Capítulo 4

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— Merda, vamos Diana! Eu esqueci totalmente que tínhamos dever de casa de matemática hoje! Deixe-me copiar o seu, por favor! —  Anne implorou.

Ruby bufou, virando-se em sua cadeira para encarar as duas amigas que faziam tanto barulho no fundo da sala.

— Você realmente quer pegar emprestado o dever de casa de Diana? Esta é uma aula de matemática do primeiro ano e ela está no terceiro ano!  

Diana chutou a cadeira de Ruby em retribuição. 

— Em primeiro lugar, a matemática é para os perdedores. Por que devemos fazer matemática à mão quando temos calculadoras para fazer isso por nós? — Ela fungou. — Em segundo lugar, eu também não fiz meu dever de matemática. Então, nós duas vamos falhar juntas.

— Ugh, você é literalmente inútil em todos os sentidos possíveis. Ruby! Deixe-me copiar o seu então, o professor estará aqui em cerca de 10 minutos! — Anne lamentou. — Ruby, por favor?

— De jeito nenhum. Ver vocês duas quebrarem a cara de uma vez só em uma aula de matemática é minha diversão e entretenimento para o semestre. — Ruby riu por trás de sua mão. 


— Argh ok, tudo bem, tempos desesperados pedem medidas desesperadas. — Anne murmurou, estalando o pescoço e os nós dos dedos.

— O que você vai fazer... — Diana começou a dizer, mas Anne a ignorou, levantando-se de sua cadeira e examinando a sala. 

Lá.

Seus olhos pararam na parte de trás de uma cabeça de cabelos negros que estava curvada sobre sua mesa e brincando em seu telefone. Anne sorriu maldosamente. Ela caminhou suavemente ao redor das carteiras e começou a se aproximar do aluno desavisado. 

Gilbert pulou em sua cadeira quando uma mão bateu em sua mesa na frente dele. Um rosto familiar se inclinou na frente do seu, e um hálito quente atingiu seus lábios quando ele olhou para os olhos penetrantes da pessoa a sua frente. 

— Você é o garoto mais inteligente da nossa sala, não é? Se você não me deixar copiar seu dever de casa, não hesitarei em tornar a sua vida um inferno. — Anne tentou soar ameaçadora. 

Gilbert apenas ergueu a sobrancelha, desafio aceito. 

—Não. — Ele disse a ela, voltando ao telefone. 

Droga, Anne tinha certeza de que suas táticas de valentão funcionariam com esse cara bonitão. 

— Ok, que tal isso. Se você me deixar copiar seu dever de casa apenas desta vez, não vou incomodá-lo mais. — Ela tentou novamente.

Gilbert bufou. 

— Eu duvido. — Ele disse a ela, seus olhos presunçosos e arrogantes, e seus lábios se curvaram em um sorriso divertido que Anne só queria afastar. 

— Vamos, por favor! Eu estou te implorando aqui cara, você não pode ajudar uma colega de classe?! —  Anne choramingou, mudando de tática novamente. Talvez se ela fizesse barulho o suficiente, Gilbert desistisse. 

Ela bateu seus lindos cílios para o garoto, novamente, sabendo que o olhar nunca falhou em dar a ela o que queria. 

Pareceu funcionar, porque Gilbert ficou momentaneamente atordoado, observando e memorizando o rosto de Anne de tão perto. 

In our next life.Onde histórias criam vida. Descubra agora