|novo admirador|

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— Mas... Por que ela estaria grata comigo? Você conheceu o Mark e o Jaemin primeiro — Renjun tinha as bochechas vermelhas, e foi ali que o Haechan tratou de sempre tentar ir na floresta de dia para poder ver o rostinho do tritão melhor, cada detalhe, desde os olhos brilhantes até as pequenas escamas escondidas atrás de suas orelhas.

— Como eu disse antes, você foi o que mais chamou minha atenção, acho que se não tivesse te conhecido nunca mais pisaria meus pés na floresta.

— Por que sou tão interessante assim para você? Nem os meninos passam tanto tempo perto de mim.

— Ué, por quê?

— Não sei se notou mas eu sou meio peixe — Renjun diz irônico mexendo um pouco a sua cauda jogando um pouco de água 'pra cima — Eu tenho cheiro de peixe, infelizmente não vivemos nos contos de fadas onde as sereias e tritões são completamente perfeitinhos, o Jaemin é o que mais fica distante, vem me ver umas duas ou três vezes na semana, o olfato dele é apurado demais, deve ser péssimo ficar ao meu lado.

— Na primeira vez que te vi realmente achei o cheiro forte, mas já me acostumei, eu não sei explicar o porquê de ter te achado interessante, só... Acho — Hyuck olhou para a mão de Renjun que estava em cima da sua, acariciou sua pele lisa e gelada até chegar nas escamas no pulso.

— Seus amigos não vem hoje? — Renjun pergunta mudando de assunto.

— São medrosos o suficiente para não virem aqui por conta própria, só se eu os obrigarem a virem.

— Por que tanto medo? Já falamos que não iremos machucar eles.

— Ainda assim, devem estar ocupados hoje ajudando os pais em casa ou no trabalho.

Enquanto isso, na cidade, Jeno estava na quitanda do seu pai ajudando no trabalho enquanto o senhor Lee estava ocupado com outras coisas. Jeno já estava entediado, o movimento estava fraco aquela hora, estava quase dormindo quando escutou alguém se aproximando.

— Então você fica aqui vendendo frutas e legumes? Estou surpreso, pensei que fosse um preguiçoso — Jeno levantou o olhar encontrando Jaemin, ele usava suas típicas roupas pretas e um boné igualmente preto, e claro, aquele sorrisinho de lado.

— O que faz aqui?

— Estava tempo demais na floresta, fiquei entediado e resolvi te procurar.

— Você é doido? E se alguém descobre sobre você? As pessoas te matariam sem pensar duas vezes.

— Está preocupadinho comigo, é? Pensei que tivesse medo de mim também, não precisa se preocupar não queridinho, sempre venho para a cidade numa forma diferente, jamais me reconheceriam — Jaemin sorriu e apoiou os ombros no balcão, deixando o rosto próximo de Jeno. Esse que estava assustado e ao mesmo tempo preocupado com a segurança do metamorfo.

— Acho que já perdi um pouco do medo que sentia de você, mesmo não te reconhecendo não pode sair andando por aí desse jeito, Jaemin.

— Já entendi, mas eu não tenho culpa se gostei de você, meu caro, senti que não iria na floresta hoje então eu mesmo vim te procurar.

— E gosta de mim mesmo depois de ter falado que você poderia ser um coelho com doença?

— Você não sabia antes, está tudo bem, quando vai na floresta de novo?

— Eu não quero pisar lá de novo, é assustador.

— Oh que pena, pelo visto terei que vim para cidade todos os dias então para ver você.

— Não faça isso, é perigoso — Jaemin se afastou do balcão, Jeno hipnotizado naquele sorriso irônico.

— Se você não ir até a floresta então eu tenho que vir até você, querido, minha segurança está nas suas mãos — Jaemin colocou as mãos no bolso da calça e se virou andando tranquilamente pela rua até sumir atrás de uma das casas, segundos depois Jeno viu um coelhinho preto pulando em direção a floresta.

— Por que ele é assim? É louco mesmo — Jeno revirou os olhos e esperou pelo seu pai antes de fechar a quitanda e irem para a casa.

Ele jantou em silêncio aquela noite, com a cabeça cheia de pensamentos envolvendo aquele metamorfo de sorriso encantador. Ele confessava que não sentia mais medo dele apesar de ter um pouquinho das outras criaturas, não queria arriscar pisar os pés naquela floresta novamente, mas se não fizesse isso tinha medo de Jaemin continuar aparecendo na cidade e tinha medo de algo ruim acontecer com ele.

Talvez fosse melhor visitar ele na floresta no dia seguinte.

Já Chenle, passou o dia todo dentro da livraria da cidade lendo livros e livros sobre fadas, podia ser o mais medroso de todos mas tinha se encantado por aquela criatura de orelhas pontudas, queria saber o máximo possível sobre ele. Porém, os livros não diziam muita coisa, a maioria dizia que fadas eram apenas femininas mas isso não podia ser verdade já que Zhong viu com os próprios olhos que existia fadas homens também.

Ele descobriu lendo que de acordo com os mitos, as fadas são seres que podem influenciar no destino das pessoas, isso assustou um pouco o Chenle, ele queria voltar para floresta e procurar pela fada novamente mas agora estava estava com medo de Jisung fazer algo contra si já que odeia humanos.

— Mas e se eu pedir ajuda para aqueles outros? Jisung me machucaria mesmo assim? — Chenle se pergunta deixando os livros na estante — Talvez eu devesse ir lá amanhã e tentar, mesmo morrendo de medo, correr riscos fazem parte da vida.

— Falando sozinho, Chenle? — O garoto se virou para trás encontrando Irene, a dona da livraria.

— Pensando alto, noona.

— Lendo livros sobre fadas? Não sabia que se interessava por essas pequenas criaturas, acho elas fascinantes, apesar da história delas estarem meio errada.

— Como assim?

— Eu sou uma admiradora de criaturas mitológicas, acredito que não sejam tão mitológicas como dizem, na minha visão devem ser apenas criaturas diferentes que a sociedade não aceitou e resolveu criar histórias horríveis para nos dar medo ou cheia de magia para encantar crianças.

— Eu penso igual — Chenle sorriu. Ele era uma dessas pessoas que se assustavam com as histórias, mas agora, talvez fosse um novo admirador delas.

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ENCHANTED FLOREST // RenhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora