Capítulo 31

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Meus olhos se abrem e se deparam com um escuro parcial. Pela pouca claridade que vem através das frestas das cortinas nas janelas dá pra saber que já amanheceu. Minha cabeça dói pra cacete e quando ergo meu corpo do colchão sinto uma fincada forte. Olho para o cômodo ao meu redor, me perguntando onde estou e como vim parar aqui, já que esse definitivamente não é o meu quarto.

Acho estranho demais e tento me lembrar da noite anterior. Lembro de sair com Binho. Eu só pretendia sair com ele como amigo, não pretendia ir pra cama com ele. Aliás, com homem nenhum. Eu só queria beber um pouco e só, nem pretendia me embebedar tanto.

Mas, ao que parece, eu não bebi só um pouco, pois estou com uma ressaca terrível como se tivesse bebido vários litros de vodca.

Minha mente me leva novamente à noite de ontem, exatamente dentro da boate. Dancei com Binho e até nos beijamos por eu achar que ele era Lucas, e quando percebi que não era, fui para o bar da boate e me sentei em um banco. Binho veio atrás de mim, conversamos e ele me ofereceu uma bebida.

Agora a coisa começa a ficar complicada, pois daqui não lembro de muita coisa. Consigo forçar um pouco a mente e lembro de me sentir estranhamente tonta depois daquela bebida de Binho. E digo tonta não de estar bêbada, mas de passar mal mesmo, como se eu estivesse drogada. Não sabia o que estava acontecendo e as coisas ao meu redor ficaram embaralhadas e sem sentido. Me senti ainda pior e lembro de ir ao banheiro, e então...

Não me lembro de mais nada.

Acho que apaguei.

Muito estranho isso, pois eu não estava tão bêbada assim a ponto de cair. Foi depois de tomar aquela bebida do Binho que eu...

Bom, não sei o que aconteceu, mas sei que preciso descobrir onde estou e como vim parar aqui.

Coloco os pés no chão e deixo meu sapato de salto do lado da cama. Prefiro ficar descalço. Saindo do quarto, descubro que não estou em um motel, e sim numa casa. Chegando na sala vejo uma mulher de cabelos castanhos e enrolados aguando uma planta. Ela parece jovem, de uns trinta anos no máximo.

— Ah, oi! — Ao se virar toda simpática e sorridente para me cumprimentar reconheço seu rosto. É Jéssica, aquela mulher que trabalha no caixa da mesma agência onde trabalho.

— Oi. Ãhnm... onde é que eu estou?

— Na minha casa. Você deve ter acordado super confusa, né?

— Um pouco. Não me lembro como vim parar aqui.

— Fui eu quem a trouxe.

— Você... me trouxe? E por quê?

De repente o rosto simpático dela fica sério, minha cabeça fica cada vez mais confusa e o pânico começa a me dominar. Por que ela me trouxe pra casa dela? Merda, e se ela for uma assassina? Embora ela não tenha nenhuma cara de assassina.

Apartamento 301 (Série Apartamento - Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora