Com o telefone no ouvido fui falando com o pessoal do Samu e eles iam me orientando, dizendo o que eu tinha que fazer, e eu os mantinha informados sobre Lucas. Se ele estava respirando, como estava a pulsação, essas coisas.
E, claro, o pessoal do Samu também mandava eu manter a calma, já que eu mal conseguia segurar o telefone e o choro rolava abundante em meu rosto. Eu estava desesperada e achava que Lucas estava morrendo.
Enfim o Samu chega e coloca Lucas ainda desacordado numa maca. Vanessa passa pelo corredor, vê toda a cena e entra no apartamento assustada perguntando o que aconteceu.
— Amiga... o que houve com o Lucas?
— Eu não sei — digo ainda chorando. — Eu entrei aqui e encontrei ele caído no chão, de repente ele desmaiou. Deus, ele não conseguia nem mexer as... as pernas.
— Meu Deus! — Ela leva a mão à boca.
— Estou indo para o hospital com ele.
— Quer que eu vá com você?
— Não precisa. Vou ligar para a mãe dele e avisar o que aconteceu.
— Tudo bem. Qualquer coisa que precisar me liga.
— Tá.
É uma luta para desceram as escadas com Lucas na maca, já que o prédio não tinha elevador. Depois de muito sacrifício entramos na ambulância e levamos Lucas para o hospital. Vou segurando a mão dele durante todo o caminho e pedindo a Deus que nada de ruim possa acontecer com ele. Antes de sairmos, avisei à dona Carmen que seu filho passou mal e estávamos indo ao hospital, e ela ficou desesperada ao telefone. Ela chega chorando no hospital.
— Cadê o meu filho?
— Os médicos estão lá dentro com ele e não trouxeram notícias ainda — me levanto do banco para abraçá-la e nós duas choramos juntas. — Foi horrível, dona Carmen. Eu entrei no apartamento dele e ele estava caído no chão sem poder andar e nem falar direito. Ele d-desmaiou nos meus braços.
— Então você o salvou — dona Carmen diz desfazendo nosso abraço e esboçando um leve sorriso molhado.
— Eu morro se acontecer alguma coisa com ele, dona Carmen. Ele me magoou muito, mas não desejo nenhum mal a ele.
— Obrigada por ter socorrido ele, filha. Você é mesmo um anjo que apareceu nas nossas vidas.
— Eu não sei o que deu nele, pois ele estava muito bem poucas horas antes quando o encontrei na pista de caminhada.
— Isso é assim mesmo. Uma hora ele está bem, na outra... não.
— Isso? — A encaro confusa.
— Droga, eu disse que não era sensato ele ir morar sozinho. Ele não deveria ter teimado comigo — ela diz mais para si mesma, ignorando minha pergunta. Mas agora eu tinha outra na cabeça. Por que Lucas não poderia morar sozinho? Tirando o lado direito de seu corpo, Lucas me pareceu muito saudável. Bom, talvez ele não esteja nada bem mesmo, pois o encontrei caído no chão.
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Apartamento 301 (Série Apartamento - Livro 4)
RomansCom o fim doloroso de seu noivado, Cris mergulha em noites regadas a bebidas e homens, mas quando seu ex-noivo se muda de frente para seu apartamento, arrependido e querendo outra chance, o que Cris fará? Lucas inventou a pior mentira para terminar...