A Carta

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Ao chegar em casa exausta, Fatinha deitou-se na cama relaxando o corpo, antes que pudesse cair no sono, lembrou-se da caixa de bombons e da carta, então pegou os dois, abriu a caixa para pegar um chocolate, em seguida abriu a carta e foi lê-la.

"Fatinha, minha esposa mais linda, caso eu tenha conseguido fazer parecer de manhã que esqueci que dia é hoje, saiba que jamais esquecerei do dia mais importante da minha vida, o dia em que nos tornamos um só para sempre, te amo e amarei enquanto eu viver, quero poder realizar todos os seus sonhos, ter um Brutinho e uma Brutinha contigo, feliz aniversário de casamento minha lôra. Do seu moreno, Bruno."

A cada palavra lida na carta uma lagrima escorria, após terminar de ler ela abraçou a carta com toda sua força enquanto chorava e comia um dos bombons até o sono lhe tomar o corpo por inteiro. Mas infelizmente seu sono não durou muito pois logo o alarme tocou e a moça teve que despertar, tinha que trabalhar e não foi nada fácil despertar quando só havia dormido duas horas após uma noite inteira bastante conturbada.

Ao abrir os olhos, percebeu que havia adormecido com os bombons e a carta, levantou-se, guardou os bombons que sobraram na geladeira e a carta na bolsa, em seguida tomou banho, comeu quase nada do seu café da manhã e saiu para o trabalho.

Já ao final de seu dia de trabalho, antes que pudesse sair seu chefe, o Gabriel, lhe chamou para uma pequena reunião de emergência.

- Fatinha, podemos conversar?

- O que foi Gabriel? Algum problema? – Perguntou com a expressão fechada além do sono, os quais passou durante todo o trabalho

- Fatinha, eu soube do que aconteceu – Diz ele preocupado

- Soube? Como?

- Estão falando disso nos jornais direto

- É? Não sabia

- Eu sinto muito por você saiba que vou orar para que ele saia dessa viu?

- Obrigada Gabriel

- Vou te dar uns dias de folga está bem?

- Obrigada – Ela não tinha ânimo algum para nada, era como se as cores estivessem desbotando e tudo ficando cinza, mesmo ainda havendo esperanças

- Por nada, fica bem ta? – Gabriel sem importava muito com Fatinha, para ele, ela não era apenas uma funcionária era quase como sua irmã

Os dois se abraçaram e Fatinha soltou algumas lágrimas de desabafo antes de sair de lá e ir direto ao hospital. Também iria aproveitar a folga para ficar por lá, perto do amado. Ao chegar encontra sua amiga Ritinha.

- Ritinha! – Ela chama

- Oi Fatinha, que bom que você chegou, estava agora mesmo saindo da UTI, estava acompanhando um outro paciente.

- E aí? Como ele está?

- Continua estável, porém, não tem respondido bem ao tratamento, porém nós aumentamos as dosagens e esperamos que faça efeito.

- Moreno – Sussurrou ela

- O que disse?

- Não, nada, eu posso vê-lo?

- Deve, muitos pacientes como ele conseguem melhorar apenas ouvindo as vozes de seus parceiros ou pessoas amadas por eles

- Que ótimo então

- Mas, por ser uma UTI não posso te deixar ficar lá por muito tempo

- Tudo bem, eu só quero vê-lo, nem por apenas 5 minutos

- Ótimo, venha comigo!

As duas vão e ao abrir a porta Fatinha vê uma silhueta feminina um tanto quanto desconhecida para ela.

- Quem é você? – Pergunta já com certo ciúmes ao notar a mulher segurando a mão de Bruno 

Brutinha: Depois do casamento Onde histórias criam vida. Descubra agora