Amor e Complicação

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NARRADOR

A discussão acabara. Agora, o que restava na sala, junto dos dois assassinos e da menina meiga, estava o silêncio.

Beverly, estava com uma expressão neutra, não escondendo o fato de não ter gostado da escolha de Jeff, mas também, não demonstrava sua total vontade de chorar.

Estava triste por existir o amor.

Ela sempre quis ajudar as pessoas que sofrem de problemas emocionais, prometendo e pretendendo se tornar uma grande psicóloga no futuro.

Mas para isso, ela sabia que não poderia se apegar pelas pessoas.
Ela sabe que essa regra foi burlada, só não queria que isso a afetasse.

O amor a afetou agora, pois graças a ele, ela não quer deixar de viver com seu amado. O amor a torna um alguém cego que não enxerga o quão perigoso poderia ser ter por perto um assassino. O amor, é oque está complicando as coisas para ela.

Mas o amor não está a aborrecendo. Ela não vai deixar de amar, e nem está triste por amar.
Ela apenas questiona: por quê o amor existe?

Sem ele, não iria doer receber tal escolha de Jeff como está doendo agora.
Sem ele, não seria tão difícil saber que irei me despedir algum dia.

Entretanto, amar é bom. Isso traz felicidade e prazer.

Masky e Jeff The Killer (agora sabemos que é "The Killer" mesmo), foram ao lado de fora da casa.
Jeff estava acompanhando seu amigo, que ia embora.

Ainda estavam todos em um clima desconfortável. Agora por dois motivos.
Fora a discussão, surgirá outro "porém" na história:
Masky sente algo a mais por seu amigo, Jeff.

Poderiam dizer que foi só uma escolha ruim de palavra no calor do momento, mas para todos aqui, é verídico.

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MASKY

Ok. Acho que compliquei a situação.

Meu plano, na hora em que conversei mais cedo com Jeff, era outro.
Queria apenas dar uma passada aqui e tomar um café, talvez.

Se Jeff não tivesse me contado em uma conversa rápida durante o caminho, sobre estar confuso e até envolver minha opinião em toda essa merda, a situação de agora seria outra completamente diferente.

Lembro que hoje de manhã, não tirava a cabeça dele. Pensava as vezes em Beverly também, mas era mais sobre Jeff.

Hoje estava mais... Pensativo que nunca. Confundo meus sentimentos, então não sei bem qual doença ou sintoma que eu tenha por admirar tanto aquele cara.

Realmente, eu o considero muito.

Confesso que já imaginei como deve ser viver com ele. Tipo... Morar, sei lá. Talvez dormir na mesma cama ou... A, vou parar de falar.

Só sei que conforme o tempo foi passando, hoje eu me dei conta que estou apaixonado. E não é pela Beverly, nem ninguém mais que o próprio The Killer.
Pela a Beverly, sinto apenas admiração, e dessa vez, eu tenho certeza.

Mas nisso tudo, havia um problema.
Uma coisa que já estava me perturbando a semanas:

Jeff iria se separar de nós, Creepypastas.
Ele iria para longe da turma... Ele se distanciaria de mim.

E-eu não queria isso. Tudo bem ele ficar com a Beverly, pois um amor não correspondido não vai me matar... Mas eu queria no mínimo sua presença, algo que sinto falta de ter.

Foi aí que eu percebi. Na real, já tinha percebido. O "xis" da questão, é que o Jeffrey não percebeu.

A vida de horror, é bela.

A única coisa que eu precisava fazer, era abrir seus olhos. E CONSEGUI!

Mas falei de mais. Agora não sei onde enfio a cara, pois literalmente falei um "eu gosto de vc, e quero que você escolha entre eu e a Beverly".

Ele me acompanhou até aqui fora. Não vai ser novidade se ele querer conversar sobre esse assunto.

Num momento desses, eu agradeço por andar sempre mascarado. Assim ele não vê o tom rubro de vermelho que deve estar a minha cara de vergonha.

Jeff- Bom...

Masky- *suspiro*

Jeff- Acho meio esquisito, sem ofensas, eu ter que lhe dizer isso. Nunca achei que teria de rejeitar o meu melhor amigo nem nada, mas... Masky...

Masky- Não, que isso. Não precisa ficar aflito não. Sei que você já é da Beverly, e não é tão ruim assim ser rejeitado. Normal

Tentei não passar o ar de que estava totalmente envergonhado.

Jeff- A, então é isso mesmo?! Estava com uma certa dúvida se era mesmo isso que tava acontecendo. Sei lá, imaginei que talvez eu tivesse entendido errado, mas se é assim, realmente cara, eu tô te rejeitando.

Segurei meu riso, havia esquecido que ele era lerdo as vezes. E também, sua sinceridade, isso é bacana.
Não foi tão ruim assim a conversa que tivemos.

Logo me despedi e fui embora, por enquanto nem sei para onde, o que importa é que não perdi Jeff.

E também... Foi bom eu ter saído de lá, antes de ter que presenciar Jeff explicando sobre Liu e tals, fora que Beverly não estava pra brincadeira, ela queria saber sobre isso.

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JEFF THE KILLER

Voltei para a sala, tendo de encararam a Beverly c sua expressão mais assustadora que já v: uma cara seria como se não sentisse nada, apenas julgava tudo com os olhos.

Me sentei ao seu lado no sofá, e até tentei amenizar um pouco a tensão do lugar passando o braço por de trás de seu pescoço em um cenário romântico, mas ela também não ajuda. Trouxe em sua mão, justamente aquele tal desenho que deveria ser insignificante, junto de um olhar ainda monótono.

Jeff- Certo.
Pode-se ver aqui que sou eu e o Liu, indicados pelos nomes escritos.
Liu, era meu irmão... Isso eu acho que vc já sabe. Enfim, ele era a minha pessoa favorita no mundo. Gostava muito daquele cara.

Beverly se aconchegou e encostou a cabeça em meu peito, enquanto ouvia tudo. Eu sabia que ela queria me fazer sentir mais confortável.

Jeff- *pigarreando* Todos os dias, ele me levava em um bosque e me ensinava a caçar. Era uma atividade legal e divertida em que passávamos o tempo... Mas um dia, apareceu uns caras.

Até hoje não sei quem são, mas eles sempre mexiam comigo.
Eles começaram a me provocar, fazer piadas escrotas e dar cutucadas. Logo passaram a ser mais idiotas ainda e começaram a me cutucar. Passaram a dar empurrões e então uns socos.

Foi aí quando eu revido, e feri levemente um dos babacas com a faca de caça de Liu, que por sorte estava comigo. Mas a merda só começou.

Senti o sangue do filho da puta passando por entre meus dedos, macio como veludo e quente como se fosse confortável. Eu gostei daquilo. Então, matei todos os 3 infelizes apenas com uma faca curta e afiada.

Aí Liu chegou, ele tinha ido fazer armadilhas e perdeu todo o rolê com os caras lá. Quando voltou restava apenas três cadáveres vestindo sua própria pele em retalhos e cortes estampados de vermelho.

Meu irmão, me surpreendeu. Chegou e ficou super normal, apenas deu uma bronca sobre ser difícil esconder os corpos e também até me parabenizou por ter me defendido. Então eu comecei a pensar: .... Meu irmão não achou estranho?

Então, escutamos sirenes e a polícia se aproximou. Enquanto fujimos, houve troca de tiros e um desses pegou em Liu. Suas últimas palavras foram dele mandando eu manter sua faca polida e correr.

Dês daquele dia, nunca mais o vi. E sinto falta dele.

Jeff The Killer: porque?Onde histórias criam vida. Descubra agora