Com o fim doloroso de seu noivado, Cris mergulha em noites regadas a bebidas e homens, mas quando seu ex-noivo se muda de frente para seu apartamento, arrependido e querendo outra chance, o que Cris fará?
Lucas inventou a pior mentira para terminar...
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O filme que escolhemos é antigo e a última vez que o vimos foi quando ainda estávamos juntos. Matrix era e ainda é nosso filme preferido. A diferença é que agora não assistíamos agarradinhos.
Cris aperta o play e se senta bem do meu lado no sofá, com apenas alguns centímetros de distância. Só o que nos separa é a caixa de pizza. Pego um pedaço dentro dela e como, tentando prestar atenção no filme.
É um filme de ação, no entanto está difícil me concentrar e entender o que passa em tela, apesar de eu já tê-lo visto milhares de vezes. É difícil não pensar no corpinho nu dela sabendo que estamos só nós dois neste apartamento e agora tão próximos um do outro.
Quero cumprir a promessa de não beijá-la e assim provocar seus desejos por mim. Acontece que eu mesmo não estou me aguentando.
E vê-la com esse pijama de alcinha só piora as coisas. Ela não usa sutiã e os bicos são bem evidentes. Na parte de baixo, o short curto demais me dá um vislumbre excepcional de suas pernas. Quero arrancar tudo e lamber seu corpo que nem sorvete. Aposto que deve estar muito mais gostoso que essa pizza.
— Dá pra ser mais discreto, por favor? — Ela me repreende ao me pegar olhando.
— Foi mal — volto a olhar para a tela e termino de comer meu pedaço de pizza. Consigo me controlar um pouco enquanto ainda tem pizza na caixa, mas quando acaba, todo o fogo vem à tona novamente e ainda mais intenso. Começo a sentir um calor acima do normal. Não tem jeito, vou ter que tirar a camiseta.
Retiro, e, quando faço isso, ela vira a cabeça. Os olhos dela demoram-se um pouco no meu físico para depois voltar a olhar para a tela.
— Não fique pensando que tirei a camiseta para te provocar. Só tirei porque está muito quente.
— Sei... Mas tem razão. Realmente está quente.
— Por que não tira a sua blusa também? — Falo malicioso.
Ela abre um sorriso leve de lado.
— Bela tentativa.
Voltamos a ficar no silêncio. Ela se remexe no sofá, está inquieta. Posso não saber o que ela está pensando agora, mas seu corpo emana tanto ou mais fogo que o meu. Quase podemos pegar a tensão sexual com a mão. Não tem nem uma semana que estamos morando juntos e fico imaginando o que irá acontecer nos próximos dias, até quando vamos aguentar essa situação. Até quando eu vou aguentar essa situação.
Consigo me segurar só até uns trinta minutos de filme, que é quando me aproximo dela vagarosamente vencendo o espaço entre nós e passo o nariz em seu cangote, fazendo ela se contorcer.
— Lucas, para, por favor — sua voz não é muito firme e por isso continuo.
