Capítulo 10/1:

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               Helena,  Arthur e Chiara levantaram e se afastaram, o medo era evidente nos olhos dos três, não era para menos, eles estavam diante do titã que destronou seu pai.

- Estão com medo de mim? - Ele indaga.

- Não devia? - Arthur pergunta sem expressão. - você traiu seus irmãos, traiu seu pai e cometeu outras barbáries que nem da para citar.

- Então é assim que fui eternizado? O cara mal. - Ele olha para a parede de fumaça. - Não os culpo. Cometi sim muitos erros, ou acham que os deuses, titãs e criaturas não erram?

        Ninguém responde nada, apenas se mantinham ali pasmos de estar parente a titã até então mais cruel de todos. 

- Bem, vocês já tem a informação que precisam, vão.  - Ele diz quebrando o silêncio.

- Vomos. - Arthur sussurra no ouvido de Chiara.

- Não!!! - ela diz firme.

- Como? - Ele a olha. - Já temos a informação que precisavamos, o nosso alvo está no encontro dos rios.

- Eu sei. - Ela olha para ele. - mas estamos diante do Cronus... O próprio Cronus, o que custa ouvir sua versão? Saber o que realmente aconteceu... vocês viram, ele ficou surpreso ao ouvir o que você falou, ele estava preso, não podia se defender, e como vimos os deuses não são lá puros, eles erram. - Ela segura a mão de Arthur. - Quem sabe ele possa nos dizer quem os deuses são de verdade.  

- Mas... - Arthur tenta protestar mas Helena olha para ele pedindo para não dizer mais nada.

- Podemos ouvir o que ele têm a dizer. - Helena acena um "sim" com a cabeça.

- Vejo que vocês têm tempo.

- Para de falar em tempo... é tempo isso, só o tempo aqui... já entendemos, você é o titã do tempo. - Arthur se irrita.

- Tudo bem, vomos começar a história. - Cronus se ajeita mais uma vez. - Vocês já encontraram algumas das triades mitológicas, os três Gréias, às três gorgônas são algumas delas, tem as três  fúrias, as três Musas e as principais. As três Moiras. - Ele olha para frente. - As três Moiras pertencem a geração primária, elas estão muito além dos deuses ou dos titãs, as Moiras não recebem ordem de ninguém, estão acima de tudo. Suas funções são controlar tudo o que acontece com os imortais e com os mortais, tudo que acontece do seu nascimento até sua morte é escrito e decidido por elas.

- Acho que conheço um pouco sobre elas. - Chiara diz.

- Elas são três velhas muitos sinistras, que apareciam para algumas pessoas. ver uma delas podia ser uma coisa boa ou não.  Coto é a moira responsável por produzir o fio da vida. Quando vista por alguém significa que essa pessoa salvaria uma vida, teria um filho ou teria boa sorte em algo bom. Láquesis é a moira responsável por tecer o fio da vida, ela dava a "forma" ou o que aconteceria. Ver ela geralmente significa que você decidiria algo grande, sua escolha era inevitável, podia ser algo pequeno ou grande. Átropos era a moira responsável por cortar o fio da vida, cabe a ela decidir o dia da sua morte ou no caso dos deuses o fim de sua glória. Ver ela significa que você morreria ou alguém próximo ou não morreria na sua presença.

- Não gostaria de ver Átropos. - Chiara diz.

- Nem eu. - Os outros dois concordam.

- As velhas idênticas só podiam ser diferencias pelo novelo de lã, o fuso para tecer e a tesoura de cristal. - Cronus  suspira. - Ver as três juntas era algo impossível de acontecer. 

- Tá, mas onde você quer chegar com tudo isso? - Arthur pergunta.

- Agora posso contar minha história. Na geração dos primordiais nasce minha mãe, Gaia. Ela criou sozinha usando sua força de vontade outros deuses, Uranus, Pontus e Oreos. - Ele dá uma pausa. - Ela e Uranus tiveram filhos.

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