Capítulo 6: O Destino, parte 2.

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Anne encostou sua testa na de Gilbert, um sorriso nos lábios. À distância, um barco de papel flutuava no rio sagrado da vida. Onde isso vai parar, ninguém sabe.

— Não fique tão triste Gil. Reencarnar não será tão ruim assim. Pense nisso como uma nova aventura! Você gosta de aventuras, certo?

O rosto de Gilbert estava sombrio, mas ele acenou com a cabeça de qualquer maneira. As gotas de chuva pingavam de seu cabelo e o faziam estremecer ligeiramente de frio. Anne percebeu, e o arrastou para mais perto de seu corpo, embora ela estivesse tão encharcada quanto ele. Eles estavam pressionados firmemente um contra o outro, tão perto que não havia um único centímetro de espaço para ser encontrado. 

— Vai ficar tudo bem, Gil. Eu não estarei muito atrás de você. Em breve também reencarnarei, e então encontrarei você e poderemos estar juntos novamente. Eu prometo. — Anne riu, seu hálito quente atingindo os lábios de dele. 

Gilbert agarrou a mão dela com mais força, seus dedos entrelaçados inseparáveis. 

Em torno de seus dedos mínimos estava o fio vermelho do destino que Anne amarrou a si mesmo quando eles eram mais novos, muitos anos atrás. Eles estão juntos desde então, esperando o dia em que amadurecerão e crescerão e então poderão entrar no ciclo de reencarnação, assim como todas as outras almas antes deles. 

Diana e Jerry já partiram há alguns meses, provavelmente vivendo suas vidas na terra agora, esperando pelo dia em que se encontrariam novamente e se reunissem. 

— Eu sei... mas vou sentir muito a sua falta. Você acha que nos veremos imediatamente? — Gilbert murmurou, inclinando-se levemente para que seus lábios mal tocassem os de Anne. 

Ele estava implorando silenciosamente para que ela encurtasse a distância restante, mas Anne não desistia porque gostava de provocar.

— Não tenho certeza, Gil, mas vou esperar por você não importa quanto tempo leve. Contanto que estejamos juntos novamente, eu não me importo. — Então Anne finalmente não aguentou mais, inclinando-se e dando um beijo rápido nos lábios dele.

 Eles praticamente se derreteram, e Anne quase resmungou de decepção quando Gilbert interrompeu o beijo muito mais cedo do que gostaria. 

— Eu também. — Gilbert murmurou suavemente contra os lábios dela, dando-lhe pinceladas leves repetidamente entre suas palavras. — Contanto que eu esteja com você, eu também não me importo.

Anne sorriu para os beijos curtos, certificando-se de apertar o braço que estava em volta da cintura de Gilbert. 

O velho conhecido como Destino riu. 

— Tudo bem vocês dois. É hora de acabar com isso. Gilbert tem que sair agora e entrar no ciclo de reencarnação.

Anne fez beicinho com isso, beijando Gilbert mais algumas vezes antes de relutantemente deixar o braço em volta da cintura de Gilbert cair. Ele se afastou de sua alma gêmea, o espaço se preenchendo entre seus corpos. No entanto, ele não largou a mão de Anne, ainda não. 

Gilbert estava igualmente chateado. Eles não têm ideia de quanto tempo vai demorar até que se vejam novamente. E mesmo quando eles se encontram, isso não significa que eles vão se lembrar um do outro de qualquer maneira. Cada alma que renasce esquece suas memórias desta época enquanto estava no paraíso. Ambos serão forçados a começar tudo de novo. 

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