Capítulo 32

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Seja lá o que for que Cris tenha ido resolver, está demorando demais. Achei aquela sua conversa estranha demais e não aguento mais esperar por ela. Só espero que esteja mesmo tudo bem com ela.

O interfone toca e vou louco até o monofone ver quem é, manobrando a cadeira de rodas o mais rápido que posso.

— Oi, Lucas? Dá pra abrir pra mim? — Ela diz no monofone.

— Até que enfim você chegou! Não estava aguentando mais.

Aperto o botão para a abrir o portão lá embaixo e depois de colocar o monofone no lugar volto para a sala, abro a porta e espero ansioso por ela. Fico pensando o porquê dela ter pedido para que eu abrisse, já que tem chave. Bom, pelo visto agora ela não tem.

Ela finalmente sai do elevador e se minhas pernas funcionassem juro que sairia correndo e ergueria seu corpo do chão com um abraço apertado.

Ela para na minha frente. Está usando a roupa do trabalho e seu rosto me parece um pouco abatido.

Como se lesse meus pensamentos, ela me abraça forte e sem hesitar envolvo meus braços no corpo dela. Um sentimento de extremo alívio me enche por ter Cris em meus braços e por saber que ela está bem. Como é bom apertar seu corpo e sentir seu cheiro novamente.

— Onde você estava? Eu morri de preocupação.

— Eu senti tanto a sua falta. Enquanto eu estava longe só pensava no momento em que eu te veria de novo.

— Eu já estava pensando em ligar para a polícia, sabia?

— É bom saber que se preocupa comigo.

— É claro que me preocupo, pois você é a pessoa mais importante pra mim.

— Me desculpa por eu ter sido tão grossa com você. Você cantou aquela música pra mim na melhor das intenções e eu reagi daquela maneira. Por favor, me desculpa.

— Tá tudo bem.

Ela desfaz nosso abraço, anda alguns passos entrando no apartamento e vai se sentar no sofá. Vejo que algumas lágrimas escorrem no rosto dela.

— Por que está chorando? — Fecho a porta e, preocupado, me aproximo ficando de frente a ela e pego uma das lágrimas com o dedão. — O que foi que aconteceu, Cris? Por que você sumiu assim?

— Aconteceu tanta coisa que estou assustada até agora.

Sinto meu estômago se esfriar.

— Você disse no telefone que estava na casa de uma amiga.

— Sim. Essa mulher foi um anjo que apareceu na minha vida. Se não fosse por ela eu... — ela se cala com um suspiro.

— Está me assustando, Cris. Diga logo o que foi que ouve — pego em suas mãos. Pelo visto havia acontecido algo ruim e meu coração se afligia mais com o silêncio prolongado dela.

Apartamento 301 (Série Apartamento - Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora