+18| Dulce, uma garota completamente quebrada por dentro, ingressa em uma nova faculdade. Carregando um grande trauma do passado, ela precisa lutar contra ele todos os dias para conseguir voltar a viver a vida normalmente. Dulce, que já não acredita...
-Eu não acredito, não acredito que você chegou a tempo mesmo!!!!! - Grito nos braços dele. - Por - Começo a dar tapinhas nele - Que você demorou TANTO. Eu tava morrendo de saudade! - Cruzo os braços e faço uma cara de brava.
-Eu sei maninha, eu sei. Mas você também sabe como eu amo L.A. - Ele pisca um olho. - Eu tinha que aproveitar uns dias sem o papai.
Agora percebo que ele não veio sozinho.
-Belinda. - Forço um sorriso. - E meninos. A festa é por ali. - Aponto para o corredor que leva ao terraço. Os caras que vieram com meu irmão comemoram e vão até o terraço.
-Any, que bom te ver! - Belinda falsa, fingida, metida, duas caras me abraça - Parece até que você me ignora na faculdade. - Ela faz uma cara tristinha.
-Que feio, maninha. - Meu irmão comenta, com um leve tom de deboche.
-Claro que não! Sua bobinha! - Falo de uma forma completamente falsa e estridente. - Agora, pode ir indo. - Aponto novamente para o corredor, ela fecha um pouco a cara e vai.
-Você esquece de me responder, mas vê tudo que eu mando né? Convidou uns oito amiguinhos seus e a sua...
-Anahí, Anahí. Belinda é uma queridíssima amiga. - Meu irmão diz pegando uma cerveja na geladeira.
Ela é perigosa, isso sim. Meu irmão sempre deu uns pegas nela, desde o começo da faculdade, nada sério. Ficar por ficar mesmo. E ela pode ser bem ciumenta e possessiva quando quer, mesmo não tendo absolutamente nada com ele. Lembro que quando ela descobriu que ele beijou a Maitê (como se ele não pegasse metade da faculdade), deu um show, ameaçou a Maitê, avisando que era pra ela ficar longe dele. Coitada. Mal sabe ela que Maitê é da família e nos conhece desde os oito anos de idade. É claro que o Christopher cortou ela e deixou bem claro as coisas entre eles, mas ela se fez de coitadinha arrependida e ele acreditou. Ele ainda beija ela em uma festa ou outra, mas nunca passa disso. E eu tenho certeza que ela acredita que um dia vai passar disso.
-Escuta o que eu tô dizendo: Essa garota ainda vai fazer uma merda tão grande na sua vida, mas tão grande, que você vai se arrepender pelo resto da sua vida por ter continuado dando uns amassos nela.- Digo dramaticamente - Ela é obcecada por você. Completamente pirada, capaz de fazer de tudo.
Christopher começa a rir.
-Irmã, você é tão melodramática. Eu gosto da boquinha dela. E ela não vai fazer nada, nunca. Ela é uma boa pessoa, mesmo que meio maluquete.
Tão ingênuo.
-Como foi a vigem? Um mês e algumas semanas. Não sei como você aguenta. - Me sendo ao lado dele no balcão da cozinha.
-Não é tão chato assim e você, princesinha. - Ele aperta meu nariz e eu solto um grito. - Devia ir com a gente. Já que nós dois seremos advogados e trabalharemos na empresa do papai. E talvez, a comandaremos daqui uns anos.
Sim, nós dois fazemos direito. Meu irmão sempre amou, mas quando criança e adolescente, nunca admitiu isso pra si mesmo e pra nós. Ele sempre quis contrariar o papai. Porém, quando teve que tomar a decisão, escolheu direito, sua paixão. Meu pai ficou muito surpreso (e orgulhoso). Já eu, sempre fui perdida. E acho que sempre tive medo de decepcioná-lo. Por isso, escolhi direito. Simplesmente.
-Primeiro: Muita chatice e perca de tempo. Segundo: Vou perder minhas férias com isso? Olha pra mim, irmãozinho. Tá vendo esse bronzeado? Não vem naturalmente, esforço de muito trabalho duro, horas no sol. - Sorrio pra ele.
-Anahí, como você vai ser advogada sendo que não gosta de tudo que envolve advocacia? Nós vamos nos formar esse ano e...
Interrompo ele.
-Eu não disse que não gostava. Mas como você disse, vamos nos formar esse ano, tenho ainda um tempinho pra arrumar um estágio e tudo mais. Fica tranquilo. Vai dar tudo certo. Não se preocupada comigo, bebê. - Abraço ele de lado. Mesmo que nosso pai nos deixe viajar com ele para ver algumas coisas do dia a dia e da empresa como funcionam na prática, ele nunca vai nos oferecer um emprego de graça, só por sermos seus filhos. Ele deixa bem claro pra nós dois que vamos ter que trabalhar muito pra que isso aconteça.
-Eu confio em você. E te amo. - Ele beija minha testa. - Só quero que você seja feliz.
-Eu sei. - Aperto o abraço ainda mais. - Nós dois. Sempre.
-Sempre, minha princesa.
Nos permitimos ficar assim mais uns minutos, até que o barulho da festa chama atenção.
-Maninha, eu preciso ver as gatas dessa festa. Talvez beijar algumas.
-Vai beijar sua cascavel, é? - Ele finge estar bravo e começa a correr atrás de mim.
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Olha quem chegouuuuu🥳🥳🥳🥳 Para nossa alegria, é claro.
E aqui, será que a any realmente gosta da faculdade de direito? Sei não, heim...
Próximo capítulo vai ter o tão aguardado encontro vondy. Vai ser realmente lindo, meninas. Já preparem os lencinhos.
Não se esqueçam de comentar, interagir aqui comigo! E deixar a ⭐️.
