Capítulo 22

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Ao sair do restaurante naquele dia eu já estava com a ideia absurda de ir morar com meu ex (de verdade), só não pensei que fosse mesmo concretizá-la.

O fato era que eu me preocupava com ele, e por isso queria estar perto e cuidar dele. Tê-lo visto caído no chão entre a vida e a morte mexeu demais comigo e tinha medo de aquilo se repetir e não ter ninguém para socorrê-lo. Eu não iria ser uma babá nem nada disso, apenas ficar perto. Só isso.

Sei que ele disse que precisava de sua liberdade, mas acho que eu não seria um estorvo para ele, afinal já moramos juntos uma vez e acho que nos daríamos bem como colegas dividindo o mesmo apartamento. É só isso que seríamos. Colegas dividindo um apartamento.

Além disso, eu me sentiria mal demais ao mentir para a mãe dele. Quero dizer, ainda continuaria mentindo para ela na parte de que eu e Lucas reatamos, mas pelo menos não mentiria na parte de dizer que eu morava com ele e o peso em mim se tornaria bem mais leve.

Então decidi que o melhor seria morar com ele. Por pouco tempo, só até ele recuperar a mobilidade das pernas. E eu tinha esperanças de que seria em breve.

— Adorei o meu quarto — digo ao entrar no cômodo espaçoso.

Tinha medo de que o apartamento tivesse apenas um quarto, mas tem dois e este aqui é maravilhoso. Lucas o equipara com uma cama de solteiro e uma cômoda que seriam suficientes para guardar parte das minhas roupas. Me aproximo da janela e embaixo de nós a luzes pintam a cidade. É uma bela de uma visão, digna de hotel cinco estrelas. E por ser um prédio mais alto, o barulho da avenida se torna menos intenso. Acho que eu iria me acostumar fácil.

— Se caso a cômoda não couber todas as suas roupas, pode usar meu guarda-roupa — diz Lucas.

— Ah, não se preocupe, irá caber tudinho — respondo abrindo minha mala. — E depois pretendo trazer meu guarda-roupa.

— Ótimo. Meu quarto não tem suíte, então teremos que dividir o mesmo banheiro. Há algumas adaptações que fiz nele e espero que não se incomode com isso.

— Claro que não, Lucas. Não se preocupe, pois já moramos juntos por quase seis meses e sei exatamente como lidar com a sua bagunça.

— Quem disse que sou bagunceiro?

— Ah, faça-me o favor — levo as mãos à cintura. — Quando morávamos juntos você sempre deixava alguma coisa fora do lugar.

— Ah, falou a pessoa mais organizada do mundo, né? — ele ironiza. — Você também deixava um monte de coisa fora do lugar. Não vem que não tem.

— Bom... tudo bem, mas você sempre foi mais bagunceiro do que eu.

— É claro que não — ele protesta. — Você sempre foi a mais bagunceira.

Você é que era — cruzo os braços em minha defesa. Ele ri balançando a cabeça.

— Não temos nem cinco minutos morando juntos e já estamos discutindo.

Apartamento 301 (Série Apartamento - Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora