Benjamin Narrando:
Ainda cedo, e a Laysla bate com o lado do corpo na porta, mas não fecha.
Então ela coloca um pé para trás, e segura a corrente para trancar na força. E tranca realmente, eu até ri.
A cintura dela é fina e o sobretudo preto esconde, ela está vestida com um crop branco de rendas delicadas. Acompanhando uma saia cumprida, lisa e preta. Com saltos altos.
Laysla ajeitou o seu cabelo armado, e eu percebi o quão o seu rosto tem um semblante sério, e o nariz empinado.
Nariz na altura e uma porta fudida.
— Laysla, Laysla —uma tia parou ela. — Mia fia, ocê está de volta? —se abraçam.
— Estou sim. —sorriu meiga. — Eu e o meu diploma. —a senhora largou ela, gargalhando.
— Deus é bom. —tocou no seu ombro.
— Passa lá em casa para almoçar qualquer dia.—convidou. —Farei farofa com linguiça e bacon, vamos comemorar.
Que delícia, até eu gostaria de ir se senhora não me odiasse. E olha que a filha dela que me quis, assanhada, eu não tive culpa.
— Agora eu vou mesmo! —ajeitou a pasta debaixo do braço. — Será bem-vinda. —concluiu e cada uma seguiu em frente.
Laysla abaixou a sua saia e continuou caminhando.
Peguei o machado e soquei na madeira, cortando no meio e em pedaços.
O outro lenhador me encara, mas logo foge com o olhar. Eu sei que sou bonito, mas ele nem disfarça.
E ele diz que é "homem", "macho". "Aí" se o pai dele saber disso.
Pela tarde, o meu chefe chegou trazendo as quentinhas do almoço e peguei qualquer uma. Catei um garfo e abri a tampa da marmita, vendo carne seca com mandioca, arroz com feijão e macarrão com carne. Ele valoriza o nosso trabalho com o nosso almoço. Deixei a tampa ao lado, segurei as verduras e abri a sacola, jogando em cima da comida. Comi a marmita inteira, almoçar faz bem.
— Aí, ô, Benjamin. —olhei para trás.
— Como está o cabaré? —perguntou sorrindo.
— Melhorando. —avisei. — Tá com saudades?
Os outros lenhadores riram dele, com sacarmos.
— Saí fora. —falou bravo. — Das quengas sim. —explicou.
— Hoje apareçam lá, terá músicas e show. —contei e eles animaram-se.
Se for analisar, todos são casados.
— Aí filhão, vai ver o lado bom da vida —bateu na costa do filho dele.
Se o pai dele soubesse que na verdade ele me quer.
Descansei as minhas costas no chão e fechei os olhos por conta da luz forte, cochilei um pouco mas tentei não dormir, temos que terminar tudo somente hoje. Abri os olhos e olhei ao lado, vendo a Sol passando na rua. Morena dos cabelos cor de ouros, e um corpo impecável.
Olhei no chão para não constrangir ela.
Ela afirmou sua bolsa debaixo do braço e passou rápido, estou sabendo que ela é professora, deve estava dando aula na escola.
Nem deve ser manhosa. Porém, eu quero a Laysla. A Sol só é a minha taróloga.
Passei protetor peitoral inteiro, em partes do rosto e no pescoço. Me levantei para trabalhar.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Soltos e Leais
Teen Fiction"Você só me ama quando coloca a mão por baixo da minha saia." Laysla, se estabilizou em advocacia e sustenta a sua vida conforme a criação da sua mãe. Sendo rígida e independente, mas não tendo uma boa visão de homens, já que o seu pai não comparece...