Amor, temos visita

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Já era tarde da noite quando eu despertei com um barulho estranho vindo do lado de fora. Levantei da cama e decidi da uma olhada para ver do que se tratava.

Fui até a janela com passos lentos, esfreguei os olhos e espiei pelo vidro, percebendo que havia uma moto preta encostada em frente a nossa casa.

"Quem será?"

Confesso que senti um pouco de medo, mas não maior que a minha curiosidade. Então resolvi descer mesmo assim e ver quem era.

" Minha curiosidade vai acabar me matando um dia desses."

Vesti um casaco para esconder a camisola, em seguida abri a porta do quarto devagar para não acordar Cristian, ele estava muito cansado e eu queria poupa-lo disso.

Desci as escadas sorrateiramente e caminhei em direção a porta. A campainha logo toca, e eu fico apreensiva.

____ Quem é? Pergunto, mas ninguém responde, o que aumenta o meu medo.

Tentei reconhecer a pessoa pela silhueta .Mas essa minha análise não deu certo, a única coisa que posso adiantar era que se tratava de um homem. Por conta da altura e o tipo físico pouco visível.

Eu sabia do risco que eu estava correndo ao abrir a porta para um estranho, ainda mais, tarde da noite, mas eu não estava tão intimidada com isso, afinal de contas Cristian estava lá pra me proteger do que fosse. Ele tinha sono leve, e também uma arma que costumávamos usar em caso de emergência.

"Eu sei, foi um tanto estúpido o que eu pensei".

Agarrei a maçaneta da porta e respirei fundo antes de abrir.

Mas logo afastei a mão.

" E se for um ladrão?. E se ele entrar atirando?"

Minha mão começa a tremer, e o suor frio escorre pela minha testa.

A campainha toca novamente, me assustando."

"Vai embora".

Por precaução peguei uma marreta que estava escorada ali perto, e com a outra mão abri cuidadosamente a porta, prestando atenção em qualquer movimento que ele fosse fazer.

Mas ao invés de um ladrão, me deparei com um cara alto, de olhos verdes e cabelos castanhos. Ele se aproximou, se revelando na escuridão, e usava uma camiseta branca, jaqueta de couro preta e calça jeans surrada. E estava com uma câmera fotográfica enrolada em seu pescoço.

Um tanto inofensivo.

____ Olá, boa noite - Ele sorriu e estendeu a mão pra mim.

Demorei um pouco para raciocinar com o impacto que o seu sorriso causou em mim. A presença repentina daquele homem de olhar penetrante me deixou estranhamente estagnada.

____ O.. olá _Gaguejei sem tirar os olhos dele.

____ Você não ia me bater com essa marreta, ou ia? _ Ele riu de lado.

Meu coração disparou na mesma hora, e eu não estava entendendo o porquê dessa reação tão inesperada, eu nunca tinha ficado tão alucinada com tanta beleza, nem mesmo quando vi Cristian pela primeira vez. Mas deve ser por conta da adrenalina.

Ficamos parados ali, um olhando para o outro, ambos sem entender nada. Até que Cristian surge atrás de mim e me tira do transe no qual eu estava, me trazendo de volta a relalidade.

Abaixei a cabeça um pouco sem graça com a situação.

Ele deve ter percebido minha ausência na cama, e veio atrás.

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