Sarah, Juliette e Pocah vivem um triângulo amoroso. No final só um casal vive o amor real. É meio confuso ver Sarah com Pocah , mas no fim da certo .
Uma adaptação não autorizada do triângulo de sara lecter. Se a autora aparecer e pedir pra tirar f...
Silvia abriu a porta do apartamento de Pocah sentindo duas coisas: primeiro, alívio pela companhia, já que ela detestava quando Juliette e Pocah estavam juntas. Segundo, curiosidade, porque Gil e Arthur subiam as escadas aparentemente discutindo.
– Oi Sil – Arthur lhe deu um beijo no rosto e foi entrando.
– Oi Silvia – Gilberto fez a mesma coisa.
– Papais! – Juliette pulou do sofá para cumprimentar os dois, com um sorriso enorme.
– "Papais"? Que história é essa? – inquiriu Pocah .
– Oi Migles – disse Gil , rindo.
– Oi migles – cumprimentou Arthur .
– Cadê o meu abraço? – cobrou Juliette .
Os três se abraçaram calorosamente. Silvia, ainda fechando a porta, não pôde deixar de sentir um pouco de ciúmes daquilo. Antes de Juliette aparecer, Gil e Arthur não eram tão secos com ela.
Na verdade, todos pareciam se derreter para a morena , e Silvia não conseguia ver um motivo. Achava Juliette completamente sem graça, além de muito tonta. Curiosa, inconveniente, sempre dava um jeito de aparecer e cortar o clima entre Silvia e a namorada.
Porque ela não era boba, e já tinha percebido que Pocah mudava na presença de Juliette . Parecia se conter nos carinhos e palavras de afeto com a namorada. Como se fosse culpada por alguma coisa...
– Vamos adotar essa pequena! – sorriu Arthur . – Sempre quis uma filha.
– Nhá... – Juliette ruborizou, embora seu sorriso fosse orgulhoso.
– Apesar de você ser meio grandinha pra precisar de adoção, não é? – comentou Gil , afagando o topo da cabeça dela.
– Mas vão me adotar do mesmo jeito. Depois que vocês dois casarem, claro.
Gil sentiu seu rosto pegar fogo.
– Não vou me casar com um mané – afirmou Arthur .
A sala ficou em suspense.
– Mané? – perguntou Pocah .
– Isso mesmo. E não faz essa cara – ralhou com Gil . – Você deveria se envergonhar de enganar aquela pobre coitada.
– Perdemos alguma coisa? – quis saber Silvia.
– O Arthur foi sabatinado pela Aninha, hoje – o próprio Gil explicou.
– Nossa, como ela está? – perguntou Pocah .
– Mal, né? – disse o estudante. – Anos se perguntando o que ela fez de errado pra ele terminar o namoro.
– Mas ela não fez nada de errado! – disse Gil .
– Explica isso pra ela, então.
– Eu já expliquei. Ela quer um motivo.
– Olha, Gil , eu acho muita imaturidade sua esconder uma coisa dessas dela. E você envolve outras pessoas na história, sabe? Detesto mentir, ainda mais para uma garota que nunca me fez nada de mal.
– Eu sei, mas... Não sei o que fazer.
– O Arthur ta certo, amigo – disse Pocah . – A Aninha é muito gente boa, e deve sofrer achando que é culpada.
– Vocês acham que ela vai gostar de saber que eu sou gay? Ela vai pirar!
– Ela já está pirada, pelo menos vai ser por causa da verdade, dessa vez – disse Arthur .
– Ah, saco.
– Eu, hein. Nunca imaginei que você tivesse uma ex-namorada – disse Juliette , voltando a se sentar ao lado de Pocah .
– Pra você ver... – comentou ele, rindo.
– Nunca fiquei com um garoto. Será que é legal?
– Se você gosta de meninas, não deve ser – respondeu Arthur.
– Você já beijou uma mulher?
– Nunca! Eca , que nojo!
Explodiram numa gargalhada e seguiram a conversa animadamente. Juliette , apesar de parecer muito a vontade, estava pisando em ovos. Depois de ter desaparecido da Empire, logo após dizer "eu amo você" para Pocah , nunca mais tocou no assunto.
As duas se encontraram na escada na semana seguinte, mas a mais nova deu uma rápida desculpa e sumiu de novo. Naquele dia, ela tinha se atrasado de propósito para chegar apenas depois que Gil e Arthur já estivessem lá, mas eles tinham se atrasado ainda mais que ela.
A sorte foi que Silvia, para variar, já estava com a namorada, e logicamente Pocah não tocaria naquele assunto na frente dela.
Pediram duas pizzas gigantes, comeram, riram mais, ficaram atualizando uns aos outros sobre as novidades. E a certa altura da noite, o toque do celular de Gilberto foi ouvido.
– Número estranho... – disse ele, afastando-se alguns passos.
Ao notar o seu semblante preocupado, Pocah perguntou:
– Quem é, Gil ?
Ele cobriu o aparelho com a mão e alternou o olhar entre todos que o encaravam.
– E' do seguro da Sarah . Eu sou o contato deles, caso...
Não completou a frase. Ficou ouvindo o que era dito do outro lado da linha, com o rosto cada vez mais transtornado. A ligação foi interrompida rapidamente.
– Gil, você ta branco! – disse Arthur , se aproximando, preocupado.
– Que aconteceu? – Juliette perguntou.
Depois de tomar fôlego, como se buscasse coragem, ele disse:
– O carro da Sarah foi metralhado.
– AHN? – Juliette se lembrou imediatamente do dia em que Sarah lhe dissera que havia dois homens lhe seguindo.
Pocah sentiu o corpo ceder, as pernas amoleceram e por sorte havia um sofá, atrás de si, sobre o qual caiu, em choque.
– Como assim? – balbuciou.
Gilberto cobriu o rosto com as mãos, em alguns segundos de silêncio completo e absoluto na sala. Depois, mexeu-se, nervoso.
– Preciso ir pra lá!
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Aviso vou terminar essa 1 temporada ainda hoje ...
