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— O que é matemática? Me diz! Só tem números! — Sina reclamava de alguma coisa, eu não estava prestando atenção

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— O que é matemática? Me diz! Só tem números! — Sina reclamava de alguma coisa, eu não estava prestando atenção.

Durante a tarde, eu pensava se eu realmente iria voltar para o lar adotivo. Se dependesse de mim, eu não iria. Mas não é uma decisão minha.

— Any! — a loira me chama — Any! Você entendeu a questão 5?

— Eu nem comecei, Sina. — respondi enquanto eu abria o caderno — Falta menos de cinco minutos para o sinal bater. Eu tenho que ir no armário e depois buscar a Nour e a Mélanie.

— Ah, é. Eu tinha me esquecido, desculpa. — passou a mão pelo cabelo.

O sinal bateu. Saí da sala de aula e fui indo em direção ao meu armário. Acabei esbarrando em alguém.

Eu sou muito desastrada.

— Desculpa! — juntei os cadernos e livros que eu deixei cair.

— Deixa que eu te ajudo. — olhei para ele.

— Você?

— Eu?

— É, você. — me levantei — A gente se esbarrou naquela festa.

— Ah! Lembrei.

Lembrou mesmo?

— Eu sou a Any. — ergui a mão.

— Prazer, eu sou o Josh. — apertou a minha mão, logo sorriu — Quer ajuda?

— Não precisa. Eu só vou até o armário e depois buscar minhas irmãs.

Comecei a andar e vi que ele estava me acompanhando. Abri o armário e guardei as coisas.

— Então, eu vou indo. A gente se vê depois? — pergunto.

— Posso te fazer companhia?

— Se não for problema para você, pode sim.

Ficamos conversando sobre algumas coisas enquanto eu esperava  e  chegarem. Eles estavam demorando muito.

— Desculpa perguntar, mas é normal suas irmãs demorarem? — Josh pergunta.

Neguei com a cabeça.

Esperamos mais um pouco, até que eu vi Nour chegar.

— Nour, cadê a Mélanie?

— Ela caiu. O joelho dela está sangrando. — segurou minha mão — Vem!

Nour me levou até onde Mélanie estava. Ela chorava de dor.

— Any, está doendo. — diz.

— Eu sei, meu amor. Segura minha mão, como você se machucou?

— Eu e a Nour estávamos saindo da sala e eu caí na escada.

— Vamos fazer assim. Fecha os olhinhos, pode apertar minha mão se continuar doendo. — Mélanie assentiu.

Levei Mélanie no colo, pedi a Josh para que segurasse a mão de Nour por mim. Tinha que levar as duas para casa.

Abri a porta, coloquei ela no sofá e fui até cozinha para pegar o remédio que não tinha na droga da enfermaria.

— O que aconteceu com ela? — Diarra perguntou.

— Caiu da escada. Cadê a porra do remédio?

— COMO ASSIM VOCÊ QUEBROU O MEU CELULAR? — Lamar gritava enquanto descia as escadas.

— EU QUEBREI? O CELULAR É SEU, CARALHO! — Bailey respondeu.

— É, FOI VOCÊ QUE QUEBROU!

— PUTA MERDA! O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — Diarra gritou.

Aquilo estava me dando uma dor de cabeça. Eu não aguentava mais ouvir gritos.

Quer saber?

— TODO MUNDO CALA A BOCA! — gritei.

continua...

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