Acordei meio sonolenta -jura?- e esfreguei os olhos.
—Ainda bem que o babaca não está aqui -murmurei. Não custa nada dar uma checada, né?
Subi as escadinhas e vi um Cold deitado na cama mexendo no celular.
—Quem é o babaca que não está aqui? -perguntou e eu soltei um grito. Resultado: caí lá de cima com a bunda no chão.
Esfreguei a área lesionada e voltei pra minha cama.
Cold se jogou lá de cima logo em seguida como um elefante acima do peso.
Ele saiu do quarto e fui atrás.
Quando cheguei na sala, ele estava deitado no sofá. Eu ia em direção a ele pra dá-lo um susto. Mas como sou demente, tropecei no vento e caí em cima dele.
Senti que eu estava tombando pro lado, então puxei ele pro chão junto comigo, pra amortecer minha queda.
—Qual o seu problema, garota? -perguntou.
—Sei lá -falei me levantando.
Ele fez o mesmo em seguida e pegou seu celular. Acho que foi ver a hora.
—Tô atrasado! -falou pra si mesmo pegando sua jaqueta.
—Aonde vai? -perguntei.
—Não te interessa -falou e ia saindo, mas eu o interrompi.
—Ok então -peguei meu celular e pus no ouvido. —Alô? Pai? O panaca do filho da sua mulher vai sair e não quer me levar!
—Qual é a merda do seu problema?! -praguejou e eu escondi um sorriso. —Te dou cinco minutos pra se arrumar -ele disse e dei uma risada de lagarto.
Coloquei um jeans escuro rasgado nos joelhos e uma blusa do AC/DC. Peguei meu celular e fui.
[...]
E lá estávamos eu e Cold. Esperando o táxi. Bendito táxi!
—Ele só não vem porque fica assustado com a sua cara -resmunguei.
—Cathrina, para de reclamar. Se não quiser ir, VOLTA! -ele disse e um táxi passou voado.
—Ô taxista! -Cold gritou.
—Ô pedestre! -o homem gritou de volta e pisou fundo. Gargalhei da cara do Cold e ele ficou vermelho. De raiva.
-Olha só, é melhor você parar de rir,senão... -por um momento, achei que ele fosse me esmagar com os punhos, mas um táxi estacionou ao nosso lado, espirrando lama em Cold.
—Vão pegar? -o taxista perguntou.
—Si... sim! -eu disse com dificuldade devido às gargalhadas.
Cold abriu a porta de trás pra mim e vociferou um "entra" em um tom ameaçador.
Ele se limpou envergonhado.
—Para o shopping.
[...]
—Se você calasse a boca e sossegasse essa bunda murcha -murcha nada- ele não teria jogado lama em você! -falei.
—Ei, a culpa não é minha! -o taxista se defendeu.
—Tem razão! A culpa é desse horlandês que fala cuspindo com o sotaque dele estranho! -falei apontando pra Cold.
—Hor... o que? -Cold perguntou.
—Horlanda. Você é de nacionalidade holandesa e irlandesa!
—Primeiramente, não sou holadês e muito menos irlandês! Na verdade, eu sou da...
—Não quero saber! -interrompi. Chegamos no shopping e fomos pro cinema.
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Cathrina
Teen FictionEmbarque nessa aventura de amor e ódio entre os meio-irmãos Cold Way e Cathrina Monroe. all rights reserved @reet_