Onze

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Após dois dias...

— Entrou capim dentro do meu sapato. —resmungou Filipe.

Gargalhei.

— E você ri ainda, eu ralei para chegar aqui. —olhei para ele.

Ele consegue me alegrar de uma forma boa, mais ainda após o filha da puta sumir.

Essa noite tive uma pequena crise, e eu estava sozinha em casa. Agora a minha mãe está firme com o Eduardo, eu voltei para estaca zero de ser sempre sozinha.

E hoje, o Filipe me acordou cedo para trilhar.

— Laysla? —despertei e vi o Filipe olhando fixo para mim.

Estamos tão perto um do outro que sinto o seu perfume.

— Oi? —ele riu. — Você estava brisada em mim.

— Que convencido, só estou alegre com você. —pulei da pedra.

Sentei no chão e ele sorriu de lado.

— Eu fui atrás do um emprego —saiu do assunto. — Na onde você havia me falado, mas eles viajaram. —comentou, decepcionado.

— Do que você está falando? —bebi a água da garrafinha.

— Na lenha, perto da sua casa. —disse, distraído.

— Eles viajaram? —perguntei rápido. — Para qual lugar? —caralho, ele viajou.

Não... ele não ia deixar o cabaré.

Filipe deu ombros.

— Só sei que foram entregar madeiras. —encerrou e sentou-se ao meu lado.

— Que pena, mas você vai conseguir. —garanti, ele assentiu.

Ele viajou mesmo?

Filipe me trouxe em casa e eu cheguei com muita fome.

A minha mãe havia feito almoço, amém.

Abri a torneira do chuveiro e a água caiu sobre mim, enquanto eu deslizava a escova de corpo em mim, logo escovei os meus dentes e finalizei o banho. Passei o desodorante, creme de corpo e perfume. Em seguida, penteei o meu cabelo, que está um pouco armado.

Vesti um top marrom e uma saia da mesma cor, ela tem o pano fino e é curta.

— Laysla, vem almoçar. —pediu mamãe.

Guardei o pente e caminhei até a cozinha, lavei as minhas mãos e me sentei na mesa.

Peguei o meu prato e me servi.

— É frango com batata cozida. —alertou.

O aroma é bom.

— E aquele rapaz bonito? —perguntou sorrindo.

— Sim, ele é bonito. —concordei. — O nome dele é Filipe, ele veio de SP, e é só um amigo. —resumi.

— Só amigo? —sussurrou, desconfiada. Olhei para ela.

Como ela é difícil.

— Mãe... Não. —ela riu. — Eu espero que não.

— Já beijou ele? —questionou, bem intrusa.

— Como a senhora é direta. —falei brincando. — Ainda não. —ela levantou uma sobrancelha.

Abaixei o meu prato feito.

Soltos e LeaisOnde histórias criam vida. Descubra agora