QUATORZE

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HARRY POV
HERÓIS

— Padrinho, eu tô falando sério! — resmunguei.

Eu estava na sala do meu padrinho, Remus, que estava substituindo nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas neste semestre.

— Harry, é impossível uma pessoa interferir no fogo de outra — ele disse.

— Era impossível Malfoy fazer fogo, porque não seria possível isso?

Remus abriu a palma da sua mão, uma chama clara apareceu, a minha geralmente era avermelhada, mas a dele não, tinha ganhado um tom amarelado por causa da licantropia.

Cada bruxo tem uma essência única, fazendo a magia de cada um ser única, como uma digital. E por isso cada pessoa poderia ter uma cor diferente, não era regra e muitos tinham cores iguais, tipo Rony e eu, mas a cor refletia nas suas emoções e na sua personalidade, então se eu estivesse muito irritado o meu fogo ficava de um tom intenso de roxo.

— Vamos, tente fazer algo — ele pediu, deixando sua chama mais forte.

Me sentei na frente dele, me concentrando em fazer alguma coisa, qualquer coisa que fosse uma característica minha. Pensei em uma cor. Azul. Tentei fazer com que o amarelo claro transitasse de uma cor para a outra. Nada. Não consegui nem diminuir a chama. Remus deu um sorriso simpático para mim. Respirei fundo, me apoiando na cadeira. Quando ele foi apagar a chama, sua mão cintilou em azul e me agitei. Ele olhou para a mão e depois para mim surpreso.

— Você viu isso, não viu? Ficou azul! Remus, você viu!

— Pode ter sido só reflexo — ponderou.

— Remus, não foi reflexo de nada, você sabe disso.

Ele suspirou e acendeu a chama de novo, tentei fazer o fogo subir pelo seu braço, torcendo para não queimá-lo. A chama amarelada dele subiu pelo seu pulso até o começo da manga de sua blusa, que estava erguida até a metade do antebraço.

Olhei para ele, o coração acelerado. Me sentindo um pouco cansado, o mesmo cansaço rotineiro de quando eu usava mais poder do que de costume.

— Pode ter sido eu — Remus falou.

— Ah, sim, você pensou em alimentar falsas esperanças em mim então fez o fogo subir pelo seu braço — ironizei.

— Pode ter sido involuntário, Harry. Tente de novo, com Rony ou Hermione, se funcionar, vamos ter que conversar com Dumbledore e Madame Pomfrey.

Suspirei, Remus me olhou pedinte. Assenti, me levantando e saindo da sua sala.

×××××


— Isso não deveria ser possível — Rony comentou, jogado na cama dele.

Hermione estava folheando freneticamente um livro, as pernas em cima das costas de Rony enquanto Gina e eu estávamos de cabeça para baixo na minha cama, o cabelo ruivo dela encostando no chão.

— Até alguns anos bruxos eram algo impossível para mim e olha só onde eu estou agora — Hermione murmurou. Ela ficou brava com o livro e o jogou longe. — Não tem nada ali. Talvez seja algo raro. Podíamos olhar na sessão restrita.

So Close To Magic - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora