|Lágrimas e Abraços|

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Na manhã seguinte, Donghyuck foi acordado pelo seu pai que não parava de o balançar e dizer para acordar pois tinha algo urgente para dizer.

— O que foi, pai?

— Botaram fogo na floresta, Haechan, você precisa ir lá e ver como o Renjun e os outros estão — E foi assim que ele pulou da cama e mesmo usando pijama apenas pegou seus chinelos e escovou os dentes, deixou seu cabelo um ninho mesmo e nem se preocupou se suas olheiras estavam enormes.

Passou na casa de Jeno e Chenle e os chamou para ir junto com ele, claro que eles também não pensaram duas vezes antes de saírem de suas casas totalmente acabados e pareciam que os três estavam fugindo de um monstro pois corriam como se suas vidas dependessem disso.

A floresta não pegava mais fogo, mas muitas árvores foram comprometidas e podiam ver o grupinho de pessoas comemorando sua vitória já que mataram "as criaturas nojentas". Eles entraram na floresta sem que aquele grupo visse e andaram até o rio onde sempre encontravam os meninos.

— Eu vou procurar pelo Jaemin — Jeno fala correndo para o lado esquerdo.

— E eu procurar o Jisung — Chenle correu para o lado direito, deixando apenas o Donghyuck ali.

— RENJUN! EI, RENJUN, PELO AMOR DE DEUS ME DIZ QUE VOCÊ ESTÁ VIVO — Ele estava desesperado esperando que tivesse um sinal do menino, aquele rio cintilante não estava mais tão brilhante, estava sujo e cheio de folhas e sujeira.

— Estou aqui — Ele viu seu corpo sair para fora do rio, ele nadou até a margem e se sentou lá. Haechan foi correndo na sua direção e o abraçou forte mesmo que o tritão estivesse muito molhado.

— Eles te machucaram?

— Não, desde aquele dia eu não vim para cá, não tinha motivos — Ele abaixou o olhar e deixou que o humano segurasse suas garras, ou mãos, naquele momento tanto faz o que eram.

— Me desculpa.

— Está se desculpando por quê, Haechan?

— Você deve estar pensando que fui eu que contei para os outros sobre vocês mas eu juro pela minha mãe que eu jamais fiz isso, eu não sabia, eles devem ter nos visto antes, eu não sei — Hyuck queria chorar mas Renjun o apertou em um abraço confortante.

— Eu sei que não foi você e nem os meninos, não precisa se preocupar, eu que peço desculpas por ter te mandado embora e falado que nunca daríamos certo.

— Eu entendo o seu lado também, principalmente agora vendo o que resultou, mas o que importa agora é que você está bem, eu vim desesperado achando que algo grave poderia ter acontecido com você.

Depois disso eles não precisavam falar mais nada, Renjun apenas beijou sua bochecha e ficaram ali naquele abraço enquanto podiam. Enquanto isso, Jeno andava pela floresta a procura de Jaemin mas não o encontrou, ou melhor, não encontrou a sua versão humana.

Jaemin estava na sua toca e Jeno sabia onde ficava, o chamou algumas vezes o esperando sair mas quando viu que ele não iria, apenas se abaixou e viu o coelho encolhido e com suas orelhas baixas, como esteve nesses últimos dias.

— Nana, sai daí, eu sei que você deve estar triste pelo que aconteceu na floresta mas eu juro não fui eu e nem os meninos que contamos para os outros sobre vocês, eu não sei o que aconteceu mas você sabe que pode confiar em mim e que eu nunca tentaria te machucar, então por favor... vem falar comigo.

Jeno esperou mas Jaemin não quis sair da toca, quando o Lee já estava desistindo foi quando ele saiu e se transformou em humano. Não era mais o Jaemin com a pose de superior e o olhar debochado, as roupas amassadas, o cabelo bagunçado e sua cara de derrotado deixava Jeno preocupado e com o coração partido.

— Obrigado por vim — Jaemin disse indo abraçar o humano, esse que não pensou duas vezes antes de retribuir o abraço — Eu sei que não foi você, Yuta acha que seguiram vocês na última vez que vieram pois é a única hipótese que faz sentido até o momento.

— Eles te machucaram?

— Não, eu corri para a casa do Mark, o portal não permitia que o fogo entrasse, mas... Os outros metamorfos foram pegos, todos eles — Jaemin lembrou da cena de ver sua família sendo pega pelas chamas ou pelos humanos que invadiram a floresta, eles mataram qualquer coisa que tivesse vida e passasse na sua frente, ele viu seu amigo Doyoung, aquele que esteve séculos ao seu lado, ser morto por um dos humanos, ele perdeu todos e agora estava sozinho.

— Sinto muito mesmo, mas eu estou aqui ainda, está bem? Sempre estarei aqui por você — Jaemin se apertou naquele abraço e desejou que pudesse ficar ali para sempre nos braços de Lee Jeno, ali era o único lugar seguro para si naquele momento.

Zhong Chenle não demorou para encontrar Jisung, ele tinha acabado de sair do portal depois de dizer para as fadas que tudo iria ficar bem, assim que ele viu o chinês sentiu seu ódio subir, sim ele pensava que fosse culpa dele, era o único ali que pensava isso, mas ainda podia existir uma pequena pontinha de esperança no seu coração que dizia que não era verdade isso que sua mente pensava.

— Veio ver o seu triunfo? Conseguiu destruir a floresta, meus parabéns — Jisung fala cruzando os braços — Mas para sua infelicidade nenhuma criatura se machucou gravemente, exceto os metamorfos, era isso que você queria não era?

— Jisung, eu não queria isso, não fui eu que contou, eu estava ocupado demais chorando no meu travesseiro — Chenle conta sem medo se estava parecendo um bobo chorão com a sua cara vermelha por causa das lágrimas — Eu gosto de você, muito, e por isso eu não desejaria o seu mal ou para aqueles que você gosta, você sabe Jisung, eu sei que você sabe.

— Como eu vou saber? Humanos são imprevisíveis.

— O seu coração sabe, para de pensar e siga o seu coração, eu estou contente que todas as fadas estejam bem e que você também não se feriu, eu estou sendo extremamente sincero com você.

Jisung sentiu seu coração acelerar como se dissesse para continuar e ir até os braços de Chenle, mas sua mente o mandou sair de lá o mais rápido possível.

E Jisung mais uma vez seguiu o que sua mente mandou.

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ENCHANTED FLOREST // RenhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora