a chuva e os ventos estavam fortes, o céu começava a escurecer.

Todos olhavam p ela, ela se levantou e seus cabelos negros pareciam chicotes batendo no vento ficaram prateados e seus olhos brilhavam algo próximo ao cinza, em sua mão apareceu seu arco prateado e na outra uma flecha de luz, logo sua aparência se transformava e a lua cheia abria espaço no céu, aparecia à mulher mais perfeita que aqueles olhos já viram, a luz da lua saia de sua pele tão clara e ela apontou seu arco para o chão e lançou três flechas que atravessaram o solo.

Enquanto isso no submundo...

Três espectros se vangloriavam da matança no vilarejo para seu chefe Aiacos. Três flashes de luzes brancas com um enorme cosmo atravessaram o teto e atingiu os três espectros na frente do juiz que olhava espantado, seus subordinados caírem mortos.

(As flechas dela sempre encontravam seus alvos, foi um dos pedidos q Zeus realizou)

Logo todo o vilarejo estava em silencio, uma deusa estava na presença deles e era linda!

Os cavaleiros pela primeira vez sentiram o imenso cosmo dela e a olhavam admirados, nunca tinham sentido um cosmo tão poderoso e agitado.

A noite virou dia e a luz do sol apareceu muito forte e o belo deus Apolo desceu do céu em sua carruagem dourada até Artemis.

Os deuses gêmeos eram perfeitos, lindos, nenhum humano já estive em presenças mais belas e imponentes, eram um contraste lindo de ver, Artemis tinha a luz da lua saindo pela pele branca dela, seus cabelos e olhos negros brilhavam com tanta intensidade como a noite e Apolo era a representação do próprio sol, seus cabelos loiros, seus olhos claros, sua luz.

Os cosmos daqueles dois deuses eram inexplicáveis para os cavaleiros.

Apolo: "Estas louca, minha irmã? Sabe o que acabou de fazer? Acabou de declarar guerra a Hades! Por que invadiu o território dele?!" – vociferou o jovem deus.

Ártemis se virou e mostrou a criança.

Apolo ficou chocado com a imagem, não gostava da morte, amava a vida e suas belezas.

Apolo: "Ártemis, não podemos interferir nisso. Hades é sujo, baixo demais para nós nos envolvermos. Não precisamos disso! Venha, vamos p Olímpico. Lá estarás mais segura e pensaremos em algo" – falou e a puxou pelo braço.

Artemis: "Não irei, meu irmão!"

Apolo: "Artemis, já chega! Você tem que parar com essa sua impulsividade, também há limites para nós!"

Artemis puxou o braço e falou para Apolo: "Eu comecei e irei terminar!"

Apolo entendeu que ela não mudaria de ideia, conhecia a teimosia dela. A abraçou e voltou para o Olimpio e o céu novamente virou noite.

Arco e flecha: Ártemis e SísifosOnde histórias criam vida. Descubra agora