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Allina

2: We are friends, ok?

Novo dia, novas escolhas.

Acordei com a mesma animação de sempre. Igual a um homem sedentário que trabalha todos os dias para no final morrer e não levar nada.

Mas algo estava diferente hoje; Um odor percorria minhas narinas. E assim, descobri que este mal cheiro vinha de minha boca.

Mau hálito.

Então, escovei meus dentes o mais forte possível, para poder me livrar daquilo.
Mas o mal hálito não passou, e então, me questionei se fazia minhas higienes matinais corretamente.

Eu escovei os dentes, porque o odor ainda percorria pela minha boca?

A solução surgiu em minha mente: Balinhas de menta.

Isso, balinhas de menta!

Eu iria tomar café o mais discreta possível, e depois enfiar várias balinhas em minha boca.

Bom, se eu conseguisse tomar café.....

        — Bom dia, mãe. — Falei.

        — Bom dia. Fiz sua comida favorita, panquecas. Quem sabe não se anima para comer?

Merda.

        — Parecem estar ótimos! — Sorri fraco vendo o prato em cima da mesa, me esperando.

Me sentei e encarei o prato, pegando o talher e tocando na comida.

Peguei um pedaço, e levemente o aproximei de minha boca, e assim mastiguei.

Mas o que eu já esperava aconteceu: Aquela série de tosse, a sensação de estar sendo asfixiado ou algo do tipo e a comida voltando pela minha laringe.

Minha mãe imediatamente se virou para ver oque acontecia, e pegou um copo de água para mim.

        — Você está bem? O que está acontecendo, Allina? — Ela questionou nervosa, enquanto eu colocava toda a comida para fora.

Logo depois bebi a agua.

        — Está tudo bem, mãe. Apenas me engasguei com a comida. — Falei, e senti o gosto amargo em minha boca, e minha voz falhada acompanhava essa sensação de rebaixamento.

        — Está bem, não precisa comer mais se não quiser. — sorri fraco. — Coma na escola, leve dinheiro e compre um lanche.

Ela passou as mãos pelo bolso de seu vestido branco, e me entregou algumas notas de dinheiro.

        — Obrigado, mãe — sorri.

        — O que aconteceu? — Louis perguntou, fazendo mamãe dar um pulo para trás.

       — Nada, imagina! — Ela riu e ele serrou seus olhos. — Olha, fiz Eagles para vocês!

Ela tentou o distrair enquanto eu me levantava para ir embora.

       — Bom dia Louis. Até mais tarde mamãe! — Não esperei por sua resposta, e apenas sai.

Festa dos sinais, Finn Wolfhard.Onde histórias criam vida. Descubra agora