Ser feita de boba

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Os tímidos raios de sol atravessavam a fresta pequena da cortina daquele quarto quando Bianca sentiu lábios beijando suas costas nuas. Não precisou abrir os olhos para saber que se tratava de Rafaella lhe acordando. Suspirou, movendo-se minimamente enquanto sentia a boca subir por suas costas até chegar à nuca. A fazendeira tinha as pernas em volta do quadril da morena, os joelhos apoiados no colchão para não colocar todo seu peso sobre o corpo menor. Queria acordá-la de uma forma não agressiva.

De longe, Bianca podia ouvir ruídos abafados distante dali. Imaginou que fosse os funcionários organizando a bagunça da festa de Rafaella. A festa que culminou na volta do casal.

— Acorda, Bi. O dia tá lindo demais pra gente ficar nessa cama. — outro beijo foi deixado nas costas da morena que ronronou como um gato ao sentir o carinho. Rafaella suspirou também. Sentia vontade de abraçar Bianca e não soltar nunca mais.

— Tem certeza? Eu consigo citar dezenas de coisas pra gente fazer sobre essa cama.

— Ah, é? Me conte mais. — deslizou uma mão pelo corpo de bruços, alcançando o fim das costas onde fez círculos com o polegar. Ainda que não fosse sua intenção, sexo matinal caía sempre bem. — Essas coisas tem a ver com o que?

— Tem a ver com eu dando gostoso pra você. — respondeu a morena tentando se virar para encarar os verdes da namorada, no entanto, Rafaella não deixou. Forçou as pernas no colchão, impedindo que Bianca se virasse.

— Talvez o dia não esteja tão lindo assim...

— Deixa eu te olhar, amor. — Rafaella deslizou a mão até a bunda coberta pelo lençol dando um aperto nada gentil. Tinha sido gentil na noite anterior, não precisava ser naquela manhã. — Rafa...

— Fica de quatro pra mim.

Bianca não soube dizer se era um pedido ou uma ordem, a voz de Rafaella era calma, mas continha em suas entrelinhas uma força quase selvagem. Sem se atentar aos detalhes, a morena fez o que foi pedido, Rafaella já não estava mais sobre seu corpo, mas sim ao seu lado de joelhos sobre a cama.

— Assim tá bom? — o tom de voz inocente mascarava muito mal as intenções da morena que empinava sua bunda apoiada nos cotovelos. Rafaella arfou. O lençol que cobria o corpo nu de Bianca já não fazia mais seu trabalho, mostrando todo o corpo para a fazendeira.

Num piscar de olhos, Rafaella se livrou das roupas, posicionando-se atrás da morena que ora ou outra rebolava o quadril jogando-o para trás. Afastou as pernas se deliciando com a visão que era agraciada, aquela altura Bianca já estava tão inundada quanto o Nilo em época de cheia.

Uma filha da puta gostosa. E era sua. Somente sua. Rafaella se sentia a pessoa mais sortuda do mundo por poder chamar Bianca de sua e explorar seu corpo da forma que a morena permitia. Seu maior prazer agora era dar prazer à ela. E o faria sempre que possível.

Precisava ser rápida ou o café da manhã que a aguardavam na mesa iria esfriar. Sem se demorar nas preliminares, Rafaella deslizou dois dedos ofegando ao ouvir o gemido arrastado de Bianca chegar aos seus ouvidos. Estocou lentamente, o mais fundo que conseguia, trilhando um caminho com seus lábios até a nuca da morena. Os longos fios negros estavam jogados sobre um dos ombros, de um erotismo nunca apreciado pela fazendeira. Já tinha tido muitas mulheres, mas nenhuma tão sexy quanto Bianca.

Estocou novamente, dessa vez com uma força maior. Seus lábios beijavam a nuca exposta, deslizando a língua até alcançar a orelha. Bianca segurou forte o lençol entre os dedos, fechando os olhos com força sentindo Rafaella lhe penetrar dessa vez mais rápido.

Caso Indefinido - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora