Capítulo 3 - Anti Social

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Acordei meio sonolenta -jura?- e esfreguei os olhos.

—Ainda bem que o babaca não está aqui -murmurei. Não custa nada dar uma checada, né?

Subi as escadinhas e vi um Cold deitado na cama mexendo no celular.

—Quem é o babaca que não está aqui? -perguntou e eu soltei um grito. Resultado: caí lá de cima com a bunda no chão.

Esfreguei a área lesionada e voltei pra minha cama.

Cold se jogou lá de cima logo em seguida como um elefante acima do peso.

Ele saiu do quarto e fui atrás.

Quando cheguei na sala, ele estava deitado no sofá. Eu ia em direção a ele pra dá-lo um susto. Mas como sou demente, tropecei no vento e caí em cima dele.

Senti que eu estava tombando pro lado, então puxei ele pro chão junto comigo, pra amortecer minha queda.

—Qual o seu problema, garota? -perguntou.

—Sei lá -falei me levantando.

Ele fez o mesmo em seguida e pegou seu celular. Acho que foi ver a hora.

—Tô atrasado! -falou pra si mesmo pegando sua jaqueta.

—Aonde vai? -perguntei.

—Não te interessa -falou e ia saindo, mas eu o interrompi.

—Ok então -peguei meu celular e pus no ouvido. —Alô? Pai? O panaca do filho da sua mulher vai sair e não quer me levar!

—Qual é a merda do seu problema?! -praguejou e eu escondi um sorriso. —Te dou cinco minutos pra se arrumar -ele disse e dei uma risada de lagarto.

Coloquei um jeans escuro rasgado nos joelhos e uma blusa do AC/DC. Peguei meu celular e fui.

[...]

E lá estávamos eu e Cold. Esperando o táxi. Bendito táxi!

—Ele só não vem porque fica assustado com a sua cara -resmunguei.

—Cathrina, para de reclamar. Se não quiser ir, VOLTA! -ele disse e um táxi passou voado.

—Ô taxista! -Cold gritou.

—Ô pedestre! -o homem gritou de volta e pisou fundo. Gargalhei da cara do Cold e ele ficou vermelho. De raiva.

-Olha só, é melhor você parar de rir,senão... -por um momento, achei que ele fosse me esmagar com os punhos, mas um táxi estacionou ao nosso lado, espirrando lama em Cold.

—Vão pegar? -o taxista perguntou.

—Si... sim! -eu disse com dificuldade devido às gargalhadas.

Cold abriu a porta de trás pra mim e vociferou um "entra" em um tom ameaçador.

Ele se limpou envergonhado.

—Para o shopping.

[...]

—Se você calasse a boca e sossegasse essa bunda murcha -murcha nada- ele não teria jogado lama em você! -falei.

—Ei, a culpa não é minha! -o taxista se defendeu.

—Tem razão! A culpa é desse horlandês que fala cuspindo com o sotaque dele estranho! -falei apontando pra Cold.

—Hor... o que? -Cold perguntou.

—Horlanda. Você é de nacionalidade holandesa e irlandesa!

—Primeiramente, não sou holadês e muito menos irlandês! Na verdade, eu sou da...

—Não quero saber! -interrompi. Chegamos no shopping e fomos pro cinema.

CathrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora