Aliviado

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JEFF THE KILLER

Eu sou Jeffrey, um louco sádico. Sempre fui diferente dos outros, mas nunca me imaginaria nessa situação. Diferente como? Eu mato pessoas, adoro a sensação de sentir sangue quente passando pelas minhas mãos.

Parece muito estranho, eu sei. Mas por algum motivo, enquanto estou esfaqueando as vítimas... É como se meus problemas sumissem durante os minutos de barbarismo... É como se eu me sentisse, sei lá. ALIVIADO.

Neste momento, estou parado em um canto escuro do terminal de ônibus. Neste horário nesta cidade pequena, não tem muito movimento. Enfim, aguardo uma vítima aparecer.

Estou perdido em pensamentos, sentido uma grande vontade de matar... Faz dois dias que não cometo um ato de homicídio. Escutei um barulho, alguns metros a minha frete, um homem acabara de se sentar no banco engordurado do terminal, com um jornal em mãos.

Ele parece cansado. Abriu o jornal calmamente. Gosto de reparar um pouco de como são as vítimas antes de a matar. Olhei bem para aquele homem. Tinha cabelos grisalhos e usava um óculos estilo aviador. Talvez estivesse voltando do serviço, não sei. Pouco me importa! Observei que no jornal em suas mãos, havia uma manchete escrito "como entender a mente humana".

Hmpf! Chega, vou matar esse cara.

Me aproximei, colocando a mão na faca que estava dentro do bolso da frente de meu moletom.

- Boa noite rapaz, precisa de ajuda?

Eu estava parado em sua frente. Ele só não levou um susto porque não viu meu rosto, que se encontra encapuzado.

Jeff- Shhhh, Go to sleep!

Antes que ele dissesse qualquer coisa, tampei sua boca com minha mão e esfaqueei seu peito. Na hora em que retirei a faca, sangue jorrava de acordo com as batidas de seu coração... Havia acertado uma artéria. Não conti meu sorriso. Para matá-lo logo de uma vez, cortei profundamente sua garganta, cessando sua respiração na hora.

Agora era a parte chata: retirar o corpo daqui. A grande maioria dos casos documentados das minhas vítimas, são de desaparecimentos. Hahaha nem sabem eles que todas morreram, só o corpo que não foi encontrado.

Catei um saco de lixo e coloquei os membros decepados do homem dentro. Sai andando tranquilamente pelo terminal, para sair do mesmo e chegar a minha casa, que se encontra aqui próximo.

Não encontrei ninguém pelo caminho, como previsto. Essa cidade tem pouquíssimos habitantes. É um lugar meio rural. Cheguei a um tal bosque... Não sei bem se é bosque ou floresta, mas enfim.. é mato fechado e de difícil entrada, devido a vegetação de espinhos.

Entrei sem muita dificuldade, passo por aqui todo dia. Alguns espinhos puxavam minhas roupas, mas nem me importei. Para mim essa natureza é muito bonita, parece um campo de rosas que não floriram, juntamente com árvores espinhosas como laranjeiras.

Adentrei mais no tal bosque e a vegetação foi ficando menos densa, porém estava repleto de neblina. Um cenário lindo!

Avistando um pequeno córrego, cheguei mais perto e chutei um monte de folhas. Retirando-as, apareceu um buraco feito por mim mais cedo. Essa é a coca que preparei para minha futura vítima. Larguei o saco pingando sangue e o cobri de terra.

Me distanciando um pouco e limpando o suor da testa com a manga do moletom, observei mais outros montinhos de terra, localizando outras pessoas que passaram por mim. Eu sou um monstro.

Voltei em direção ao córrego. Uso ele para me guiar dentro desse bosque, pois é fácil de se perder. Andando na direção contrária de sua vertente, avistei meu lar.

Era uma casinha de madeira minúscula, que está mais para uma cabana. Ainda não cheguei em meu lar... Entrei na pequena casa, dando paços pelo piso de madeira que rangia. Fui até onde seria uma cozinha e abri um alçapão.

Pronto, esse é meu lar.

Desci as escadas e cheguei a um corredor. Nele tinha várias portas. A última era meu quarto, as outras eu nem uso. Apenas a cozinha e um quarto onde guardo minha coleção de facas e lâminas.

Sentei em minha cama, pegando os meus mais novos itens (roubados do homem que matei). Agora eu tenho 400 em dinheiro e alguns centavos, que sorte! Não é sempre que consigo tudo isso. Tinha também um celular, mas pouco me importa isso. Joguei-o na lareira acesa.
O item restante era aquele jornal, agora com umas gotas de sangue.

Lembrei-me da manchete "como entender a mente humana?". No início não dei muita importância, mas pensando bem... Será que  explicaria o porque sou esse... Louco?

Embora eu não ser mais considerado humano, um dia eu fui.

Jeff The Killer: porque?Onde histórias criam vida. Descubra agora