Benjamin Narrando:
Está sendo incrível com a Laysla.
Não vejo que isso me levará ao fim do poço, mas o quanto eu puder: eu vou me recolher.
E apesar dela ter que esconder isso da Sol, ela vai me odiar quando souber, e eu não queria que me odiasse.
Dane-se.
Acendi o cigarro.
Como resolver uma insegurança? Ignore.
Hoje eu organizei o cabaré, acordei e comecei a limpeza. Armazenou muita poeira, ontem veio caminhoneiros e deixou uma zona literalmente. Mas, agora estou livre das lenhas, madeiras e tudo o que faz parte do outro serviço.
Só focarei aqui agora.
— Oxê, são dez horas ainda... —olhei para trás.
Observei a Mel, sentada no banco e com os braços em cima da mesa.
— E o que tem? —soltei a fumaça.
— O meu sono é leve, você fez barulho. —deu ombros. — E aí...
Lá vem conversa fiada.
Continuei esfregando o chão com a vassoura e ela veio em minha direção.
— Se eu te ajudar hoje. —colocou a mão na cintura. — Cê me dá folga no sábado? —sugeriu decidida.
Parei novamente de esfregar.
— Mel, está pedindo para a pessoa errada. —puxei um trago no cigarro.
— Tô não, é com tu mesmo —se revoltou. — A Fabiana não me libera. —bateu na mesa com a mão.
São sete horas da manhã, sete. E é assim que você acorda quando você tem certas responsabilidades.
Por isso também, que eu fugi daqui.
— Eu não sou escrava, Benjamin. —acordei do transe e ela ainda fala.
— Sim, você não é. —concordei. — Faça o que quiser.
Ela colocou as mãos na cintura e me olhou indignada.
— Mas também não funciona assim. —exclamou.
— Mel, me ajude aqui! —me virei, nervoso. — Se tivesse me ajudando, já teria vazado.
Ela calou a boca e começou ajudar esfregar. Fui encher os baldes e joguei a água em tudo, fomos retirando a água com o rodo.
Ainda está só no início, tem louças a lavar, conferir os guardanapos, ajeitar as mesas e passar um aromatizador de ambiente no local.
Que saco.
Mas não suporto sujeira.
Pelo almoço, mandei dona Luiza trazer o que ela oferece aos clientes, eu e a Fabíola vamos experimentar.
E para completar, porque eu estou com fome: uma colher de arroz e feijão.
— Isso é útil? —resmungou a Fabiana.

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Soltos e Leais
Ficção Adolescente"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...