T2- Capítulo 10 - A Mudança de Juliette

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Pocah levantou devagar, procurando não se mexer muito sobre o colchão. Notou que o sono de Juliette ainda era pesado e apanhou seu robe, arrastando-se até o banheiro. Apesar da cara de sono, tinha um sorriso maravilhoso no rosto. Escovou os dentes sem fazer barulho, deixou o quarto e começou a preparar uma bandeja. Quinze minutos depois, munida da mesma, acordou a namorada com um beijo na testa.

-- Hmm... -- Juliette apenas mudou de posição e seguiu de olhos fechados.

-- Meu bem...?

-- Só mais um minutinho, Pocah ... -- murmurou ela.

-- Tudo bem -- Pocah sorriu, beijando o pescoço e os ombros de Juliette . -- Eu vou tomar café da manhã sozinha, hein?

-- Você disse café da manhã?

Pela primeira vez a mais nova prestou atenção no aroma que inundava o quarto. Abriu os olhos, sorriu de maneira meio torta, mas ainda assim encantadora, e depois encarou a bandeja.

-- Vamos tentar de novo -- sorriu Pocah . -- Bom dia!

-- Bom dia, linda! -- Juliette abraçou-a com força e começou a se acomodar na cama.

-- Dormiu bem?

A resposta foi um risinho sacana que Pocah compreendeu imediatamente. Juliette adormecera de exaustão na noite anterior, e Pocah era a principal culpada por aquilo. Orgulhosamente ela sabia.

-- E você?

-- Como um anjinho.

-- Mas você é um anjinho. Um anjo na minha vida!

Beijaram-se longamente e terminaram o café comentando amenidades.

-- Pode deixar que eu cuido da louça -- ofereceu-se Juliette .

-- Damos um jeito nisso depois. Vista uma roupa, meu bem, eu quero te mostrar uma coisa -- disse Pocah .

-- O que é?

-- Surpresa.

-- Ah, Viviane, você sabe que eu sou curiosa!

-- Sim. E isso só te torna ainda mais encantadora, jujuba .

Ganharam as ruas. Juliette nem precisou usar seus dons de dedução -- cada vez mais aguçados -- pois as duas logo foram parar em uma imobiliária e Pocah apanhou uma chave que deixara reservada. Quando chegaram ao destino, a quatro quarteirões de onde estavam morando, Pocah abriu um portão.

-- É aqui? -- quis saber a mais nova, roendo-se de curiosidade.

-- Quero que seja muito sincera, ouviu bem? Se não gostar, continuamos procurando.

-- Mas... Era eu quem deveria ter feito isso.

-- Você tem a sua faculdade e o estágio, Ju . Não me custou nada. E não quero que você pense que fiz isso porque não quero mais você lá em casa. Vai ser tudo como antes, lembra? Cada uma com o seu canto, mas juntas sempre que pudermos.

-- Pode deixar! -- Juliette a abraçou com força.

A estudante gostou do apartamento. Era parecido com aquele no qual já tinha morado -- e com o de Pocah . Pequeno, funcional, mas agradável. O melhor de tudo era que as despesas caberiam no seu bolso e ela poderia continuar a faculdade e o estágio na Martelli sem apertar demais suas contas.

-- Eu acho que vou gostar de vir aqui, lhe visitar de vez em quando -- comentou Pocah , olhando pela janela do que seria o quarto.

-- De vez em quando, é?

-- Bem, talvez eu venha bastante. Vai depender da dona da casa, se ela me quiser aqui.

-- Não seja boba, Pocah , essa vai ser a sua segunda casa!

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