Epílogo

97 8 6
                                    

Acordei com Cold me abraçando por trás. Era estranho dormir de conchinha com alguém quando ninguém te ama. Quer dizer, quase ninguém.

-Cold... -murmuro- Coldzinho -rio de mim mesma pelo apelido estúpido que acabei de inventar e me sento na cama.

Me posiciono sentada na sua cintura e ele logo abre os olhos.

-Mas que porra... -ele começa mas eu coloco o dedo na sua boca.

-Eu quero sanduíche -falo lentamente e depois rio.

Ele cobre a cabeça com a almofada e depois checa as horas no celular.

-São quatro da manhã, eu não vou fazer sanduíche pra você agora!

-Eu não pedi pra você fazer, eu só ia pedir pra você me acompanhar porque não quero ir pra cozinha sozinha.

-Nossos pais estão aí...

-Não, sua anta, eles estão no hospital.

Ah, nem disse, minha madrasta entrou em trabalho de parto há umas duas horas. Sim, ela é tão problemática que até a criança vai nascer em uma hora inadequada só pra irritar todo mundo.

-Hoje é sexta-feira 13, sabia disso? -Cold diz se levantando da cama apenas com uma calça de moletom.

-Sim, e eu estou com fome em plena sexta-feira 13 às quatro da manhã -sorrio e vou em direção à cozinha.

-Deixa que eu faço -ele passa na minha frente ainda sonolento e eu apenas dou de ombros, me sentando em um dos banquinhos enormes.

Dez minutos depois ele aparece com meu sanduíche e eu dou uma mordida.

-Eu quero uma recompensa -ele diz ficando em pé entre minhas pernas.

Mostro o lanche pra ele oferecendo-o.

-Eu quero outra coisa -ele sussurra.

-Que nojo de você! -grito e bato em seu braço- Estou ocupada.

Cold faz um biquinho que eu não consigo resistir, afinal, ele é o Cold. Deixo o sanduíche de lado e ele me beija. Ele vai levantando minha blusa.

-Snow vai nascer às cinco! -interrompo ele. Sim, o nome da bebê vai ser Snow, mesmo eu falando que era um nome muito 'masculino', mas não é minha culpa se essa família ama fenômenos da natureza.

-Temos tempo -ele sorri voltando a me beijar e eu me entrego de vez.

Cold me tira da cadeira e me leva em seu colo até o quarto, onde ele me coloca na cama e vai tirando minha blusa. Acho que vocês já sabem o que virá depois, somos só meio-irmãos fazendo coisas que meio-irmãos anormais fazem.

Nós certamente iremos pro inferno por estarmos praticando "incesto", mas quem liga? Se Cold fosse um demônio, eu não hesitaria em me tornar um, eu deixei ele me mostrar que ele é o meu inferno no paraíso, eu o mostrei que eu sou igual a ele, e nós dois juntos formamos o nosso paraíso no inferno, mas o paraíso é o próprio inferno. É confuso, mas faz sentido cada vez mais que eu conheço Cold Way, tanto fisicamente ou psicologicamente.

*********************************


Mas eu só tenho a agradecer a vocês, por quem eu estou escrevendo agora. A cada voto, a cada view subindo eu vejo que tá valendo a pena eu escrever essa história toda. Mas sério, obrigadão mesmo!!! Eu amo tanto vocês! Quem diria que essa fic que eu comecei a escrever de zoeirinha chegaria a 13k????? SIM, TREZE MIL LEITURAS! EU NUNCA ME IMAGINEI TENDO ISSO TUDO, MORES, EU ME IMAGINAVA NO MÁXIMO COM 100 (pessimist wins), mas sério, obrigada por me fazerem chegar onde eu estou 💙💙💙💙

Nossa querida Cathrina e nosso incrível Cold vão sentir saudades.

CathrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora