-Eu achei que você tinha pedido para que nós evitássemos ser vistos juntos. – Erwin disse quando Levi adentrou no banheiro atrás dele, poucos minutos depois, era meio sujo e mal iluminado, mas bem, ele não conseguiu se conter depois que o loiro parecia meio triste.
- ... você está bem?
- Estou, Levi. – O maior disse voltando sua atenção a água que caía em suas mãos, aproveitando para molhar seu rosto, não deveria ter bebido tanto e a presença de Levi não ajudava em nada. – Por que saiu de lá?
- Estava cansado e aquele cara era estranho.
- Oh, mesmo? – Infelizmente Erwin soou mais sarcástico do que gostaria, e Levi estreitou os olhos em resposta, sentindo um leve aborrecimento. – Desculpe.
- Isso te chateou?
- O que?
- Aquele homem conversando comigo.
- Por que me chatearia? Nós não temos nada. – Essa fala voltou como um soco para si mesmo, Erwin não queria ter sido tão rude, ele nem sabia o motivo de estar assim, provavelmente um mix de vodka e ciúmes com uma dose de tesão reprimido. – Nós não...
- "Podemos ter nada", é, eu sei. – Levi disse chegando mais perto, um movimento arriscado, mas sua mente também não estava das melhores agora, parte do seu raciocínio foi embora junto com o dinheiro das bebidas e ele apenas podia se concentrar no homem que estava a sua frente. Sentindo aqueles olhos azuis nele, não conseguiu evitar de perguntar. – Mas é o que você quer, Erwin?
Erwin não soube o que responder, ele nunca achou que estaria nessa situação pela segunda vez, desejando tanto alguém que podia sentir seu coração pular só de ouvir essa pergunta na voz perfeita de Levi. E a resposta era obvia, mais do que isso, a resposta se fazia presente em qualquer interação deles.
- Esqueça...-
- Não. – O moreno franziu suas sobrancelhas. – Não é o que eu quero. – Erwin retomou, dessa vez se aproximando mais e mais. Ele empurrou delicadamente Levi na parede do banheiro e o cercou, ambas as mãos em seu corpo.
Beijos eram depositados no pescoço pálido a sua frente, seria um desperdício não aproveitar toda aquela pele. – Levi, eu...
Mas Levi o calou com seus próprios lábios, aquele momento parecia único demais para declarações disse tipo, eles não precisavam disso, de palavras. Não, palavras foram tudo o que tiveram nos últimos meses, a única coisa que importava agora era o jeito que o beijo se formava, suas línguas deslizando uma sobre a outra num ritmo quente e quase desesperado.
Tudo foi se tornando intenso, suas visões estavam embaçadas e quase não havia pensamentos, somente atos. Erwin pressionava cada vez mais Levi na parede, a fim de compartilhar o calor do seu corpo e também receber, era incrível, uma saudade que estava enterrada nas suas mentes se despertou instantaneamente.
Botões eram abertos de ambas as camisas, não o suficiente para ficarem expostos, mas o bastante para Erwin aproveitar a chance de passar seus dedos por todo aquele abdômen sagrado, com uma vontade enorme de pôr sua boca nos mamilos rosados de Levi.
Eles estavam tão imersos em suas luxurias que quase não perceberam a porta do banheiro sendo aberta, e é claro, tudo voltou a realidade. Eles ainda eram proibidos, outras pessoas não poderiam ver. De alguma forma, Erwin conseguiu pensar rápido o suficiente e puxar Levi para uma das cabines, sentando na tampa do vaso enquanto colocava o moreno em seu colo, para que não ficasse notório que dois homens estavam ali.
- Então, como foi com Petra? – Uma voz soou.
- Ah... Eu acho que ela não quer mesmo.
- Ouvi dizer que ela tem algo por Levi.
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Nada planejado [+18] Eruri
Fiksi PenggemarErwin poderia esperar qualquer coisa do seu novo emprego como professor universitário, exceto avistar seu amante mais recente na sala de aula. - Os personagens pertencem a Hajime Isayama, autor da obra Shingeki no Kyojin