— Ela que me beijou. —afirmei.
— Vocês se beijaram. —franziu os olhos.
— Ela que começou, eu não ia empurrar ela. —expliquei e mamãe riu.
— Você é péssima, Laysla. —brincou, sorrindo. — Puxei a senhora.
Corri e ela tacou o travesseiro em mim, e pegou na minha cabeça.
— Eu não te criei assim, não —exclamou, gargalhei.
É tão bom estar de volta em casa, e brincar com a minha mãe.
Foi uma viagem cansativa, mas compensou.
Dona Helen está orgulhosa, me chamando de filhinha advogada.
— E tu não pegou número dela? —perguntou curiosa. Neguei com a cabeça.
— Ela mora no meio do interior, sem condições. —dei ombros.
Estou fora.
— Tô feliz, pelo jeito não vou ser vovó tão cedo. —disse, negando com a cabeça.
— Pois é. —concordei.
Cheguei cedo em casa, pelas dezesseis horas, e corri para tomar um banho.
Foi incrível com a Valéria, mesmo que a mãe dela brigou com a gente, porém não fez um escândalo para não acabar com a reputação da filha.
Amém.
A minha mãe preparou uma janta e chamou a Sol, vai ser a primeira vez que eu vejo ela após a minha volta. Agora são vinte horas.
Não consigo nem raciocinar.
Caminhei até a cozinha e mamãe colocou a panela na mesa, ela fez panquecas e lasanha.
Engoli as lágrimas, um pouco sensível.
Na minha infância comíamos ovos frito e arroz, devido a falta de condições. Eu continuo gostando de arroz com ovo, mas hoje posso comprar tudo que não ter aqui em casa.
— Ei, está babando na comida, aí. —falou mamãe, ri e rolei os olhos.
— Está tudo perfeito, e com um cheiro bom. —elogiei, ela sorriu e colocou as mãos na cintura.
Disfarcei.
— Claro, oxê, eu que fiz. —convencida. — Mas não é para comer ainda. —avisou.
— Estou com fome. —resmunguei.
— Calma, esfomeada —fui até a cozinha e eu me sentei na cadeira.
Olhei o banquete na minha frente, faltou um docinho.
— Mãe, não tem nada doce? —perguntei curiosa.
— Sim, fiz arroz doce. —gritou.
Nossa, amo arroz doce.
Levantei rápido para pegar, fui até a cozinha e ele me parou na frente da geladeira.
— Laysla Machado! —cruzou os braços.
— É arroz doce. —certeza que meus olhos estão brilhando.
— Não, só após a janta. —exclamou.
— E se acabar? —brinquei. A Sol ama arroz doce também.
— Larga de ser olho grande, menina. —brigou e eu ri mais. — Se acabar, faz mais, tem o caderno da sua vó ali no armário cheio de receitas de doce.
Cruzei os braços.
— Oi, eu também quero arroz doce!
Ouvi e olhos para a porta, levei um susto quando vi a Sol sorrindo e o Pedro atrás dela.

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Soltos e Leais
Teen Fiction"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...