JEFF THE KILLER
A campainha tocou. Beverly, ao atender a porta e ver quem era, a fechou num movimento brusco. Encostou suas costas na porta rapidamente e olhou para mim.
Como se fosse telecinese ou telepatia, eu compreendi oque estava acontecendo. Era para eu dar o fora.
Rapidamente, me levantei do sofá e comecei a procurar um local para me esconder... O problema era que eu não sabia onde.
Igual um retardado, me joguei entre um grande vaso de planta e uma estante de livros, mas sentia que não estava em um bom esconderijo.
Bev- Oi! Desculpem por isso! Eu estava só me ajeitando e... Bom, entrem!
Escutei ela dizer nervosamente enquanto abria a porta de novo. Eu estava prestes a me levantar e achar outro lugar, mas agora não dá mais tempo. Me encolhi naquele canto e torci para que não fizesse nenhum barulho. Oque mais me preocupava em ser descoberto, é dar ruim para a Beverly.
- Não se preocupe querida! Com licença.
Uma mulher com roupas formais falou e entrou, achei meio rude de sua parte quando nem disfarçou que observava o interior da casa.
Bev- Fique a vontade d. Robin. O senhor também Ag. Weeler!
Agora entrava um homem grande e calvo. Tinha feição simpática no rosto, que logo trocou para uma preocupada.
Ag. Weeler- Sim, sim... E como você está, minha querida? Passou a noite bem?
Bev- Ah, foi tranquila. Estou bem! Obrigada pela preocupação.
Ao se virar para fechar a porta, de costas para eles, Beverly enrugou as sobrancelhas como se estranhasse algo. Logo desfez a feição e voltou a atenção aos oficiais.
Mas como assim? Por que eles viriam em sua casa sem avisar? Isso não é coisa da justiça... Desconfio que eles estejam em uma investigação.
D. Robin- Bom, desculpe incomodar... Estamos aqui pois estávamos com um horário livre e achamos melhor vir resolver seus assuntos de imediato.
Sei, essa desculpa em mim não cola.
Ag. Weeler- Ah, sim. Por isso não marcamos horário. Imaginamos que você não teria compromissos, estamos atrapalhando algo?
Sim, atrapalhou o meu sossego a companhia da cremosa.
Bev- não senhor! Estão certos, estava sem nada para fazer aqui.
Ag. Weeler- Bom. Então comecemos. Essas são as fichas da sua mãe, creio que já viu ontem, e a documentação da casa. Preciso que você fique com uma cópia dessa parte do documento e depois assine aqui.
Não conseguia vê-los bem, estavam sentados na mesa de jantar meio distante daqui, mas posso ouvi-los perfeitamente.
Até que reparo naquela mulher, acredito ser a detetive Robin. Ela ainda reparava no interior da casa, examinando as coisas. Isso me faz acreditar cada vez mais que eles não estejam aqui apenas para organizar documentos.
A detetive então se aproximava cada vez mais. Estava ficando mais tenso a cada passo que dava, naqueles saltos escuros e formais. Por sorte, Beverly fizera um som alto, oque desviou um pouco a atenção.
D. Robin- Está tudo bem, Beverly? Oque foi isso?
Aproveitei e saí dali, planejando sair de dentro dessa casa.
Bev- Apenas derrubei a cadeira. Nada demais... Bom, onde estávamos?
Aquela fucking mulher se virou, quase me pegou no flagra quando ia em direção a cozinha, para sair pelos fundos. Em um movimento rápido, abaixei e agora estou atrás do balcão.
Ouvia agora apenas os burburinhos da conversa de Beverly e do tal Agente Weeler, abafada pelo som mais alto dos saltos gastos daquela detetive se aproximando novamente. Ela só pode estar aqui para complicar, essa deve ser sua única função.
Já meio puto com tudo, procurava um jeito de a despistar sem ser visto, enquanto os passos apenas aumentavam.
Comecei a suar ao perceber que não tem oque eu possa fazer. Eu normalmente mataria ela, mas isso está fora de cogitação.Até que então, a campainha tocou trazendo um silêncio desconfiado, que fora interrompido por passos se afastando. Todos no local estranharam.
Gostaria de saber quem caralhos estava na porta, mas prefiro dar o fora. Correndo meio agachado, saí pela porta dos fundos, sem fazer barulho. Ao pisar lá fora, corri para a esquina e entrei num beco.
Nossa, se não fosse a campainha, eu estaria frito. Mas quem poderia ser?
- E aí, Jeff.
Me assustei com o tom de voz masculino que apareceu do nada.
Jeff- M-masky?
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Jeff The Killer: porque?
De TodoComo será a vida daqueles que odeiam a si mesmos? Daquelas pessoas que preferem não pensar em nada, pois quando pensam, sua mente as corrói lentamente. Parece que Jeff, o famoso The Killer, é assim. Ele tem inúmeros inimigos, mas o pior deles, seria...