JEFF THE KILLER
Beverly ainda em silêncio, levantou um pouco seu rosto e olhou para mim.
Olhou bem nos meus olhos, como se tentasse enxergar lá no fundo, algum resquício de emoção.Eu não gostava de falar sobre minha relação com Liu, acho boiola demais ficar demonstrando que adorava aquele cara... Isso não é coisa de Jeff The Killer.
Tudo que eu falei, na versão mais curta que encontrei, foi também da forma mais sem sentimentos possível.
Mas essas coisas é difícil de esconder dela.Bev- Você sente falta dele, não é?
Sim, ela sabe de todos os seus sentimentos existentes, queira você tentar esconde-los ou não.
Não restava mais nada a fazer, a não ser concordar com ela. De qualquer forma, daria tudo no mesmo.Jeff- É.
Bev-Sinto muito pelo ocorrido...
Jeff- Não sinta, apesar de eu ser um grande culpado, Liu foi quem salvou minha pele. Sem sua ajuda, não estaria aqui hoje.
Bev- Como assim? Você pode entrar em mais detalhes, por favor?
Eu me incomodo comigo mesmo quando não sei oque dizer. Acabei escolhendo quaisquer palavras e agora devo me explicar.
Jeff- Na verdade, eu já tinha traços de esquizofrenia leve, dês de cedo.
Eu achava que tinha gente querendo me matar, estavam atrás de mim...
E então, Liu me ensinou a não me importar com os outros, a sempre me defender em primeiro lugar e estar sempre na vantagem de qualquer maneira.Assim, a esquizofrenia virou tipo uma sociopatia e eu não me importava mais com quem olhava torto para mim. No início foi bom para uma pessoa "normal'.... Mas logo criei um pensamento:
Devo estar sempre na vantagem, me defender em primeiro lugar!
Eu era babaca com todos na escola, sempre arranjava briga por assuntos bobos como lugar para sentar no refeitório, ou sobre quem era melhor no esporte. Vivia na detenção.
Até que os outros babacas com quem eu mais discutia se uniram em um único grupo e se voltaram conta mim. Era cerca de uns 6 caras, mas apenas metade realmente insistiam em me enfrentar.
Sempre que nos vimos, eles mexiam comigo e com o tempo, partiram para a agressão.
Assim eu revidei e os matei.Liu que estava por perto, me informou que um daqueles covardes do grupo de idiotas chamou a polícia, e nós deveríamos fugir.
A nossa casa era em uma direção ruim de despistar as autoridades, logo iniciou-se uma troca de tiros e Liu foi atingido.
Não vi com clareza onde a bala tinha o acertado, mas havia sangue. Ele encostou numa parede encardida da rua e mandou eu correr. Fora sua frase que até hoje não entendi o propósito:
"Liu- Melhor você polir a minha faca que está contigo, mas agora... Corra!"
Então aí começou minha vida de assassino. Minha mãe perguntava toda hora o porquê do sangue em minhas roupas e mãos quando cheguei em casa. Meu pai enchia o saco perguntando o paradeiro de Liu.
E claro, não lhes contei a verdade.Minha mãe, a cada dia que passava me sugeria ir ao psiquiatra e eu nem sei o porquê disso. Tudo bem que vez ou outra eu gostava de brincar com a carne crua quando ia temperar, ou até que as vezes colecionava aranhas e outros incertos mortos, mas acho que ela estava exaltada.
Meu pai, já dizia que eu devia arranjar uma namorada ou amigos. Assunto estranho para se dizer a um adolescente de 13 anos, mas ele afirmava que eu agia estranho assim pois ficava muito sozinho (já que Liu morreu né).
Então uma vez eu os expliquei oque aconteceu com Liu. Expliquei oque fiz com três pessoas da minha idade e do que eu gostava de brincar. Eles enlouqueceram e me bateram. "Era tudo falta de umas palmadas", eles disseram.
Assim, na madrugada daquela desastrosa noite, ateei fogo a casa dos Woods e nenhum deles nunca mais foi visto.
Eu estava muito enlouquecido. Não sabia oque fazer e o pânico me dominou enquanto via de longe o alto fogaréu de onde a pouco era meu lar.
Então naquele momento, em que não conseguia nem mesmo pensar sobre meus atos, acabei juntando várias emoções e explodindo com elas.
Saí correndo pela cidade, matando quem vai pela frente... Teve uma hora em que imaginei como havia conseguido me esconder de eu mesmo por 13 anos. Cortei meu rosto em forma de sorriso, isso você sabe bem o enredo.Risonho me encontrou, me apresentou a Masky e me levou com ele até a mansão. Lá encontrei minha família de verdade.
Aos poucos, minha vida foi mudando e eu achei meu próprio cafofo. Depois ficou tudo monótono, até você aparecer e me dar novas visões.
Mas dês de sempre, eu soube que aquilo que é bom, é mau (matar).
Bev- e esse desenho?
Jeff- Fiz junto com Liu, acho que eu tinha uns 8 anos. Foi mais ou menos nesse tempo que ele passou a ficar comigo quase toda hora e me ensinar a ficar calmo.
E a faca... Bom, você quer vê-la?Bev- Bom, já vi. Mas quero sim.
Jeff- Já viu?
Bev- Sim, uma vez limpando seu quarto, a bastante tempo atrás.
Jeff- Tudo bem. Veja, tem as iniciais do meu irmão no cabo. É linda, não é?
Bev- ...Parece uma faca.
Rimos pelo modo simples que ela falou, e descontraímos a conversa.
Até que não foi tão ruim assim.Só queria saber o que ela acha disso tudo.
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Jeff The Killer: porque?
AcakComo será a vida daqueles que odeiam a si mesmos? Daquelas pessoas que preferem não pensar em nada, pois quando pensam, sua mente as corrói lentamente. Parece que Jeff, o famoso The Killer, é assim. Ele tem inúmeros inimigos, mas o pior deles, seria...