❀ destiny's plan ❀

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twenty-six


Harry foi pego de surpresa pelas suas próprias emoções ao ver Louise do outro lado do salão. Ela, em toda sua beleza, sorria como se fosse inalcançável e foi naquele momento que Styles percebeu como era difícil ficar longe.
Se há dois meses alguém o dissesse que além de um afeto carinhoso, ele e a ruiva fossem florescer uma atração implacável, Harry iria rir na cara dessa pessoa e falar “nem fodendo”. Mas ali estava ele, tão acostumado com a presença suave de Allen, com seu jeito doce de falar e as reações que ele sabia que podia causar nela.

Harry precisava mantê-la segura, ele tinha que dá-la dias calmos e tranquilos e a certeza de que  ficaria bem. Tudo que o motivara antes dela havia virado fumaça, não havia outro motivo para arriscar sua vida se não a tempestade ruiva que iluminava a noite dentro de si.

Mas havia um problema. Um problema muito grande que tomava mais espaço a cada segundo.
Louise não deveria estar ali. Nem Hanna, nem Liam. Isso era um erro terrível e ia atrapalhar todo seu maldito plano.

Veja bem, Styles agora era um infiltrado em uma das maiores redes de crime do país e o evento em que ele estava deveria ser o local de desfecho de toda a sua parte na investigação. Ele e Marnie — outra agente disfarçada —, estavam ali como parceiros. Numa tentativa de resolver o problema que tinham, Harry a convidou para uma dança, extremamente insatisfeito com os convidados inesperados no local. Enquanto se moviam no ritmo de uma música brega, Styles explicou a situação para sua colega de trabalho e tudo que ela deveria fazer era falar com o Liam e o avisa-lo para saírem dali o mais rapidamente possível.

No entanto, bastou uma dança para que tudo desandasse.

Em certo momendo daquela noite, Harry sentiu que alguém estava na beira de um precipício segurando o que havia de mais importante para si e ele estava assistindo lentamente as mãos escorregarem. Por alguns momentos naquela noite, a pessoa mais perversa que Styles já conhecera tinha em seus braços a mulher mais preciosa que esteve em sua vida.

Ele sentiu a adrenalina e o desespero corroer cada parte do seu ser no momento que Louise foi feita de refém, Harry se viu como a pessoa mais desprezível e impotente do mundo, enxergando a linha tênue que poderia transformar sua vida num eterno vácuo obscuro.

No fim, quase tudo ficou bem. Eles haviam perdido os criminosos e a noite havia se transformado numa desgraça, mas tudo estava bem se Louise estivesse, e ela estava viva. Os olhos verdes encararam o oceano perdido no olhar de Louise, quase como uma ilha deserta, inabitada há muito. Não lhe restaram dúvidas que ele faria qualquer coisa para mantê-la segura e substituir o vazio em sua feição por sorrisos genuínos. Ele a protegeu em seus braços, acariciando as mechas abrasadas e sussurrando entre seus lábios que tudo ficaria bem sem ter certeza realmente para quem ele contava isso.

Lou dormiu na cama dele por algumas horas enquanto Styles fazia telefonemas irritados e apressava seu objetivo com toda força do seu ser para não gritar. Quando Lou acordou, a garrafa de whisky chegava perto da metade e Harry interrompeu tudo o que fazia para prontamente se pôr ao lado dela. Ele viu o peso dos acontecimentos anteriores a atingir conforme tudo se encaixava em sua cabeça e encontrou algo diferente no olhar dela, algo parecido com decepção.

— Precisamos conversar — disse sem rodeios, se sentindo nervoso. Ela fez uma carranca.

— Ah, agora você quer conversar?

Prey | h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora