Arcadia 6/3:

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O leão se levanta e se afasta indo na direção da caverna.

- Você tem o sangue puro da sua mãe. - um jovem estava sentada em um galho de Árvore. - Caso contrário eles teriam devorado você, até porque já tem um tempo que eles não se alimentam.

- Quem é você. - a essa altura os filhotes estavam brincando pelo local sem dar atenção para mim.

- Para eles você faz parte da Alcateia assim como eu. - Ela pulou lá de cima e caiu em pé no chão. - Me chamo Aurora, minha mãe divina? Não tenho, um pai divino? Também não tenho. - Ela pegou um filhote. - Sou totalmente mortal, bom... em parte. Você conhece as caçadoras de Ártemis? Um grupo reunido pela sua mãe.

- Sim, semideusas acolhidas pela minha mãe. - Falei já que as conhecia. - Quando uma semideusa jura lealdade a ela, seu tempo para, fazendo dela algo próxima as deusas, pois não morrem desde que nunca se envolvam com homens ou caiam em batalha, elas têm que ser eternas donzelas guerreiras.

- Você sabe bem, mas não estou impressionada. - Ela sorriu. - Você é a "conhecida" filha de Ártemis não é?

Aurora não parecia ter mais de doze anos de idade, uma menina muito jovem, cabelos ruivos e liso, onde seu cabelo chegava próximo ao chão. Dia pele branca revelava em seu rosto muitas sardas e lábios vermelhos. Os olhos verdes escuro com sua feição serena e pura.

- Meu nome é Chiara, Chiara Pelegrini. - Ela estava sempre sorrindo para mim. - A primeira e única filha de Ártemis.

- Sim sim. - Ela disse. - Só existia dias pessoas a andar por esses campos sem ser devorada pelos leões guardiões. Sua mãe... e eu, mas você tem o sangue da deusa correndo em você, sangue puro... - Ela dá uma pausa fechando os olhos. - Sem uma gota sequer de sangue mortal.

- Que?... eu sou uma semideusa. - Toda essa aventura não me deu tempo para pensar.

Depois de tudo que descobri sobre minha mãe e o relato de Helena sobre meu nascimento, de fato não havia sangue mortal em mim pois fui um caso de geração espontânea, como as filhas de Atena.

- Eu preciso encontrar meus amigos e... - Ela me interrompe.

- Encontrar o Ômega. - A menina diz. - Eu sei, eu sei de tudo que se passa com cada um que coloca os pés nessa ilha, esse é meu dever. - Ela acena com a cabeça como quem quisesse que eu lhe acompanha-se. - Estou aqui nesse lugar tempo suficiente para ver muitas gerações de humanos e acontecimentos no mundo dos deuses. Logo após o nascimento de Ártemis, a deusa começou a reunir donzelas, moças que desejavam ser puras para sempre. Em um cenário caótico onde meninas como eu deveriam casar aos 15 anos, muitas vezes por interesse material, Ártemis me encontrou. - Ela parou na beira de um precipício. Olho para baixo e só vejo nuvens, esse ponto é alto em relação a base da ilha. - Eu tinha medo de ter que me casar com aqueles velhos assim como minhas irmãs tiveram que fazer contra vontade. Em uma noite chorei sob a luz da lua cheia, uma menina apareceu para mim e me convidou a nunca mais temer ou ser menos que um homem por ser uma mulher. - Essa menina pode até parecer jovem, mas suas palavras traziam uma carga de conhecimento e sabedoria. - Fui a primeira caçadoras de Ártemis, essa ilha vivia lá em baixo, ao lado de outra ilha magnífica, as duas eram conhecidas como ilhas gêmeas. Mas a diferenças de crenças entre as caçadoras da primeira geração fez as ilhas de polarizar, vendo suas filhas de coração brigando Ártemis separou a ilha e escondeu essa metade.

- Nunca tinha ouvido ou lido algo assim. - Comento.

- Você sabia da Arcadia? - Aceno um "Não" com a cabeça. - Sabia que sia mãe era Ártemis? - Aceno "Não". - Sabia do Ômega?...

- Onde você quer chegar? - Pergunto diretamente.

- A muitas coisas que são esquecidas ou mudadas ao longo do tempo, só relembrado aquilo que tem interesse para os deuses. - Aurora diz. - Mas você já ouviu falar sobre Temícera? O lar das Amazonas?

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