Dezesseis

3 0 0
                                        

Acordei três horas a tarde e chovia bastante, peguei um guarda-chuva. As ruas estão uma sopa, mas consegui chegar ao cabaré.

— Essa porra de chuva, acabou com a festa. —disse Bruna.

Ela está de braços cruzados e com o rosto tenso, e Fabiola nega com a cabeça revoltada.

— A chuva é sagrada. —falei com sacarmos, Bruna rolou os olhos.

Fabiola olhou para mim incrédula, sorri.

Olhei para o pedaço de pano no corpo dela.

— Você não tem roupa? —perguntei provocando.

Ela veste um pijama, que a parte de cima é transparente.

— Aqui é um puteiro. —rebateu, e eu gargalhei.

Perguntei se elas sabem da Wanessa e elas discordaram, subi as escadas e conversei com as outras meninas.

— Ei, gatinho. —olhei e é a Gabi.

Ela me abraçou e beijou a minha bochecha.

— Você sumiu. —disse. — Nada de novo. —completei.

Ela sorriu.

— Eu sinto a sua falta. —pegou na minha mão.

Ah, que saco.

— Também sinto a sua, Gabi. —menti, ela me olhou desconfiada.

Ela me conhece.

— Tá ficando com alguém? —perguntou séria. Simplesmente não respondi.

Ela continuou me encarando e deu as costas.

Encheção de saco.

— Está me procurando? —ouvi a voz da Wanessa. — Sim.

Ela me abraçou de lado e sorriu.

— Como posso ajudar? —perguntou e tocou em seu cabelo ruivo.

— Você ainda faz aviãozinho? —ela concordou. — Faço, e muito por agora. —disse, séria.

— Mas por quê? —perguntei curioso.

— Zé Pedro cada dia se afastando mais. —contou. — Cada dia mais vai saindo. —e que bom.

Porque eu preciso.

— Hum, eu quero me envolver. —falei e ela me olhou confusa, mas não questionou.

Pela noite, eu voltei para a minha casa e o terno já estava seco.

Observei ele enganchado no cabide, é azul escuro e brilhante, nada exagerado mas elegante e chamativo. Peguei uma gravata da mesma cor, eu acredito que combinará com o vestido da Laysla.

O telefone tocou e eu caminhei até a sala, pus a mão nele e atendi.

Alô?

Soltos e LeaisOnde histórias criam vida. Descubra agora