Capítulo 2

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07 DE ABRIL DE 2016


Há uma semana comecei um emprego novo. Se eu estou gostando desse emprego? Nem um pouco.

Ser entregador não foi um dos melhores empregos que arrumei, mas antes isso a ter que ficar sem trabalhar. Minha mãe sempre diz que eu deveria aceitar sua proposta de ir trabalhar no seu restaurante assim como meu irmão, Marcos, só que eu não tenho nenhum dote culinário como ele tem e nem faço graduação em gastronomia assim como ele.

Minha mãe também insiste que eu invista em uma faculdade, só que eu não tenho dinheiro e nem tempo para isso agora. Ela sempre diz que no futuro eu vou me arrepender de não buscar um curso superior. Bom, tenho vinte e quatro anos agora e ainda não me arrependi.

Por enquanto, só entrarei em uma faculdade para fazer entregas.

Estaciono a moto e pego as sacolas dentro do bagageiro. Passo pelo pátio da recepção dando um leve aceno com a cabeça para a recepcionista gata de olhos verdes, que retribui com um sorrisinho meloso, e então vou em direção ao refeitório da faculdade entregar as compras. Meu celular apita com uma mensagem do whatsapp e como um bom curioso seguro todas as sacolas com uma mão só para pegar o telefone no bolso da calça e poder ver logo a mensagem. Abro um sorriso ao ler:

"Não esqueça de passar aqui antes de ir embora"

É óbvio que eu não deixaria de passar lá na recepção antes de ir embora.

Pá!

Distraído com o celular, acabo trombando em algo. Ou melhor dizendo, em alguém. A camiseta branca da garota fica toda suja com suco de laranja, evidenciando seu sutiã de cor rosa. O copo e todos os seus livros vão parar no chão. Assim como toda a compra que eu carregava.

— Que merda! Eu não acredito nisso! — Ela exclama toda bravinha olhando para a mancha formada em sua camiseta branca. — Não olha por onde anda?

— Ui, que garota bravinha — e linda. Ela é alta, os cabelos grandes e castanhos se soltam em leves ondas, e seu corpo escultural de mulher é uma delícia. Seus olhos caramelos me encaram.

— Bravinha? Olha só o que você fez!

— O que eu fiz? O que você estava fazendo para não me ver no caminho? Pois, não sei se percebeu, mas esse corredor aqui é enorme.

— Eu estava distraída lendo um livro. E você? O que estava fazendo para ter trombado em mim?

— Eu também estava distraído com o celular.

— Parece que nós dois fomos distraídos.

— É, parece que sim — me agacho e começo a pegar a verduras espalhadas e coloco tudo de volta dentro da sacola. Por sorte não amassou nada. Ela também começa a recolher seus livros e reparo de novo nos seus peitos rosa. Ela se levanta e vai jogar o copo descartável no lixo e reparo na sua bunda de jeans apertado.

Apartamento 301 (Série Apartamento - Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora