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Allina

6:cereal bar

Senti meus olhos pesados se abrirem, por conta de algum barulho que no momento, eu não conseguia identificar de onde vinha. No mesmo instante, meus olhos hesitaram e se fecharam por causa do sol que batia no vidro do carro e refletia em meu rosto inteiro. Então, percebi que havia dormido no Banco do carro, e o dia já havia amanhecido.

O sol se escondia atrás de algumas nuvens no céu, o cheiro de terra molhada cercava todo o carro. E no chão, várias poças de lama recém-formadas.

Finn não estava ali no carro, e por um instante pensei em milhares de hipóteses macabras do que podia ter acontecido.
Mas me acalmei quando o vi do lado de fora, conversando com um homem aparentemente bem mais velho do que nós.

        — ...Demora quanto tempo mais ou menos?

Ele perguntou para o outro.

        — Ah, apenas o tempo de eu chegar na casa do meu irmão. Depois pego meu reboque e venho ajudar vocês.

        — Muito obrigado, meu caro. — Finn apertou sua mão. — Esperamos ansiosos!

O homem entrou em seu carro, dando partida e indo embora.

        — O que foi isso? — Perguntei ao sair do carro e ir ate onde ele estava.

        — Ah, bom dia Allina! — Ele disse. — Aquele cara vai trazer um guindaste para nós.

Ele disse simples, e voltou seu olhar para o caminhão que se distanciava de nós.

        — Sério? Tipo, vamos sair daqui?

        — Isso mesmo. Tudo graças á minha grande lábia.

        — Ótimo, ótimo mesmo! É perfeito na verdade! — Falei empolgada.

        — Olha, você deve estar com fome, então toma. — Ele estendeu sua mão, me entregando um pequeno pacote.

        — O que é isso?

        — Uma barrinha de cereais, nunca ando sem elas! — Finn mordeu um pedaço. — Não vai comer?

        — Acho que não. Não estou com fome.

       — Tem certeza? Nós não comemos nada desde ontem.

        — Eu estou bem, de verdade!

        — Então, se importa se eu...

        — Não não, fica a vontade! — O entreguei a barrinha de volta.

        — Você ficou muito bem nesse terno verde — Falei, tentando descontrair.

        — Ah, você também ficou legal neste vestido amarelo!

        — Bom, imagina quando Millie descobrir que eu manchei o vestido dela de lama! — Falei, olhando para a barra do vestido que estava suja de lama, provavelmente da chuva de ontem.

Festa dos sinais, Finn Wolfhard.Onde histórias criam vida. Descubra agora