Alguns dias se passaram, tanto Fatinha quanto Bruno, estavam estranhos e seus cônjuges Gabriel e Rebeca perceberam.
- Fatinha, meu amor, aconteceu alguma coisa que eu não saiba??
- Não, porque?? - Ela tenta disfarçar
- Fatinha, tema algo de errado, você esta agindo estranha
- Estranha como?
- Você sabe, anda distante, não fica mais comigo a noite, não tem me beijado, abraçado. - Olha bem em seus olhos - Por favor, seja sincera comigo, somos um casal, eu te amo. Esse seu comportamento tem haver com o Bruno??
- Hã? O que? Não, claro que não! - Ela nega, mas no fundo sabe que tem
- Você foi até a casa dele não foi? - Gabriel tenta permanecer calmo
- Eu não fui na casa dele - Lágrimas teimosas tentando escorrer para fora dos olhos
- Então onde foi? Se encontraram naquele antigo kitnet que você moravam??
- Também não!
- Fala logo, onde e como foi? Mas me conta tudo
- Tá, eu entrei num salão com a Ayla, o Leví viu um brinquedo ou um eletrônico em outra loja e saiu sem que eu o visse e...
- E?
- Eu me desesperei, me desesperei, até que ele apareceu... E trouxe o Leví com ele!
- Foi só isso?
- Eu o vi e por um momento parecia que ele se lembrava de mim, eu senti, mas logo depois ele caio e desmaiou, eu levei ele pra enfermaria e depois fui embora!
- Isso mexeu com você não foi?
- Mexeu, eu senti de novo tudo aquilo, que ele já me fez senti, as coisas boas e ruins! - Ela começa a chora, perde o equilíbrio e Gabriel a segura, antes que caia no chão e a coloca sentada no sofá - Desculpa Gabriel, desculpa mesmo - Ela o abraça ainda em lágrimas
- Está tudo bem meu amor, você não tem culpa de nada! - Diz ele tentando esconder sua decepçãoEnquanto isso, na casa de Bruno, ele cochilava no sofá enquanto esperava Rebeca chegar, até que começou a sonhar com a bela moça do shopping, pareciam lembranças de momentos felizes que os dois passaram juntos. Desde quando se conheceram até se casarem e irem morar juntos num kitnet, havia um número na porta, pena que quando ele foi ver o número despertou com um grito de Receba.
E ela parecia estar muito irritada.- Oi meu amor! - Bruno levantou rapidamente e foi beijar Rebeca tentando apaziguar seu ânimo
- Bruno, você estava dormindo de novo?
- Qual é o problema? Estou no meu descanso de final de semana!
- Cadê o menino Bruno?
- Ta no quarto, brincando, se acalma!
- Mamãe, mamãe, olha os chicletes que o papai me deu! - Chegou correndo o pequeno Nicolas com uma pequena sacola de bombons, mostrando alegremente a mãe
- Me dá isso aqui! Já chega de doce por hoje, você já comeu demais! - Dizia com ar ríspido enquanto tomava a sacola do menino
- Mas é meu, o papai me deu!
- Chega garoto, não vai comer mais, isso faz mal pros dentes! - O menino baixou a cabeça querendo chorar
- Menos Receba, ele é só uma criança, não tem problema algum comer um docinho vez ou outra - Bruno defendendo o filho - Calma garotão, o papai te consegue mais doces amanhã ta?
- Ta! - Respondeu Nick já voltando a sorrir
- Agora vá escovar os dentes e me espere na cama que eu já vou ta?
- Tá! Disse o garoto correndo para o banheiro
- Você estraga esse menino! Ta sempre dando presentes, brinquedos e agora doces também??
- Nada demais Rebeca, que birra essa sua com ele, é apenas uma criança, tem mais que brincar mesmo! Parece até que você não ama seu filho!
- O que? Claro que amo! É meu filho, eu cuido dele, diferente de você que só estraga ele com esses mimos idiotas
- Você trata ele como se fosse um prisioneiro Rebeca, ele não pode comer doces, não pode descer para brincar no parquinho com as outras crianças do prédio, não pode ser criança!
- Claro que não deixo, não quero meu filho limpinho brincando com essas crianças remelentas e cheias de bactéria aqui do prédio!
- Não pode ser assim Rebeca, ele é meu filho também, tenho tanto direito quanto você de decidir sobre a vida do nosso filho!
- Ele é meu filho e eu faço o que eu quiser com ele!
- Quer saber de uma coisa - Bruno vai até o quarto, pega uma mala e começa a por suas roupas dentro - Eu vou embora, pra mim já chega! Não aguento mais isso!
- Papai! - Gritava Nicolas chorando e correndo tentando abraçar o pai - Papai, não vai embora, por favor! Não deixa eu não!
- Bruno, você não vai sair daqui!
- Vou sim e você não vai me impedir!
- Papai! - Gritava Nicolas chorando
- Campeão, se acalma, amanhã o papai vai te buscar na escola e vamos pra casa da vovó e do vovô, pode ser??
- T-t-t-ta! - O menino soluçava de chorar
- Se acalma campeão, amanhã eu te pego na saída da escola sem falta ta? Prometo! - Dizia Bruno abraçado ao filho
- Deixa eu ir com você papai? - Dizia ele entre soluços - Deixa, eu me comporto, fico bem quetinho, prometo!
- Agora não posso te levar filho, não agora! - Ele se levantou e se encaminhou para a sala e viu a esposa chorando
- Bruno, por favor não vai! - Ela implorava
- Rebeca, precisamos de um tempo, nosso relacionamento não vai bem! Melhor eu ir!Ele se aproximou da porta, viu seu filho e sua noiva lá chorando, respirou fundo fechou a porta e foi para a casa dos seus pais, ás dez da noite ele chegava na casa de seus pais.
- Bruno? Filho? O que faz aqui?? - Perguntava a mãe de Bruno
- Eu e a Rebeca brigamos, e eu vim passar a noite aqui? Posso?
- Você quer alguma coisa?
- Não mãe, pode deixar, estou bem, só preciso descansar!
- Certo! Vou pro quarto, mas qualquer coisa é só me chamar ta?
- Ta certo!Já lá na casa de Rebeca...
- Mamãe, tô com medo! Fica comigo!
- Vai pro quarto agora garoto! Sai daqui que eu não quero mais olhar pra sua cara por hoje!
- Mas...
- Anda logo seu mimado! Ah, se não fosse por você, o tempo todo pedindo e pedindo coisas eu e ele não teríamos brigado e ele não teria ido embora! - O menino chorava mais e mais, ela o pegou, colocou ele na cama, apagou a luz e fechou a porta, em seguida foi pro quarto dormir.Nicolas ainda chorou um pouco, mas dormiu logo depois.
Enquanto isso, Bruno sonhava novamente com a moça do shopping, a qual sequer sabia o nome, tudo o que antes sonhara passava novamente, inclusive sonhou com o apartamento, mas novamente, antes que pudesse ver o número despertou e não conseguiu mais voltar a dormir. Resolveu ligar a tv quando, esbarrou numa caixa escura, que caiu se abrindo e espalhando algumas cartas endereçadas a ele.
- Mas, o que.... Que cartas são essas?
Ele as pegou, resolveu abrir a primeira e ler o conteúdo
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Brutinha: Depois do casamento
FanfictionUma história de perdas, ganhos, frutos, união e principalmente muito amor