Pequeno Príncipe

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Notas Iniciais:

Capítulo curto de transição, mas em breve tem mais.

Boa leitura!


(Foi aniversário do Tony aqui no capítulo passado e aniversário do Peter em CSA no capítulo passado de lá também! Gente, pura coincidência!)

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Em algum momento eles deitaram no gramado e caíram no sono. Tony se lembrava vagamente de puxar o garoto para perto ao se dar conta de que ele podia estar com frio naquela madrugada com tanto vento, e do garoto reclamar do cheiro estranho das roupas dele em meio ao sono leve. Tony riu baixinho ao se desculpar, fazendo uma nota mental de mandar aquelas roupas para a lavanderia antes que alguma empregada dedurasse o cheiro de maconha para Obadiah.

Na segunda vez que acordou, estava em seu quarto, agora coberto com uma manta fina. O sol dava os primeiros indícios de seu nascimento e Tony ignorou isso ao abraçar o corpo ao seu lado.

Na terceira vez, os cabelos de alguém estavam em seu rosto, o despertando para uma enxaqueca horrível e a boca seca como o deserto do Saara, sem falar no enjoo terrível. Tirou os fios de seu rosto enquanto se sentava, sua cabeça girando e doendo enquanto o fazia.

E o corpo nú de Alexia só piorou seu estado. Onde estava Peter?

Tony sequer dedicou um segundo olhar para a garota, agradecendo por ainda estar com as calças, mas procurando uma camisa às cegas. Escovando os dentes com rapidez e usando o banheiro no automático, saiu logo dali, antes que Alexia acordasse. Desceu para encontrar a equipe de limpeza que contratara antes sumindo com os restos da festa, a sala já em ordem, com exceção da pilha de presentes.

Mesmo se sentindo enjoado, se obrigou a comer qualquer coisa na cozinha, voltando para a sala e olhando a pegando o presente que estava no alto da pilha e seu celular, que Jarvis entregou assim que acordou. O primeiro era do Rhodes, então tratou de abri-lo e agradecer o amigo pelo WhatsApp.

Não havia chego nem na metade da pilha e as mensagens começavam a seguir as mesmas palavras, invertendo uma ou outra para não ficar mecânico demais. A maior parte das mensagens ia para contatos desconhecidos que pegara no grupo da festa, ignorando as respostas que as pessoas mandavam enquanto seguia para o próximo.

Até que chegou em um embrulho azul. Retangular e não muito pesado, além de fino. Sabia o que era antes mesmo de abrir e quem havia mandado.

O Pequeno Príncipe o saudou, e Tony sorriu para a capa. Abrindo-o, notou o bilhete preso, como uma dedicatória.

Para Tony,

Em nossas mensagens falamos sobre passado. E sinceramente espero que sejamos amigos nessa altura do campeonato, porque eu não divido um pedaço meu para qualquer um.

Esse livro(não esse, a minha edição, que está aqui rasurada e gasta de anos já) é sem sombra de dúvidas uma parcela da minha alma. É a única coisa que me lembra dos meus pais, já que as poucas memórias que tenho deles são lendo-o para mim.

Você reclamou que não sou aberto ao diálogo. E bom, é verdade. Não sou bom nisso, mas amo ler, e vai encontrar muitos pedaços meus nessas páginas. Eu sei que é um livro infantil e tudo(não zombe, Tony Stark), mas me ajudou e ajuda muito ainda.

Sem mais delongas, é isso.

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."

Peter Parker

P.S.: Eu pensei em fazer a dedicatória na primeira folha, mas não sei se você gostaria disso. Muitas pessoas não gostam.

Tony sorriu com carinho redobrado para a folha, a letra curvada de Peter muito bonita de se ver, como sempre. Largou as coisas como estavam, indo até a sala de estudos e procurando o bastão de cola, colando com cuidado o bilhete na folha branca em que a dedicatória devia ter ficado, para começo de conversa.

Ele já havia visto os livros da coleção pessoal de sua mãe, que ocupavam uma prateleira em uma parte especial de seu quarto. Era a coleção dos livros que ela ganhara de amigos e de seu pai, todos com dedicatórias em caligrafias diferentes e de tamanhos diversos, representando as mais variadas épocas da vida dela.

Tony sempre imaginou o carinho que continha ali, pois sua mãe era sempre muito afetuosa ao pegar qualquer um daqueles livros, mas nunca tinha ganho um próprio que não fossem os dela e o exemplar dos contos dos irmãos Grinn que ganhara quando muito pequeno, com uma dedicatória curta de Maria, onde ela desejava que ele herdasse o bom hábito dela e que gostasse dos contos.

Agora, ele tinha um segundo livro para acrescentar em sua própria prateleira.

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Notas Finais:

Tony gado e Peter fofinho... sem novidades até aqui, a não ser a invasora de camas, quando que quem devia estar lá era outra pessoa...

A citação no bilhete dele é do livro que ele deu mesmo.

Espero que tenham gostado!

Até mais!


P.S.: Eu te odeio Onde histórias criam vida. Descubra agora