SETE

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DRACO POV
ESMERALDAS

Você já pensou em como uma pessoa descobriu algo?

Uma pessoa, que todos acharam louca em algum momento, descobriu que se você cavasse a terra, cortasse as rochas e procurasse em meio a escuridão, você acharia uma pedra brilhante iluminando uma pequena área com sua luz fraca, essa pedra logo viraria um objeto caríssimo e algo a ser apreciado. Essa pedra representaria o amor entre um homem e uma mulher, ela ficaria em um anel que os uniria em um único destino.

Eu achei uma dessas em um lugar inesperado. Não era escuro. Não precisei cavar ou procurar em uma caverna. Não precisei fazer nada. Apenas olhar para os olhos dele e ver que, aquela jóia, que era posta em um simples anel estava lá. Em outro cara. Nos olhos dele. Eu não precisei procurar. Eu apenas... achei.

Eu estava deitado na minha cama, depois de uma semana cansativa estudando o ar, era tarde da noite e eu estava encarando o teto e pensando.

Como dizer que eu estou apaixonada pelo meu inimigo?

Inimigo ao menos é a palavra adequada para a situação?

Será que se eu não o odiar deixamos de ser inimigos? Ou basta apenas que um de nós o faça? Inimigo é uma palavra tão forte, com tanto ódio, e eu definitivamente sinto outra coisa por ele.

No primeiro ano, quando ele decidiu que, apenas com um olhar, não seria meu amigo, ele me desestabilizou por completo. Eu estava acostumado a ter tudo o que eu queria. Então por que ele simplesmente não aceitou ser meu amigo?

Depois disso, só começamos a nos desentender ainda mais. Na primeira semana em Hogwarts eu já tinha um corte na boca, causado por ele, eu ainda tinha a cicatriz. Uma marca pequena no canto inferior direito do lábio. Eu chamei a amiga dele, Hermione, de sangue ruim e me arrependi no mesmo momento.

Depois, no segundo mês aqui, nós discutimos e acabamos ambos na enfermaria por causa de azarações mal feitas.

Certo dia, no terceiro ano, o vi sorrir de forma tão pura ao ver os pais em Hogsmeade, eu conseguia sentir sua felicidade a quilômetros de distância, todos que estavam em Hogsmeade conseguiam. E simplesmente o vi. E nunca mais parei de vê-lo. Percebi que todos os anos de implicâncias eram apenas a forma que eu encontrei para chamar sua atenção. Para que me olhasse. Se eu não tivesse feito nada do que fiz, teríamos nos tornado amigos em algum momento?

Chega. Não vou ficar me martirizando aqui.

Me levantei e com muito cuidado calcei os sapatos, abri a porta do quarto e saí. Passei pelo dormitório masculino, pelo feminino, e saí da comunal. A noite estava acontecendo lá fora e eu queria vê-la.

Comecei a andar. Em silêncio abri a porta da cozinha e me deparei com Dobby. Ele era meu elfo antes de Harry libertá-lo apenas para me irritar. Dobby agora estava trabalhando em Hogwarts.

— Senhor Malfoy!

— Oi, Dobby, só queria uma xícara de chá — pedi a ele. O elfo correu em direção ao fogo e colocou a água para esquentar.

— Aconteceu algo, senhor? — ele perguntou, ficando parado de frente para mim.

— Só estou sem sono — comentei pegando um bolinho de uma cesta. Me sentei em cima da mesa mais próxima e comecei a comer.

— Divagando novamente?

O olhei sem entender.

— Dobby vê o senhor andando por aí de noite, senhor.

So Close To Magic - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora