22

51 5 0
                                    

Allina:

17:abominable man
in black

A campainha.

Ela tocou, tocou novamente me deixando mais irritada do que eu já estava.

Estou começando à ficar com raiva dessa campainha de merda.

Abri a porta, e levei um pequeno susto ao ver Finn parado a porta, com seus olhos inchados e vermelhos.

        — Finn? Porque está com essa cara-

Ele me interrompeu, me dando um abraço que de algum jeito, me passou toda a sua insegurança.

Passei alguns segundos ali, e depois retribui o abraço inseguro de finn.

        — Ei. — Sussurrei me separando do abraço e olhando em seus olhos. — Vai me dizer oque está acontecendo?

        — Lembra do que aconteceu com você? Sobre seus pais? — concordei com a cabeça. — Aconteceu algo parecido.

        — S-seus pais se separaram? — Questionei atenta à sua resposta.

        — Não, algo pior. Bem pior!

        — Então trate de me explicar, agora! — O Levei até a cozinha e ele se sentou à mesa, enquanto eu servia um copo de água para ele.

         — Está tremendo, se acalme primeiro. — O entreguei o copo, que ele bebeu em apenas um gole.

        — É...s abe o meu pai? — Concordei. — Ele voltou para cá hoje, e isso é um pouco frustrante porque eu não gosto nada dele.

        — Oque ele fez? Claro, só diga se você quiser.

        — Não, sem problemas. — Ele sorriu sem jeito. — Ele não fazia muito bem para minha mãe e meu irmão, não era uma pessoa que eu costumava confiar muito, sabe? Uma pessoa que você não comemora se retornar.  E tem uma coisa que me frustra mais ainda. Quando eu era menor, tinha um grande sonho de ter uma banda musical. Fazer minhas próprias músicas junto à meus amigos e tudo mais. Mas ele não me apoiou, me disse que era perca de tempo investir nisso e que eu devia fazer uma faculdade ao invés de depositar esperanças em algo que com certeza não daria certo!


Ouvir aquelas palavras era como levar facadas no peito. imagine uma pequena criança sonhadora escutando essas merdas?

        — Entendo. — Fiz uma feição confusa ao lembrar de algo que Finn havia citado alguns dias atrás. — Mas, você não disse que aquele carro era de seu pai? E que ele achou melhor te colocar na mesma escola que eu sendo que as aulas acabaram à poucos dias?

Finn engoliu o seco e limpou a lágrima que escorria na sua bochecha rosada.

        — Allina, eu queria te pedir desculpas por mentir. Eu não queria que soubesse dessas coisas horríveis e pensasse que eu sou igual à ele.

        — Imagina finn, eu nunca faria isso. Não precisava mentir para mim. Nós somos amigos agora!

        — Me desculpe, eu não fiz por mal-

Festa dos sinais, Finn Wolfhard.Onde histórias criam vida. Descubra agora