Allina
16:thorns
Onde Millie estava com a cabeça quando decidiu fazer outra festa dos infernos?
Não preciso repetir que ela era louca.
Enquanto minha mente tinha esses pensamentos idiotas e desagradáveis, eu me irritava com o som da campainha que já havia tocados várias vezes, mas ninguém atendeu.
— Já estou indo! — Gritei das escadas, e assim a campainha parou de tocar.
Droga, onde está Louis?
Já devo imaginar...
— Ah, Oi Martin. — Falei sorrindo. — Qual é a boa de hoje?
Martin fazia um pouco de tudo; trabalhava no shopping, fazendo entregas, cortava grama e eu sou suspeita à dizer que ele também se envolve com algumas ervas...
— Me mandaram entregar essas rosas para você. — Ele estendeu sua mão.
— Para mim? Tem certeza? Você não se enganou?
— alguma vez eu já errei as entregas?
— Bom, teve aquela vez que você me trouxe um boleto de três mil reais, sendo que ele era da Sr.Parker ai do lado.
— Bom, essa foi a única vez! — Rimos. — Não estou errado, essas flores são suas sim!
— Está bem, então! — Dei de ombros. — Você sabe quem enviou?
— Não, mas tem um cartão aqui. Quem sabe seu admirador secreto não assinou, Heim? — Ele riu novamente.
— Muito engraçado, Martin! — Peguei as flores em minhas mãos, cuidadosamente. — ai!
Falei ao espetar meu dedo em um espinho.
— Ah, eu esqueci de avisar que essas rosas estão cheias de espinhos! Me dei mal antes de percebe-las.
— Sem problemas! — Sorri. — obrigado, Martin. Nos vemos na próxima entrega!
Me despedi dele e fui até a cozinha, com um palpite de quem podia ter me entregado aquelas flores.
— Finn é louco, porque me mandou rosas com tantos espinhos? — Falei para mim mesma enquanto abria o pequeno cartão que veio junto com as flores.
Qualquer um pode amar as rosas, mas só quem tem um bom coração é capaz de incluir seus espinhos
Wolfhard
— Nossa, ele se superou! — Olhei para as flores, que transmitia muitos sentimentos diferentes atravéz de suas lindas pétalas.
Fui até a sala e peguei meu celular, buscando o contato de Finn.
— Hey! — Falei quando ele atendeu o telefone. — Obrigado pelas flores!
— Ah, flores? Que flores?
— As que você me mandou, cabeça oca.
— Ah, claro. Essas flores! De nada, gostou do poema que escrevi?
— Que você escreveu? Deixe de mentiras! esse é um poema daquela mulher, a Clarice alguma coisa.
— Nossa, você sempre me pega no pulo! — Ele riu — É, uma frase da Clarice Lispector, que amo muito.
— legal, mas porque usou essa frase no cartão?
— Porque para mim você é uma rosa cheia de espinhos, ue. — Finn riu novamente. — Pense que os espinhos são seus defeitos, e, até seus defeitos são perfeitos!
—Nossa, você está muito inspirado hoje. Acho melhor você ir dormir, talvez isso seja sono.
— ah, talvez seja mesmo. — Soltei uma pequena risada sem graça. — Olha, infelizmente hoje eu não vou poder ir na sua casa.
— E quem disse que isso é ruim? — pude ver seu sorriso se fechar. — Estou brincando!
— Vou levar minha tia no aeroporto, e acho que vai demorar um pouco.
— Está bem então, eu só liguei para agradecer pelas flores.
— Imagina, isso é o mínimo que posso fazer. — Ele fez uma pausa. — preciso desligar, nos falamos depois.
— tchau, até mais!
E assim, desliguei o telefone.
Espinhos? Defeitos?
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Festa dos sinais, Finn Wolfhard.
AcakFestas não eram o Fort de Allina, mas Millie a implorou para comparecer a sua festa estúpida Finn+Allina