"Rebeca chegou ao apartamento de Fatinha e parecia possuída e com o facão de sempre.
- Cadê você sua songa monga? Apareça! - Gritava com ódio, até que encontrou Fatinha no banheiro após um banho, ainda com os cabelos molhados e a pegou pelos cabelos
- Ai, me solta sua louca! - Dizia Fatinha de toalha tentando se debater
- Eu já sei que você passou a noite com Bruno, na creche da Balaiada!
- Como você soube?
- Segui vocês, vi tudo, o primeiro beijo lá no orfanato onde seus filhos estão, e depois tudo o que rolou entre os dois lá na creche!
- Você não tem o direito de fazer isso!
- Não, mas você descumpriu nosso combinado, afinal, deveria era ter se afastado dele lembra?
- Eu tentei, mas não sei se foram aqueles olhos, aqueles braços, não consegui resistir!
- Assim como eu não vou resistir hoje quando for arrancar esse filho da sua barriga!
- Você não vai fazer isso!
- Claro que vou , e sabe do que mais? O Bruno não vai nem ligar, ele sempre te usou, você sempre foi a bonequinha lôra que ele podia usar e abusar!
- Ele me amava, a gente até se casou, tivemos filhos!
- Ah, mas isso por vocês serem muito férteis, não por amor verdadeiro!
- Você é ridícula, me dá até uma peninha! - Nesse momento, Fatinha se aproximou rapidamente e tentou tirar a faca da mão dela, as duas lutam corporalmente, até a moça ser jogada e bater a barriga na madeira da cama
- Ai! - Ela grita de dor - Rebeca me ajuda por favor! - A mesma apenas ri - Me ajuda, se não vou perder esse bebê!
- Desculpa, eu não vi nada! - Ela tenta se levantar, porém Rebeca a chuta no peito e consegue amarra-la enquanto a moça está inconsciente - Agora sim! Quietinha!
- Ei, o que? O que você fez garota?
- Te amarrei! Agora é hora do seu parto!
- Não, me deixe em paz, me deixe em paz, me deixe em paz!"- Me deixe em paz! - Fatinha enfim abre os olhos, percebe que está na creche da balaiada e percebe que está chorando
- Fatinha? Você está bem? O que houve? Porque está chorando? - Ele tenta abraça-la, mas ela esquiva
- Melhor a gente ir! - Diz a moça se levantando e vestindo as roupas
- Espera, primeiro me diz o que está acontecendo? Porque você acordou assim?
- Assim como? Estou normal! - Ela parecia ainda muito assustada
- Não Fatinha, por favor, me diz o que você tem! - Ele se levantou nú, com um lençol amarrado na cintura e se aproximou dela tocando seu rosto
- Não tenho nada, só... - Ela o olhava nos olhos e esqueceu o que ía falar, o rapaz a beijou, mas rapidamente a moça o empurrou se afastando e fazendo o lençol cair
- Qual seu problema hoje? Ontem você estava bem - Dizia ele triste enquanto a moça apenas o olhava dos pés a cabeça, sem conseguir falar nada - Fatinha, eu te amo, quero ficar com você, será que é muito difícil isso?! - Ela tentava resistir vendo-o assim, totalmente vulnerável e apaixonado - Ei - Ele se ajoelhou - Fica comigo, por favor?
- Eu... - Ela fechou os olhos - Se veste Bruno, por favor!
- Tá! - Ele rapidamente se vestiu - Pronto, estou vestido agora, fica comigo, por favor!
- Não posso, eu... - Ela olhou em seus olhos e aquilo pareceu muito mais difícil de ser feito, porém, agora que ele estava vestido, já conseguia falar sem babar
- Porque não?
- Desculpa, é só que... - Lágrimas insistiram cair sobre seus olhosFatinha saiu tentando disfarçar as lágrimas, mas Bruno foi atrás, ambos desceram o morro, a moça passou direto do carro e foi até a parada, enquanto que o rapaz pegou o carro e foi atrás dela.
- Fatinha, entra no carro por favor!
- Não, sério, não precisa!
- Por favor, prometo que te levo pra casa!
- Ta certo! - Ela entrou
- Me responde uma coisa
- O que?
- Eu fiz algo errado ontem? Algo que você não gostou?
- Não, você foi perfeito ontem o dia inteiro! - Disse baixando um pouco a cabeça
- Então porque você está agindo assim comigo agora? - Disse olhando em seus olhos quando parou num sinal
- Eu sou só um brinquedo pra você!
- Pensei que já tinha provado isso pra você a muito tempo! Eu te amo, Maria De Fátima, você é a mulher da minha vida, quero cuidar de você e te amar até eu ficar velhinho e não tiver mais condições de cuidar nem de mim! - Ela virou o rosto para a janela enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele notou, mas não quis falar nada, apenas foi dirigindo e tentando prestar atenção apenas no caminho.- Quer comer alguma coisa?
- Tô sem fome! - Falou de forma fria e deixando o rapaz confuso, pois na noite anterior ela parecia até mesmo outra pessoaLogo eles chegaram em casa, Fatinha subiu sem se despedir e Bruno ficou ali por baixo tentando entende-la. Ao chegar, notou a porta do apartamento aberta, olhou por dentro, mas não pareciam ter roubado nada, observou um bilhete em cima da cama, se aproximou, pegou e fui ler.
"Eu sei que você esteve com Bruno. Mas não se preocupe, na hora certa, você vai me pagar!"
Assustada, a moça olhou pela janela para ver se a via, mas não viu nada a não ser o carro de Bruno, que ainda estava por ali.
Bruno vê uma pessoa saindo do prédio de forma estranha, de moletom, chapéu e capuz num calor de 30°, fica observando e resolve descer do carro para seguir aquele ser estranho.
A pessoa vai andando devagar, parecia estar se escondendo, até que olha para trás como se soubesse que está sendo seguido, mas Bruno é ágil e esperto e consegue se esconder numa parte mais funda da parede e a pessoa continua seu percurso, até que entra em um carro vinho, que Bruno vê e reconhece aquele carro.
Bruno corre até seu carro e segue o vinho até o fim do percurso, que é um prédio luxuoso, onde o rapaz já esteve antes.
Enquanto isso, Gabriel chega em casa e vê Fatinha assustada, ela lhe mostra o bilhete e ele lê ficando surpreso e assustado.
- Ei, fica tranquila ta? Eu vou cuidar de você, prometo! Eu e o Bruno!
- Me abraça Gabriel, eu tô com medo! - Ele a abraça com certa firmeza, para deixa-la tranquila
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Brutinha: Depois do casamento
Fiksi PenggemarUma história de perdas, ganhos, frutos, união e principalmente muito amor