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Hoje tô bem atrasada. Vinte minutos, pra ser mais exata. Nem vi o tempo passar. Como hoje é meu primeiro dia, tive que preparar minha roupa e minhas coisas todas, já que não vou ter tempo de voltar pra casa, pra me arrumar e comer. Vai ter que ser tudo na faculdade mesmo, por ser mais perto do escritório.

Saio do carro, rápido, quase caindo. Eu sou tão desastrada. Vou correndo em direção à minha sala, e quando chego, percebo que o Ucker está encostado perto da porta. Meus joelhos ficam fracos por um momento e minha mão começa a suar um pouco. Paro por um instante e respiro, limpando minhas mãos na calça.

Ele finalmente me vê e caminha em minha direção.

-Muito bonito, Dulce María. Atrasada. - Paro de andar e cruzo os braços em sua frente. Ele faz o mesmo, levantando as sobrancelhas.

-Posso saber o que você está fazendo aqui? - Pergunto brava.

-Falei que iria te encontrar logo quando você chegasse, não lembra?

-Você, grrrrr. - Solto algum tipo de grunhido. -Você não tem aula agora também, Ucker? Qual é, eu já falei pra você parar com o que quer que você esteja fazendo. Não vai funcionar comigo. A gente não tá no ensino médio.

-Todo dia eu vou te esperar. Espero que você não se atrase mais, pelo nosso bem. Tenho que ir agora. A gente se vê mais tarde. - Antes que eu perceba, ele se inclina em minha direção e beija minha bochecha, indo embora rápido antes que eu começe a discutir. Fico parada por um momento e coloco minha mão onde ele beijou.

Balanço minha cabeça e volto a realidade. É ele, Dulce. Irmão da Anahí. O cara que menos presta no faculdade. Acorda. Você não precisa disso e nem quer isso.

Entro na sala e sento em minha carteira, abrindo meus livros.

...

-Tem certeza que não vai vir com a gente? - Any pergunta. Estamos no intervalo e eu aproveito esse tempo pra repassar algumas anotações que eu perdi do comecinho da aula e adiantar algumas atividades.

-Tenho. Podem ir borboletar por aí, mas sem fazer besteiras, heim? - Falo sorrindo. Levanto meus olhos do caderno para olhar May, Chris e Any.

-Sim senhora. - May diz, se levantado com os outros dois.

-Até daqui a pouco, Dulgata. - Os três se afastam e eu continuo escrevendo no caderno. Como eu já gosto tanto deles em somente uma semana. Muito louco isso.

Estou concentrada na matéria, até que escuto um sussurro em meu ouvido.

-Bu. - Ucker diz, se sentando na cadeira de Anahí, ao meu lado.

-O que você tá fazendo aqui? - Falo em tom baixo pra que ninguém escute nossa conversa.

-O que você acha que eu tô fazendo aqui? - Ele afasta um pouco uma parte do meu cabelo  que está cobrindo meu rosto e eu dou um tapinha em sua mão. - Por que sempre tão agressiva?

-Eu estou ocupada, se você não percebeu. Vaza. - Volto a olhar minhas anotações. Ele passa o braço pela minha carteira e chega o rosto ainda mais perto do meu, olhando os papéis.

-Sua letra é linda. - Ucker diz com seu rosto praticamente colado ao meu. Sinto sua respiração muito perto e seu cheiro. Respiro profundamente e mordo meu lábio.

-Se você não se afastar agora, eu vou gritar. - Olho firme em seus olhos.

-Não vai nada. - Ele diz olhando minha boca.

-Você duvida?

-Duvido. - Antes que ele me beije, eu solto um grito muito alto e todas as poucas pessoas que estão na sala olham pra nós.

Ele arregala os olhos e tenta colocar sua mão sobre a minha boca, mas eu a pego antes.

-Não era nada, gente. Só uma aranha. - Falo em voz alta para pessoas que estão me olhando, como se eu fosse uma louca. Elas desviam o olhar.

-Mais uma coisas que você pode acrescentar a sua listinha de fatos sobre mim: nunca duvide do que eu falo. - Aperto sua mão e a solto, voltando a olhar os papéis.

Ele fica por um minuto sem reação, mas logo se recupera e levanta da cadeira. Agradeço mentalmente por ele estar indo embora, mas me engano.

Ao invés disso, ele se agacha em frente a minha carteira, colocando suas mãos em cima de minhas anotações.

-Sabe o que eu acho? - Ele me pergunta, olhando em meus olhos.

-Não quero saber. A gente se conhece a 3 dias, você não tem que achar absolutamente nada.

-Eu acho que você age assim comigo por medo. Medo dos seus sentimentos e de suas vontade quando estou com você. Não é?

Começo a tentar tirar os papéis de baixo das mãos dele, e ele acaba levantando meu queixo calmamente com sua mão, me obrigando a encará-lo de frente.

-Você tá errado. - Se quisesse me desfazer de seu toque, poderia. Mas não quero. Meu corpo reage de uma maneira inexplicável quando ele me toca. E eu, pelo que tudo indica, não consigo formular uma frase concreta quando isso acontece.

-Tem certeza? - Seus dedos sobem e descem pela minha bochecha, acariciando-a.

-Absoluta. - Não resisto e coloco minha mão por cima da dele, juntado as duas. Depois de uns segundos, me dou conta do que acabei de fazer a solto.

-Quero que você vá embora. Agora. - Digo desviando o olhar novamente.

-Te vejo no escritório, Dulce querida. - Ele pega minha mão e deposita um beijo nela. Minhas bochechas esquentam e eu abaixo mais ainda a cabeça, torcendo para que meus cabelos estejam escondendo minha vermelhidão. Quando tenho certeza que ele foi, olho para minha mão e sinto como se ela estivesse formigando.

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Oioi gente! Antes de tudo

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E tenham paciência com esses dois... hahaha🙈🙈🙈

Espero que estejam gostando da história! Vai ser grande, mas prometo me esforçar pra postar todos dos dias, assim vocês não vão poder reclamar kkkkkk

Beijinhos e até amanhã!
Lia💋🔥

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