Ironic

175 9 2
                                    


As duas vão e ao abrir a porta Fatinha vê uma silhueta feminina um tanto quanto desconhecida para ela.

- Quem é você? – Pergunta já com certo ciúmes ao notar a mulher segurando a mão de Bruno – Se afasta do meu marido agora!

- E que você pensa que é pra me dizer o que fazer?

- Não ouviu o que eu disse? Ele é meu marido, é um moreno lindo porém casado, então pode ir se afastando porque esse já tem dona – Disse começando a se alterar

- Fatinha, calma, não se irrite isso pode afetar o Bruno, ele está em coma mas escuta tudo! – Disse a Rita pegando em seu braço

- Tudo bem, desculpa Ritinha, mas tira essa mulher daqui, por favor!

- Ih, não precisa me tirar não, eu saio sozinha querida! – Disse a moça se encaminhando para fora

Após a saída da moça, Rita fechou a porta deixando Fatinha sozinha com Bruno. Ela se aproximou dele, pegou em sua mão e começou a falar:

- Oi moreno, fica bem logo, estou com saudades de você – Disse aproximando a mão dele se seu rosto e acariciar suas bochechas – será mesmo que você pode me ouvir? Se sim me da um sinal – ela espera que ele lhe algum sinal, mas nada acontece e ele nem se mexe o que deixa a moça mais triste, ela começa a cantar a música dos dois pois a doutora havia lhe dito que música é um bom jeito de fazer pacientes como ele melhorarem -Hey, I, I/ Yeah, ah, ah/ Yeah, I/ An old man turned ninety-eight/ He won the lottery and died the next day/ It's a black fly in your Chardonnay/ It's a death row pardon two minutes too late/ And isn't it ironic, don't you think? – Até que de repente ela sente que ele aperta sua mão – Moreno? Você... você apertou minha mão – Ela se emociona – Ritaaa – Ela grita e Rita entra correndo

- O que foi Fatinha?

- Ele apertou minha mão, olha, olha aqui!

- Seja o que você for que você tenha feito, deu certo Fatinha ele está voltando

- Sério? – Ela chora de emoção – Vou agora mesmo contar para sogrinha e sogrinho

Enquanto isso ao lado de fora dona Marta reconhecia tal moça de pele clara que se encaminhava para a saída.

- Rebeca é você?

- Oi dona Marta – Disse Rebeca se virando – Quanto tempo?

- Oi, que bom te ver querida! – Marta se aproximou e cumprimentou a moça

- Digo o mesmo e a senhora está ótima, o tempo não passou pra você!

- Que isso, você quem está ainda mais linda que na época do colégio

- Obrigada!

- Então, eu pensava que você estaria em Milão em algum desfile

- Eu me aposentei, quero algo diferente sabe?

- Sei, você viu o Bruno, ele está internado aqui, infelizmente

- Eu vi na televisão quando cheguei e vim aqui para vê-lo, mas chegou uma moça meio doida me expulsando de lá do quarto

- Ah, essa é a Fatinha a esposa do Bruno

- Ah, entendi

- Olha, até hoje não entendo o que ele viu naquela garota, ela não faz o tipo dele

- De jeito nenhum, ela não combina com ele, o Bruno merece mais

- Concordo com você, só falta o Bruno concordar hahaha – as duas riram um pouco

- Ela é uma tosca o Bruno merece mais – Disse Rebeca bem na hora que Fatinha se aproximava

- O que você disse? – Chegou Fatinha gritando de raiva com a moça

- O que, eu não disse nada

- Repete na minha cara se você for mulher de verdade – Gritou e a moça se calou – Anda, repete, repete na minha cara o que você disse sua sonsa

- Chega Fatinha! – Pediu dona Marta – Isso aqui é um hospital não um ring de luta!

- Ela quem começou – Falou alto Fatinha

- Não interessa Fatinha, pare de gritar ou vou te proibir de entrar neste hospital para ver meu filho Bruno

- Você não faria isso?

- Faria e vou fazer! Chega de você, Fatinha você só faz mal ao meu filho, ele se acidentou por sua causa, porque foi te comprar presentes e o estado dele piorou por sua causa também, por isso ele teve as convulsões

Fatinha ouve tudo aquilo e sai em desespero com lágrimas molhando toda sua face....

Brutinha: Depois do casamento Onde histórias criam vida. Descubra agora