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Any ignorou todas as minhas ligações perdidas

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Any ignorou todas as minhas ligações perdidas. Nenhuma foi respondida.

Foi então que eu tomei iniciativa: eu fui até a casa dela. Eu sabia onde era. E já era a terceira vez em que eu batia na porta.

— Quem incomoda? — uma garota que provavelmente deveria ser Diarra, atende a porta.

Bom, Any já me falou de todos os seus irmãos que moram com ela e também mostrou fotos deles, então eu conseguia reconhecer quem era quem.

— Ah, oi. A Any está?

— Ih, ela não te falou?

— Falar o quê?

— Pelo amor de Deus, entra. A história é um pouco longa.

Entro na casa, Diarra se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado. Eu apenas esperei ela falar algo.

— Bom, como deve saber, a Any é adotada.

Assenti.

— E ela voltou para o lar adotivo. — disse rapidamente.

— O quê? Por que!?

— Ela não te falou, certo?

— É. Ou pelo menos, eu não me lembro.

Tento lembrar de algum momento em que Any disse que iria voltar ao lar adotivo. Mas eu não conseguia me lembrar.

— Faz uns dois ou mais dias que isso aconteceu.

— E como isso aconteceu?

— Bom, meus pais adotivos acabaram adotando em torno de 7 crianças em 7 orfanatos diferentes, e o dinheiro 'tava acabando. E eles escolheram duas pessoas parar ir embora.

— A Any e quem...?

— O Bailey. Se bem que nem faz falta.

Do jeito que ela falava parecia que ele não era tão legal, mas do jeito que a Any falava era totalmente diferente.

— E sabe onde é o lar adotivo?

— Sei. — pegou um papél e uma caneta — 'Tá aqui o endereço. Olha lá o que 'cê vai fazer com minha irmã.

— Obrigada, Diarra. — saio pela porta.

Decido andar até o endereço que Diarra havia me passado. Assim que chego na casa grande, abro o portão e bato na porta de madeira. Espero um tempo até alguém atender.

— Olá, boa tarde. — a mulher que aparentava já estar em sua terceira idade atendeu a porta.

— Oi, eu sou o Josh. E estou procurando por Any Gabrielly, sabe se ela está aqui?

— Ah, sim. A Any... ela é uma menina muito doce. — falou — Gostaria de entrar? Estou fazendo um chá.

— Ah, claro.

Entro na casa e ela me guia até a cozinha. Me sento na cadeira.

— Só um segundo, irei chamar a Any. — balanço a cabeça assentindo.

Minutos depois, a mulher voltou e logo atrás estava a Any. Seu cabelo estava preso em um coque, com algumas mechas soltas em volta. Seus olhos pousam em mim e ela suspira fundo.

— Vou deixar vocês sozinhos.

— Obrigada, Annie. — sorriu a mulher — O que faz aqui? — me perguntou se sentando na cadeira à minha frente.

— Bom, você não atende minhas ligações, eu tive que ir na sua casa. E adivinha? A Diarra disse que você veio para o lar adotivo!

— Eu ia te contar...

— Quando? Quando iria me contar? — pergunto — Eu passei horas te ligando, eu fiquei preocupada com você.

Eu achei que o Andy tinha feito algo com ela.

— Eu achei que o Andy tinha feito algo com você. — falo baixo.

— Escuta, eu iria falar para você na mesma noite que aconteceu o negócio com o Andy. Mas não deu. E eu fui embora logo no outro dia.

— E não deu tempo de contar?

A cacheada nega com a cabeça.

— Não! Não deu tempo!

Ela fica em silêncio.

— Disse que iria me ensinar o que era felicidade.

— Está usando drogas?

— Como sabe? — questiono.

— Eu não tinha certeza. Mas agora, eu tenho. — cruzou os braços.

Me levanto da cadeira e seguro a mão dela.

— Por favor, fique comigo. Eu quero você.

— Josh, as coisas estão complicadas no momento.

Coloco a mão em sua nuca e a beijo.

Quando ela me olha, seus olhos brilharam por algum motivo.

— E agora? Descomplicou?

continua...

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