Chuva de amor

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Tudo ocorreu muito bem com a doação, Ayla conseguiu se recuperar muito bem, até poder voltar pra casa. Mas agora Fatinha tinha outras coisas a pensar e fazer, ela sabia que Bruno ía vir falar querendo saber dos filhos e mesmo sabendo que ele tinha o direito, não queria apresentar os filhos ao verdadeiro pai agora, mas para sua sorte, Gabriel ía passar o final de semana na fazenda de seus primos e essa foi a deixa perfeita para manter as crianças longe de Bruno, ao menos por este final de semana.

- Ayla filha, você está bem mesmo para ir a fazenda? - Perguntava preocupada
- Estou sim mamãe! Um pouco dolorida na cabeça mas passa!
- Tudo bem, mas nada de estripulias viu?
- Mamãe, o que é estripulias? - Perguntou o curioso e inquieto Leví
- Nada de subir em cavalos, nem fazer nada que bote sua vida em risco.
- Ta certo mamãe!
- Já arrumaram as malas crianças? - Perguntou Gabriel animado na porta do quarto
- Já! - As duas crianças gritaram animadas
- Então vamos?
- Vamooooos! - Novamente as crianças animadas

Assim os quatro se encaminharam pra porta..

- Vamos nos despedir da mamãe!
- Xau mamãe! - Disse o mais velho, o pequeno Leví dando um beijo e um abraço na mãe
- Xau meu amor! Cuide da sua irmã!
- Xau mamãe! Prometo que não vou fazer estripulias! - Ayla veio em seguida
- Ta certo! Cuide de seu irmão! - Diz a mãe após um beijo e um abraço nos filhos
- Xau amor! Uma pena você não ir!
- É, mas você sabe que tenho uma reunião importante com o perucão amanhã!
- Verdade! Você devia ter tentado adiar!
- Você sabe que não posso!
- Tudo bem! - Disse com ar triste
- Se divirtam esse final de semana!
- Vamos sim, pode deixar! - Diz Gabriel dando um leve e apaixonado beijo nela e saindo pela porta

Pouco tempo depois de ter se despedido dos filhos e do namorado, seu celular tocou, ela olhou no visor, um número desconhecido, atendeu desconfiada.

- Alô!
- Oi, Fatinha!
- Bruno, oi
- Fatinha, podemos conversar?
- Podemos, onde?
- Diga você!
- Ta, que tal no café...

Assim os dois combinaram e foram ao encontro, ela ainda sentia borboletas no estômago só em pensar em vê-lo. Colocou uma roupa mais apertada para que mostrasse bem suas belas curvas, se perfumou e foi ao lugar marcado, pouco depois Bruno chegou, de bermuda, camisa e tênis como costumava usar.

- Oi!
- Oi! O que você quer? Porque me chamou aqui?
- Bom, quero ver meus filhos!
- Só eles?
- Fatinha, você mesma disse que os gêmeos são meus filhos, quero conhece-los e poder passar um tempo com eles!
- Eu preciso te pedir paciência nessa hora Bruno!
- Paciência porque?
- 5 anos não são como 5 dias, não só chegar, dizer "oi sou seu pai" e pronto! Você precisa ter paciência!
- Certo, você está certa, o que sugere?
- Vamos devagar, essa semana podemos nos encontrar em algum lugar e eu levo os gêmeos, ficamos os 4 juntos!
- Já sei onde e podemos passar o dia juntos!
- Fechou!

Eles foram combinando tudo de como seria o dia, e foi tão bom para ambos que passaram toda tarde ali sem perceberem. Apenas na hora de ir embora que notaram a noite fria, chuvosa e escura.

- Ih, anoiteceu e está chovendo!
- Verdade, a nossa conversa foi tão boa que não vimos o tempo passar!
- Pois é! - Ela deu uma risadinha de leve - Será que vai estiar em algum momento?
- Não está com muita cara não! Parece que vai chover a noite toda, pior que não vim de carro!
- Quer uma carona?
- Pode ser!

Os dois correram pra carro de Fatinha, se molharam um pouco, mas conseguiram chegar logo ao carro, ela deu partida e foram andando, como deixaria Bruno primeiro, foi seguindo pelo caminho que ele dizia, porém, ela também conhecia aquele caminho. Logo chegaram na porta do kitnet onde um dia moraram e foram felizes por um tempo.

- Bom, chegamos! - Dizia a moça sentido seu corpo lhe dizer para ficar e agarrar o rapaz ali mesmo, enquanto sua mente lhe dizia que não
- Valeu! Quer entrar? Ao menos pra esperar a chuva passar, tem muitos buracos e lama pelo caminho, pode ser perigoso!
- Tem razão! - Disse ela seguindo seu coração em vez da mente

Estacionou o carro, desceu e foi até o portão, mas toda a sua volta estava cheia de lama, tudo ía bem até que ela escorregou, o rapaz se desesperou e correu para lhe ajudar, mas em vez disso, acabou caindo por cima dela, seus olhares se encontraram, seus batimentos batiam com a mesma frequência e em suas mentes, parecia que um filme da sua história de amor se passava, por mais que suas mentes tentassem lutar, acabaram se entregando e logo estavam corpo e mente entregues um ao outro, num beijo avassalador, subiram para o apartamento num fogo que só sentiam um com o outro, arrancavam suas roupas com muito desejo e paixão, sem deixar de se tocar por um segundo, estavam amando e se amando novamente, e nenhum deles conseguia, nem ao menos queriam parar, gozavam juntos de muito prazer a chuva na janela era mais um alicerce para o momento. Seus corpos molhados deixavam tudo muito mais divertido e sexy. A noite toda foi assim, até que um alarme tocou e os fez acordar.

- Essa não, a reunião! - Disse Fatinha ao olhar em seu celular uma chamada perdida do perucão, levantou-se rapidamente
- Onde você vai? - Disse Bruno, ainda despertando
- Tenho uma reunião super importante, preciso ir! - Dizia ela pegando suas roupas já secas do chão e as vestido
- Sério? Depois da noite passada, você precisa mesmo ir?
- Sério, ou vou, ou perco meu emprego!
- Certo, mas me promete que volta! - Disse ele olhando em seus olhos
- Ta, eu volto! - Depois da última noite, era impossível resistir a ele
- Vou ficar te esperando!
- Pode esperar que depois da reunião eu volto! - Disse ela dando um último beijo nele e saindo pela porta

No caminho, dentro do carro, ela ía pensando em Bruno e na noite maravilhosa que haviam passado juntos, mas seus pensamentos foram interrompidos por lembranças de uma vida feliz com Gabriel, o que a obrigou a parar o carro por um momento enquanto lágrimas escorriam incessantemente por seu rosto. Afinal, o que fazer agora? Se ela amava Bruno e Gabriel e não queria magoar nenhum dos dois.

Brutinha: Depois do casamento Onde histórias criam vida. Descubra agora