CDC

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DARYL DIXON

Pedi que ela se protegesse do frio e ela abriu o sorriso mais puro que já vi. Subimos na moto, era estranho para mim ter uma garota na minha cola por tanto tempo, ela não era como as outras ou pelo menos não parecia ser. Ela era meiga, inteligente, sexy, engraçada e ao mesmo tempo durona. Ela chama atenção e nem percebe como faz isso. Enquanto ela apertava minha cintura e recostava em minhas costas eu não consegui pensar em nada que não fosse ela. Se Merle estivesse aqui ele já estaria me xingando de maricas ou coisa pior.
Quando nos aproximavamos da cidade coloquei a mão na perna dela para que ficasse atenta, zumbis podiam aparecer a qualquer momento, víamos um ou outro ao longe e quanto mais próximos do centro estávamos, mais eles encurralavam o caminho. Já podia ver o CDC no fim da rua quando ela tirou a mão da minha cintura e puxou o facão da bainha. Estacionamos em frente ao CDC e ela nem desceu da moto para matar metade de um zumbi que se arrastava pela calçada.
Todos desceram dos veículos e nos movemos rapidamente até a porta, os walker perceberam nossa presença e seguiam em nossa direção. Rick bateu como um louco na porta e gritou mas não havia resposta.
Fui matando os walker que se aproximavam demais com a besta e Shane atirando com a pistola e a maldita porta continuava fechada.
-Vamos embora Rick -Gritei
-Tem alguém aí dentro, sei que tem- Disse começando a ficar desesperado.
-Rick vamos logo se ficarmos aqui vamos morrer -disse a ruiva já sacando a pistola.
-A câmera se mexeu tenho certeza- nesse momento Rick já estava desesperado -Temos mulheres e crianças por favor abram.
Era inútil, eu estava pronto para arrastar Rick dali quando a enorme porta de vidro se abriu. Entramos correndo sem pensar duas vezes. No mesmo instante ela se fechou atrás de nós e demos de cara com outra porta de lá saiu um médico se apresentando como Doutor Edwin Jenner, ele só nos deixou entrar depois que concordamos em fazer exame de sangue. Tínhamos acabado de cumprir sua exigência então ele nos levou até uma espécie de alojamento que parecia mais um hotel, disse para tomarmos banho e nos aprontarmos para o jantar.
-Não gastem toda a água quente-Nos pediu.
Achei que esse tipo de coisa não existia mais em lugar nenhum, esperei que todos tomassem banho para que eu fosse, gosto de privacidade nesses momentos. Entrei no banheiro e tirei o colete a camisa , quando estava desafivelando o cinto alguém abriu a porta do box e era ela .
Toda cheia de gotinhas de água pelo corpo, com os cabelos molhados e sem maquiagem enrolada em uma toalha branca.Ela levou um susto quando me viu, depois ficou vermelha.
Eu ia começar a me desculpar por aquilo quando ela disse - Tudo bem , não tem problema , sei que não fez por mal.
- Eu achei que todos já tinham tomado banho -Falei tentando olhar para o chão mas era impossível.
- Eu também achei que era a ultima -Mas não foi pensei -Deixa eu me trocar rapidinho e eu ja deixo você tomar banho.
Acenti sorrindo por ve-la vermelha de vergonha e sai , esperei no lado de fora da porta uns 15 minutos até que ela saiu. Usando um shortinho jeans clarinho e uma regata azul escura, como sempre com os olhos negros e a boca vermelha, as ondas vermelhas de seu cabelo pareciam mais vivas depois do banho.
Não resisti e deixei o babaca que existe em mim entrar e ação e assobiei para ela.
- Vou aceitar o elogio caipira.-Ela disse sorrindo.
- E deve mesmo, parece outra pessoa depois desse banho. -Falei provocando.
- Desde que o mundo virou merda eu sou outra pessoa Dixon -Disse passando por mim e dando uma piscadinha.
Entrei no banho e a única coisa que eu conseguia pensar era porque uma garota como aquela estava me dando bola, talvez ela levasse na amizade ou na brincadeira não sei. Só sabia de uma coisa se ela me quisesse eu não iria exitar.

CAROLINE KRAINSKI

Passei por Daryl e me dirigi a cozinha, do corredor já pude sentir o cheiro de comida, senti meu estômago revirar. Quando entrei a mesa estava magnífica, me sentei ao lado de Gleen e ficamos conversando sobre como era maravilhoso termos achado aquele lugar.
Havia ovos, pães, carnes,o melhor refrigerante e o pior também vinho. Nunca gostei de bebidas alcoólicas, bebia socialmente antes de me casar e depois nunca mais bebi pois peguei um certo trauma pelo motivo que meu marido virava um monstro quando bebia, ficava agressivo.
Alguns minutos se passaram e Carol chegou colocando uma travessa de macarrão com molho na mesa, eu me senti no paraíso. Daryl chegou e se sentou ao meu lado ele estava realmente lindo de banho tomado e cabelos molhados. Abriu uma garrafa de vinho e me ofereceu . Neguei com a cabeça.
Carl queria experimentar o vinho e com muito custo convenceu Lori a deixar, Rick lhe deu um gole de sua taça e ele fez uma carreta quando bebeu todos rimos. Pareciamos aquelas famílias dos comerciais de margarina almoçando nos domingos e me perguntei por quanto tempo teríamos aquela paz.
Continuamos o jantar e Rick nos fez um discurso sobre como todos somos merecedores e tal mais havia uma coisa me incomodando, Shane não tirava os olhos de mim e eu já me sentia mal por isso.
Terminamos de jantar e Gleen não conseguia nem ficar em pé de tanto vinho que tomou. A maior parte das pessoa já tinha ido se deitar eu estava só na cozinha procurando por algo doce para comer quando Shane apareceu. Ele se aproximou de mim um pouco demais e quando tentei me esquivar ele me prensou contra a mesa, sua mão agarrava minha cintura que chegou a doer.
- Vou te dar uma chance de me largar-Disse
-Ou o que?-Me perguntou debochando.
-Ou eu vou matar você -Ele não respondeu só me agarrou mais ainda.
- Só um beijinho gata, você está sempre assim tão linda em pleno fim do mundo, com certeza é pra Chamar minha atenção.
-Me solta seu babaca.Nem que você fosse o ultimo homem do mundo.- Reverberei.
Nesse momento ele me virou de costas, eu tentava me soltar mas ele era muito forte , se esfregava em mim e eu só sentia nojo.
-Vai dizer que não está gostando?-perguntou.
-Preferia que fosse um zumbi- respondi tentando me soltar.
Do nada ouvi um barulho e olhei para o corredor escuro, vi saindo das sombras Daryl apontando a besta para o Shane.
-Larga ela se você gosta de viver- Disse Daryl com odio no olhar.
Shane me largou e passou bufando por Daryl para fora da cozinha, nesse momento eu só conseguia chorar. Daryl chegou perto se mim tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e passou o polegar embaixo de meu olho como se quisesse secar minhas lagrimas.
- Vem comigo, não vou te fazer mal, não sou como todos dizem, confie em mim - falou.
Eu segurei na mão dele e o segui , achei que ele me levaria para meu quarto mais quando percebi estávamos na frente do seu. Ele abriu a porta e me convidou para entrar mal conseguia vê-lo pois minhas lagrimas turvavam minha visão.
- Vem, só quero conversar, eu deixo a porta aberta.
Nesse momento peguei minhas ultimas forças e usei para entrar no quarto de Daryl, me sentei na cama e ele deixou a porta aberta como prometido se sentando ao meu lado.

DARYL DIXON

No momento em que eu vi o que estava acontecendo quis matar o Shane, não sei o que essa garota tinha mais não conseguia ver ela chorando, desde aquele dia na floresta percebi que ela não era tão forte assim quanto aparentava. Trouxe ela comigo porque senti que não podia deixá-la sozinha, ela estava ao meu lado na cama chorando e eu precisava fazer algo.
-Está tudo bem, não vou deixar ele chegar perto de você de novo- Disse baixinho.
Ela limpou os olhos e me agracedeceu.
- Porque me salvou?-perguntou com a voz rouca.
- Eu faria por qualquer um -Disse e obviamente era mentira, ela era especial para mim e nem eu sabia o porque.
- Pode parar de chorar esta tudo bem agora- Disse colocando a mão na sua.
-Não está - ela disse chorando ainda mais - não está para mim porque mais uma vez eu fui tratada assim, mais uma vez um homem bedado tentou me agredir e eu achei que quando o mundo acabou e meu marido morreu toda essa merda que eu passava tinha acabado junto.
Eu não sabia o que fazer quando ouvi aquilo então abracei ela , um abraço demorado, ela me apertava e eu senti naquele momento que eu iria cuidar dela, ela querendo ou não

CAROLINE KRAINSKI

Quando Daryl Dixon me abraçou eu me senti muito melhor , principalmente porque pude desabafar com alguém que não disse nada e somente me ouviu. Quando fui largar o abraço e agradecer coloquei a mão em seu rosto e olhei nos seus olhos azuis e não consegui dizer uma palavra, tudo que eu fiz foi beija-lo.
Talvez fosse loucura, talvez ele me odiasse por fazer aquilo ou me achasse mesmo uma vadia como Shane fizera parecer.
Mas não, ele retribuiu o beijo, lento e molhado que tirou de mim todo o medo e raiva que estava sentindo. Ele pois uma mão em minha cintura e com a outra pegou nos meus cabelos passando os dedos entra as ondas. Consequentemente eu levei uma mão até suas costas e a outra até seus cabelos . Ficamos nos beijando durante um bom tempo sem dizer nada um para o outro só paramos para tomar ar e logo voltamos a juntar nossos lábios .
Senti uma mão escorregando pela lateral de meu seio por cima da blusa então me afastei.
- Daryl, isso está realmente ótimo , mas não quero que pense errado de mim , vamos com calma ,ok ?- Falei.
Daryl olhou fundo nos meus olhos e disse - Nem que você fizesse loucuras aqui nessa cama comigo hoje eu não pensaria isso.
Sorri para ele e dei um suspiro. Ele pegou meu queixo e me deu um selinho falando em seguida -Faremos como você quiser.
Balancei a cabeça assentindo, Daryl Dixon estava realmente me deixando sem palavras.

DARYL DIXON

Quando ela me beijou eu pensei em exitar mas não consegui, simplesmente me deixei levar. Quando vi não conseguia parar mais. Eu estava pronto para começar a dar a ela a melhor noite da sua vida quando ela me pediu para ir devagar. Jamais forçaria ela a nada, mas também não deixaria ela ir embora.
Quando ela me pediu para parar um silêncio absoluto tomou conta do quarto. Quando ela pensou em se levantar para ir eu peguei em sua mão e disse que podia ficar se quisesse. Ela por sorte se sentou novamente. Acendi um cigarro e dei um para ela, ficamos conversando na maior parte da noite ela me falou mais coisas sobre o babaca do marido, que sorte a dele estar morto por que não estivesse eu o mataria.
Agora eu sabia mais sobre ela , que realmente passou poucas e boas, sofreu vários tipos de agressões e abusos, sabia que nunca teve família para proteger ela e naquele momento eu decidi que eu a protegeria.
Falei para ela sobre Merle ser um imbecil e como tinhamos uma vida de merda com o bêbado do nosso pai.
E então ficamos falando e fazendo planos agora que achamos esse lugar.
Pude perceber seu sono quando a madrugada chegava então puxei as cobertas e me deitei na cama .
- Você não vem ? Perguntei.
Ela sorriu e aceitou se deitando ao meu lado,passei meu braço em suas costas puxando ela para meu peito, estavamos falando sobre armas quando ela dormiu , ajeitei ela na cama e lhe cobri até seus ombros, me deitei abraçando ela.
Se Merle me visse agora me mandaria para o inferno ,mas eu não ligo, não ligo para ninguém mais a não ser ela. Adormeci sentindo seu calor.

VERMELHO COMO FOGO -DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora