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Flashback — 5 anos

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Flashback — 5 anos

6 de junho

Alguém mexia o meu corpo de um lado para o outro. Acabo caindo da cama e levanto minha cabeça, suspiro fundo quando vejo que era Michael.

Michael era dois anos mais velho que eu, e ele era insuportável. Ele adorava me maltratar e fazer tudo que podia comigo.

— Vamos. — me levantou do chão enquanto segurava meu braço.

Quando descemos as escadas, vejo que boa parte dos amigos de Michael estavam na sala. E bom, eu não sabia o que estava acontecendo.

— O... que está acontecendo?

— Olha, não fala nada. — falou e eu assenti, mesmo que eu não quisesse.

Ele me levou até o centro da sala, os meninos se aproximaram de mim. Eu estava com medo. Com muito medo.

— Tudo bem, não tente gritar, pode ser?

— Por que? O que vão fazer comigo? — tento me soltar, mas os garotos seguravam meus pulsos com força.

— Calma, Gabrielly. — colocou um balde na mesa a minha frente.

Não. Não. Não.

— Michael, não. Por favor. — peço com meus olhos cheios de lágrimas.

Ele não me ouviu. Sinto meus pulsos se juntarem, como se tivessem me amarrado. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

— Mi...

Não consigo terminar de falar, minha cabeça é colocada no balde que estava cheio de água. Tento gritar, mas eu não conseguia. Eu não conseguia fugir.

Eu queria ir embora. Eu tentava mexer meu corpo de um lado para o outro para tirar minha cabeça desse maldito balde. Me seguraram com mais força.

Não adiantava gritar. E tanto faz o que a diretora do lar adotivo iria achar, eu era a única menina daqui, ela iria acreditar nos meninos. Era como se eles tivessem passe livre para fazer o que quiser.

Fecho meus olhos. Provavelmente, eu achei que eu iria morrer. Adeus, mundo.

— MICHAEL, JÁ DEU! — um dos garotos grita.

Com certeza, foi o Theo que gritou. Ele era o único que odiava as atitudes de Michael, mas não conseguia fazer nada para impedir. E ele também era o único que falava comigo como se eu fosse amiga dele.

— Tudo bem. Pegue a cadeira.

— Que... cadeira? — questiono enquanto suspirava fundo. A cada palavra minha, eu tossia cada vez mais. Por conta da água.

Me jogam em uma cadeira. Sinto algo prender ao meu corpo. Não conseguia identificar, já que tinham colocado algo para cobrir meus olhos.

Eu odiava quando isso acontecia. Eu ficava com medo. E perdida. E assustada.

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